Talentosa e carismática, Louise Cardoso conquista e faz rir plateia da comédia Velha É a Mãe!
Por Miguel Arcanjo Prado
Envelhecer não é nada fácil, sobretudo quando isso acontece na vida de uma mulher vaidosíssima.
E é essa mulher, que já fez de tudo que é possível (e impossível) para manter a pele esticada e uma certa capacidade de atrair olhares masculinos (mesmo aos 70, com carinha de 50), que Louise Cardoso dá vida no espetáculo Velha É a Mãe!, em cartaz no Teatro Folha, em São Paulo, após temporada de sucesso no Rio.
Apesar de longo, o texto do jovem comediante Fábio Porchat (um dos novos talentos cariocas) diverte a plateia com o embate entre a mãe e sua única filha, Alice (agora vivida por Eliane Costa).
O autor jogou tudo que era possível no texto, da rivalidade feminina ao culto da juventude.
A missao da filha é acalmar os ânimos da mãe, abandonada pelo pai, um médico de 85 anos que não suportou mais estar casado com uma velha com síndrome de Peter Pan.
Contudo, a maior afronta virá com a descoberta de quem é a nova mulher do marido, o que deixará a personagem de Louise enfurecida e humilhada.
Dirigida por João Fonseca, que aproveita ao máximo o jogo entre as duas atrizes, a peça é calcada no excelente tempo cômico de Louise Cardoso, sem dúvida uma das melhores atrizes de sua geração.
A montagem, com suas marcações bem definidas, lembra, e muito, o teatro de besteirol surgido nos anos 80.
Velha É a Mae! diverte, sobretudo, pela identificação que gera com a plateia.
Afinal, se o público não é uma velha com mania de mocinha igual à do palco, certamente conhece uma.
Velha É a Mae!
Avaliação: Bom
Quando: Sexta, 21h30; sábado e domingo, 20h. 70 min. Até 16/12/2012
Onde: Teatro Folha (Shopping Higienópolis, São Paulo, tel 0/xx/11 3823-2323)
Quanto: R$ 40 a R$ 60
Classificação: 12 anos
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vi a peça aqui no rj no teatro miguel falabela e honestamene achei o texto arrastado e em alguns momomento me deu até sono, a filha repete a palavra mamae muitas vezes e fica chaaaaaaaaaaaaaaaato, e melhor parte da peça para mim é quando a filha canta uma musica para mae lembrando da sua infancia, de resto é tudo muito sem graça.