Dramaturgo diz que é perseguido por vingança
ATUALIZADO DIA 21/04/2013 às 13h30
Por Miguel Arcanjo Prado
Foto de Jackson Vieira
O jornalista e dramaturgo Rogério Viana, 64 anos, morador de Curitiba (PR), procurou o R7 para apresentar uma denúncia. Ele acusa os diretores Marcos Damaceno e Roberto Alvim de persegui-lo por vingança no curso de dramaturgia do Sesi Paraná. E afirma que a instituição foi conivente. Damaceno afirma que as acusações contra ele não procedem (leia mais abaixo). Já o diretor Roberto Alvim confirmou à reportagem que não permitiu que o aluno frequentasse suas aulas e explicou seu motivo (leia mais abaixo). Procurado, o Sesi Paraná ainda não se manifestou sobre o assunto.
De acordo com o relato de Viana, do qual tem documentos e gravações apresentados à reportagem que comprovam sua fala, ele fez parte da primeira turma do Núcleo de Dramaturgia SESI Paraná, no ano de 2009. “Participei ativamente do Núcleo, pesquisando bastante, escrevendo muito, traduzindo textos teóricos de dramaturgia”, lembra.
Ele conta que, como também é jornalista, “produzia pequenos textos jornalísticos para ajudar a divulgação, fazia fotografias, cedia-as para o Núcleo, para o Damaceno, para o Alvim”.
Viana diz que os coordenadores do projeto mudaram sua relação com ele no dia em que se opôs a continuar trabalhando de forma gratuita.
“Uma determinada tarde o Damaceno pediu para eu socorrê-lo, pois precisava de um texto jornalístico para divulgar um evento. E eu, cansado de trabalhar de graça, disse que não podia atendê-lo. Ele ficou furioso com minha negativa”, afirma.
Punição
Segundo Viana, houve uma represália por sua atitude. Ele afirma que foi excluído da turma de 2010 sem explicação. “Foi a forma de me punir e de desconsiderar tudo o que eu havia feito”.
Em 2012, o jornalista voltou a se inscrever no curso. “O Sesi alegou que meu e-mail havia sido detectado como ‘spam’ e minha inscrição não foi aceita”. Em 2013, voltou a insistir e, dessa vez, obteve sucesso e foi aprovado. Seu nome foi publicado na lista que saiu no dia 26 de março deste ano classificado para a turma avançada, com aulas ministradas, num primeiro momento, por Roberto Alvim.
Expulso da turma
Rogério Viana chegou a assinar o contrato para participar do curso no dia 1º de abril de 2013. Apesar disso, houve uma mudança abrupta, segundo conta o jornalista.
“Recebi telefonema do Diego Marchioro, responsável pela produção do Núcleo de Dramaturgia e das oficinas – de iniciantes e avançada -, dizendo que o Roberto Alvim havia pedido ao Sesi que me excluísse da turma da Oficina de Dramaturgia avançada”, acusa.
Segundo Viana, ele argumentou “que considerava a decisão arbitrária” e pediu ir ao Sesi pessoalmente. Lá, teve confirmado que sua estada na turma de Alvim não seria possível. “Fui imediatamente recebido pelo Diego Marchioro que me disse que a Janaina Coelho Adão, do setor de Cultura do Sesi Paraná, queria conversar comigo numa das salas do edifício para me explicar os motivos da minha exclusão da Oficina com o Roberto Alvim, por pedido do próprio Alvim”.
“Desgaste no relacionamento”
Ao fim de uma tensa conversa, que foi gravada pelo jornalista, o Sesi pediu que Viana frequentasse a turma iniciante, já que nesta Roberto Alvim não daria aula.
Depois, Rogério Viana pediu que o Sesi lhe enviasse um e-mail comprovando sua exclusão da turma de Alvim, ao qual o R7 obteve cópia. No documento, a instituição pede ao aluno que troque de turma “em face do desgaste no relacionamento com o ministrante da turma avançada [Roberto Alvim]”.
O jornalista acusa a atitude de ferir o edital no qual foi aprovado e diz que foi constrangido publicamente. “Só quero o que é certo. Eu fui aprovado e tenho o direito de fazer este curso. Se o Roberto Alvim quisesse me proibir de entrar no Club Noir, em São Paulo, que é dele, tudo bem, mas ele não pode fazer isso em uma instituição como o Sesi.”
Outro lado
A reportagem do R7 procurou o Sesi Paraná por meio da assessoria de imprensa da instituição e apresentou todos os argumentos do aluno Rogério Viana. Contudo, o Sesi Paraná não se pronunciou até o momento.
“Não houve decisão arbitrária na minha gestão”, diz Marcos Damaceno
O R7 também procurou o diretor Marcos Damaceno. Ele falou com a reportagem e afirmou que durante o período em que coordenou o Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná “não houve a tomada de nenhuma decisão arbitrária”.
