O Retrato do Bob: Mario Sergio Cabral, a chama acesa do caçula do Magiluth
Foto de Bob Sousa
Por Miguel Arcanjo Prado
Mario Sergio Cabral é o caçula do Magiluth. Literalmente. É irmão mais novo de Pedro Wagner, também ator do grupo que faz e acontece em Recife. E foi por influência do irmão que Mario começou a fazer teatro em Guaranhuns, no interior de Pernambuco, onde viveu até os 18 anos.
Começou nos palcos em 2001 e logo ficou “maravilhado”. Aos 17, se enturmou com Erivaldo Oliveira, hoje também no Magiluth, e criou o grupo Abre as Pernas Cacilda!. Queriam “entrar pelas entranhas” do teatro nacional.
A primeira peça, Âmago, já abocanhou troféus no Festival de Inverno de Guaranhuns. “Dos 11 prêmios, ganhamos dez”, lembra, orgulhoso. Logo, Erivaldo e ele rumaram para Recife, a capital, onde o irmão Pedro já estava. Foi em 2009. “Cheguei em um tempo que já estava tudo fechado, então fiquei acompanhando os meninos do Magiluth na técnica”.
Em 2012, surgiu a grande chance. O diretor, Pedro Vilela, o convidou para a temporada do grupo na Funarte de São Paulo. “Ele me ligou no Dia das Mães. Disse para ele que eu não precisava pensar. Que eu ia”. Trancou a curso de artes cênicas da Universidade Federal de Pernambuco, largou o emprego e foi.
E valeu a pena. Na capital paulista, ganhou, aos 23 anos, seu primeiro papel como ator na companhia, na versão dos rapazes para Viúva Porém Honesta, de Nelson Rodrigues. Desde então, se apresentou com o grupo no Rio, em Salvador e na consagradora sessão no Teatro Santa Isabel, no Recife: “Tinha fila que dava volta no quarteirão”.
Sobre ter sido eleito Muso do Teatro do R7 no último mês de agosto, com 8.650 votos – a maior votação já conquistada por um ator no concurso até o momento –, ele brinca, lembrando de uma frase que Thiago Liberdade, ator que integrou o começo do Magiluth, gostava de falar. “Ele sempre dizia: ‘Gente, vocês precisam chamar o Mario Sergio, tem de ter um homem bonito no Magiluth’” [risos]. Conta que a rapaziada não ficou com ciúme. “Eles abraçaram minha campanha”. E faz questão de ressaltar uma ajuda fundamental: “Da minha namorada, Clarice Mendes”. O amor é lindo.
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