Ator Luciano Quirino revela como é interpretar o cantor Jair Rodrigues no musical Jair em Disparada
Por Ana Paula Xavier, do R7
São Paulo vai reviver os tempos áureos dos Festivais da MPB da Record na década de 1960 no espetáculo Jair em Disparada, o Musical, que estreia no próximo dia 6 de setembro, no Teatro Brigadeiro, com direção de Sebah Vieira.
O Atores & Bastidores conversou com exclusividade com Luciano Quirino sobre o desafio de viver nos palcos o ídolo Jair Rodrigues. Ele vai contracenar com Claudia Ohana, que será Elis Regina.
Leia a entrevista:
R7 – Como é que é ser Jair Rodrigues?
Luciano Quirino – Olha, é uma honra muito grade. Em primeiro lugar, porque ele é um dos nossos grandes ícones da musica popular brasileira, então, é um artista realmente espetacular, sensacional, além do talento, dessa questão toda profissional, ele é muito querido! É de uma energia, uma luminosidade… Ele é solar, né?
R7 – Como você tem se preparado?
Luciano Quirino – Eu tenho feito muitas pesquisas, ouvido muitas musicas… É uma pessoa, é um artista que transitou em todos os gêneros. Ele cantou desde bossa nova, música popular brasileira, samba, samba canção, samba partido alto. Ele inaugurou o rap no Brasil! Você vai descobrindo coisas ao longo dessa pesquisa. E além de tudo isso, desse grande artista, desse grande músico, compositor, ele é um cidadão na sua integridade. É um cara que conseguiu realmente uma família linda. Os dois filhos, também maravilhosos, seguem a mesma trilha do pai, e acho que isso deve dar muita alegria a ele. Espero conseguir interpretar um Jair Rodrigues na sua essência.
R7 – Você está a cara do Jair…
Luciano Quirino – [Risos] Eu já estou… Já tirei o bigode. Eu termino A Dama do Mar [espetáculo em cartaz no Teatro Nair Bello] no dia 3 e no dia 6 estreio o Jair. Mas fico feliz de você falar que eu estou a cara dele. A ideia é essa.
R7 – Você fez aulas de canto? Vai cantar em cena?
Luciano Quirino – Vou cantar, com auxílio de uma banda, ou melhor, uma orquestra, já que são 16 músicos. E temos outros atores que cantam também. A gente revive alguns momentos dos festivais, da época do Aírton Rodrigues e Lolita Rodrigues [casal que apresentava o célebre programa Almoço com as Estrelas] A gente reviu o Dois na Bossa que era ele com a Elis, que é a Claudia Ohana que faz, então, foi muito bacana. Realmente é um espetáculo bonito, que as pessoas vão gostar, porque a gente vem desde a época dele lá que ele imitava o Agostinho dos Santos, que ele era crooner.
R7 – Realmente é uma história riquíssima.
Luciano Quirino – É lindo demais. Estou pesquisando no Youtube… Eu descobri que ele cantou na abertura de uma novela que foi marco da teledramaturgia brasileira, que é Irmãos Coragem. Estou sendo auxiliado por uma coach que é a Maria da Glória Stevam, eu tenho uma pessoa que está fazendo toda pesquisa, me ajuda, a gente ensaia, batemos textos, enfim, estamos trabalhando, fazendo um trabalho bem bacana. Espero que o público goste, porque está sendo feito de coração.
R7 – Este espetáculo é totalmente diferente de tudo o que você já fez. Você curte cantar?
Luciano Quirino – Eu já fiz alguns musicais nos quais cantei, mas não com essa responsabilidade. O pessoal vai me ver cantando realmente. Eu canto o espetáculo inteiro. Estou sendo preparado vocalmente pela Bianca Tadini, tive aulas com a Fernanda Maia, uma professora minha que eu já comecei a me preparar quando me convidaram pra fazer. Trabalho corporal também. O Elias Jó é o nosso maestro, direção de Sebah Vieira. E temos vários atores no elenco, gente muito bacana que vai interpretar essas pessoas que estiveram orbitando em torno do Jair nessa Disparada.
R7 – Como é que foi seu primeiro contato com o Jair? Ele te ajuda, vocês conversam?
Luciano Quirino – Eu ainda não o conheci pessoalmente, por causa das nossas agendas. Ele é um cara que tá viajando, faz shows e tudo o mais, mas nosso encontro está marcadao. A gente tem um encontro essa semana agora, e depois, antes da estreia, vai ter uma making of com ele presente, com toda imprensa… Espero que ele goste, porque é realmente uma homenagem. E o que dá um friozinho na barriga é que ele está por aí. É um artista muito presente na vida de todos nós.
O Retrato do Bob: o talento corajoso de Dani Barros
Por trás do pano – Rapidinhas teatrais
Mormaço é retrato de uma geração perdida
Ivam Cabral e SP Escola de Teatro: um sonho real
Vanessa Jackson faz show grátis em São Paulo
Godspell reúne jovens cheios de amor e utopia
Fim de semana tem Nelson Rodrigues por todo lado
Por trás do pano – Rapidinhas teatrais
Descubra como é o mundo de miss
Dzi Croquettes reestreiam dia 4 de outubro no Rio
Grupo Gattu conquista sede em casarão de SP
Estreia de musical com obra de Milton Nascimento fortalece “Broadway nacional”