Segundo Damasceno, durante sua gestão, “todos os processos seletivos foram respeitados de acordo com o regulamento”.
Sobre a acusação que Rogério Viana faz de não ter sido aprovado, por ter se recusado a produzir textos e fotos para o núcleo, Damaceno diz que “de forma alguma isso aconteceu; o que houve é que havia 20 vagas e, infelizmente, não havia como atender a todos os inscritos no segundo ano do projeto”, devido, inclusive, “ao sucesso do mesmo”.
Sobre as colaborações de Rogério Viana, Damaceno diz que “ele sempre se mostrou disponível a ajudar o projeto” e que “toda cooperação feita por ele se deu de modo voluntário”.
Sobra a expulsão de Rogério Viana da turma de Roberto Alvim em 2013, Damaceno afirma que o fato foge do tempo em que foi gestor do Núcleo de Dramaturgia do Sesi Paraná, já que ele deixou o cargo de coordenador em 2011.
Diretor Roberto Alvim fala o que pensa sobre o assunto
Procurado também antes de a reportagem ir ao ar, o diretor Roberto Alvim escreveu uma mensagem ao R7, no fim da noite deste sábado (20), sobre a denúncia apresentada pelo jornalista e dramaturgo Rogerio Viana:
“Esse camarada foi meu aluno em 2009 no Núcleo de Dramaturgia em Curitiba. Falou mal de mim diversas vezes em seu blog e discutiu comigo (sempre tentando me “desmascarar”, utilizando-se de uma má-fé que me enojou). Bom, o que isto quer dizer? Que ele me acha um m…, é óbvio. E por conta disso mandei a ele uma mensagem na época rompendo relações. Mas qual não é minha surpresa quando justamente este cara aparece na minha primeira aula deste ano de 2013, querendo novamente ter aulas comigo? P…, um sujeito que junto com outros seus amigos […] tem procurado me defenestrar continuamente, de repente aparece pra ter aulas comigo? Não. É claro que não permiti. É claro que mandei o mal-intencionado porta afora […] E aí o site R7 decide dar voz a um sujeito que plantou uma situação inteira para agora dizer que é perseguido por mim. Pessoal do R7: investiguem melhor pra quem vocês estão dando palanque, senão fica difícil… Se forem dar voz para cada uma das pessoas que me odeiam, vai acabar faltando pauta pra outros artistas. Roberto Alvim”
Nota do editor: o blog é democrático e acredita que todos têm direito à voz neste espaço.
Já nas primeiras horas deste domingo (21), em nova mensagem, o diretor Roberto Alvim pediu que fosse publicado este acréscimo à sua fala:
“Aliás, eu gostaria de perguntar a alguns dos meus inimigos: se me odeiam tanto, por que falam sempre de mim? Se me desprezam tanto, por que repetem o meu nome, em sites, blogs, Facebook? Se meu trabalho é tão insignificante, Rogério Viana, por que você quer ter aulas comigo? Antes de vir me xingar, me mostre a sua obra. E, se você quiser, eu te mostro a minha. O resto (“denúncias” idiotas contra mim, acusações de que eu teria um “ego doente”…) são apenas rancor e frustração e inveja e eu
não tenho NADA a ver com a SUA raiva… Eu MOSTRO o meu trabalho. Sempre. E o meu trabalho é o melhor de mim. Tive 16 estreias no ano passado, e neste ano de 2013 já estreei cinco peças (e caminho para estrear muitas outras mais, pelo menos uma obra por mês). Quanto aos caras que falam mal de mim: cadê a obra? Pois é… Dou aulas de dramaturgia em diversos Estados do Brasil e também em alguns países do exterior. Se cada autor que não for “escolhido” por mim para ser encenado for me acusar de “perseguição”, aí vai ficar BEM difícil… O que eu fiz foi simplesmente não deixar que um cara fizesse aulas comigo, pelo fato dele me desqualificar há tempos em seu blog. e aí o sujeito diz que eu o “persigo”(?)… putz, o cara sempre disse publicamente que eu era um m… – e eu tenho que abrir minhas aulas pra ele? NÃO – eu não farei isso; eu não sou obrigado a colocar um cara notoriamente mal-intencionado em minha turma de dramaturgia. Eu não estou “perseguindo” o tal Rogério Viana. Eu nem sequer me lembrava dele até este incidente acontecer. Ele que siga sua vida – mas eu também tenho o direito de mantê-lo longe de mim (como eu mantenho longe qualquer pessoa que me pareça mal-intencionada). Roberto Alvim”
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É fácil entender a atitude do Roberto Alvin. Ele precisa de um séquito que o reverencie. Para isso utiliza métodos bem tradicionais, por exemplo prometendo para a maioria dos alunos que seus textos serão montados pela sua companhia, elogiando escandalosamente os textos em particular com os autores e depois denegrindo- os no seu circulo de amizades! E, portanto, a possibilidade de ser questionado por alguém que não está cego pelos seus elogios, o assusta e o transforma num animal acuado que late e grosna desesperadamente. Em tempo, participei por três anos de sua oficina e fiz parte dos dois processos. Suas aulas, que são excelentes e o segundo processo que é o do seu ego doente.
