Por Miguel Arcanjo Prado
Foto de Bob Sousa
A mineirinha Inês Peixoto é um doce de pessoa. De fala mansa e delicada, é uma das estrelas do Grupo Galpão, de Belo Horizonte, que celebra 30 anos de existência em São Paulo.
Está com a trupe há exatos 20 anos e completa 52 anos de vida no próximo 26 de agosto. Sempre solícita e simpática, conta que nasceu no bairro Carmo-Sion, na zona sul da capital mineira.
— Nasci na rua Rio Verde com Boa Esperança. Eu adoro o cruzamento das ruas do meu nascimento!
O talento cênico surgiu de pequena. Na escola, todos os seus trabalhos viravam peças. Na juventude, abraçou a profissão de vez, estudando no TU (Teatro Universitário da UFMG) e no curso de teatro do Palácio das Artes.
E se não fosse atriz, o que Inês seria?
— Acho que seria bióloga. Adoro tudo relacionado à natureza… Se bem que também gosto de estudar civilizações antigas, acho que poderia também ser arqueóloga ou historiadora…
Mas quis o destino que ela entrasse no Galpão, sua “segunda família”.
— Sabe quando você encontra uma turma que você ama? Estou junto de pessoas que confio e gosto de trabalhar. Gente em busca de fazer o teatro da melhor forma. No Galpão, me sinto acolhida.
Inês ficou surpresa com a força do retorno neste ano de Romeu & Julieta, seu primeiro espetáculo no Galpão, 20 anos atrás. A peça foi apresentada em Londres, antes das Olimpíadas, e também participou com sucesso do FIT-BH (Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua de Belo Horizonte) e foi apresentado nas últimas semanas no Parque da Juventude e no Sesc Belenzinho, em São Paulo.
Agora, segue para Santos, onde participa do Mirada, o Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas de Santos.
—Descobrimos que é um espetáculo que tem uma força muito grande. Muitos pais que viram há 20 anos hoje trazem seus filhos. Estamos reencontrando quem já viu e também conhecendo a nova geração. É uma montagem que não envelheceu.
Inês também fez TV recentemente. Destacou-se na minisséria A Cura (Globo), como a perturbada Edelweiss. Ela não para. Para 2013, conta que o Galpão já prepara nova montagem. Será uma montagem de rua de O Gigante da Montanha, de Pirandello, dirigida por Gabriel Villela. Tanta satisfação tem motivo: é uma atriz realizada.
— É no palco onde eu me sinto feliz e me manifesto no mundo. É minha maneira de manifestar meus desejos e minha subjetividade. Tudo passa pelo caminho da atuação. E ainda bem. Muitas pessoas passam a vida inteira sem descobrir o que elas realmente gostam. É tão bom quando a gente tem a certeza de fazer o que gosta.
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