Por Miguel Arcanjo Prado
Um dos maiores mitos da política latina de todos os tempos era atriz. Há exatos 60 anos, no dia 26 de julho de 1952, Evita Perón morreu aos 33 anos, de câncer, deixando órfão o povo argentino.
Antes de se tornar primeira-dama, ao se casar com Juan Perón em 1944, eleito presidente da Argentina no ano seguinte, María Eva Duarte trabalhou como atriz em Buenos Aires.
Ela nasceu pobre, quinta filha de Juana Ibaguren e Juan Duarte, no dia 7 de maio de 1919, em Toldos, cidadezinha da provincia de Buenos Aires. Perdeu o pai cedo, em 1926. Em 1930, foi morar em Junín. Foi lá que ela conheceu o teatro e se encantou por ele.
A paixão pelos palcos foi tanta que ela resolveu tentar a sortee m Buenos Aires, e chegou na capital argentina em 1934, com apenas 15 anos. A mãe a acompanhou no teste na Rádio Cultura. Logo, chamou a atenção de todos e se tranferiu de vez para Buenos Aires.
Em pouco tempo se tornou uma das atrizes mais conhecidas, requisitada pelas principais companhias de teatro da época. Mesmo com o sucesso nos palcos, jamais abandonou o rádio. Em 1944, foi eleita presidente da Agrupação Radial Argentina. Evita também fez cinema. Começou com participações pequeñas, até que, em 1944, protagonizou o longa La Cabalgata del Circo. No ano seguinte, protagonizou o longa-metragem La Pródiga.
E foi como artista que ela conquistou o povo, ao organizar um festival no estádio Luna Park, em Buenos Aires, em 1944, para angariar donativos para as vítimas do terremoto de San Juan.
Sua carreira artística foi encerrada no ano seguinte, quando deixou os palcos, o rádio e a tela de cinema para se casar, em 1945, com Juan Perón, na Igreja de São Francisco, na cidade argentina de La Plata. Daí caminhou com ele na política para se tornar mito.
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