passo alguns dias um pouco afastado da internet (por conta de uma reestreia na quarta – do COMUNICAÇÃO A UMA ACADEMIA, no Teatro CIT-Ecum – e uma preestreia na sexta – de INVASOR(ES), que estreia em maio no SESC Pompéia) que só agora fico sabendo que um sujeito chamado Rogério Viana me acusou no site R7 de estar “perseguindo-o”…
ora, vamos lá:
esse camarada foi meu aluno em 2009 no Núcleo de Dramaturgia em Curitiba.
falou mal de mim diversas vezes em seu blog, e discutiu comigo (sempre tentando me “desmascarar”, utilizando-se de uma má-fé que me enojou) aqui no facebook.
bom, o que isto quer dizer?
que ele me acha um merda, é óbvio. e por conta disso mandei a ele uma mensagem na época rompendo relações.
mas qual não é minha surpresa quando justamente este cara aparece na minha primeira aula deste ano de 2013, querendo novamente TER AULAS COMIGO (?)…
porra, um sujeito que junto com outros seus amigos (como uma criatura chamada Eliane Karas, que tbm foi minha aluna em Curitiba e que, depois que não escolhi sua peça para montar na MOSTRA que fiz no Club Noir, passou a me odiar e falar sobre minha “doença mental”…) tem procurado me DEFENESTRAR continuamente, de repente aparece pra TER AULAS COMIGO?
não. é claro que não permiti. é claro que mandei o mal-intencionado porta afora.
e aí o site R7 decide dar voz a um sujeito que PLANTOU uma situação inteira para agora DIZER QUE É PERSEGUIDO por mim…
pessoal do R7: investiguem melhor pra quem vcs estão dando palanque, senão fica difícil…
se forem dar voz para cada uma das pessoas que me odeiam, vai acabar faltando pauta pra outros artistas…
Contrapondo as duas mensagens enviadas ao site R7 pelo Roberto Alvim com os reais fatos que foram registrados por dezenas de e-mails e outros documentos em minha posse, desde o final de 2009 até hoje, aclaro algumas questões, sem antes considerar que toda a argumentação do Alvim tem por finalidade desviar todo o foco das ocorrências, para uma tática de desqualificação do meu nome e do meu trabalho. Para ele, confrontar a verdade é temerário. O que vale é focar na desqualificação e na fuga do que em realidade aconteceu.
Os fatos
O foco da denúncia – e a matéria do jornalista Miguel Arcanjo Prado deixa bem claro qual é – foi a ocorrência – três vezes, em 2010, 2012 e 2013 – da negação ao meu direito de participar do Núcleo de Dramaturgia e da Oficina de Dramaturgia do SESI Paraná, o primeiro com a exclusão do meu nome, de forma arbitrária, após meu nome constar de um lista divulgada e assinada pelo Marcos Damaceno em 2010, quando esse era o coordenador do Núcleo; o segundo, em 2012, quando inscrevi-me, novamente, para a Oficina de Dramaturgia – turma iniciante – e o SESI Paraná alegou que não havia recebido minha inscrição e que não tinha mais vagas a serem preenchidas, sugerindo, então, que eu fizesse nova inscrição no ano de 2013. No ano passado, enviei comprovantes do e-mail enviado, da ficha de inscrição devidamente preenchida de acordo com o disposto no Edital Público do SESI Paraná sobre o funcionamento do Núcleo de Dramaturgia, e mesmo assim, a inscrição não foi aceita, o que torna claro que houve, de alguma forma, algum tipo de interferência por parte do Roberto Alvim, que não queria que eu participasse do Núcleo de Dramaturgia. A terceira ocorrência, e também não menos grave, aconteceu em março e nos dias 1 e 2 de abril de 2013, quando após o preenchimento da minha ficha de inscrição para a turma Avançada do Núcleo de Dramaturgia, com todas as informações atendendo aos dispostos no regulamento da Oficina de Dramaturgia SESI Paraná, depois, com a publicação da “lista dos inscritos” onde constava o meu nome, na sequência, com a convocação para que eu fosse assinar um “contrato de participação na oficina de dramaturgia” e, outra convocação para o início dos encontros, fui surpreendido no dia 1 de abril, por um telefonema dado por Diego Marchioro, informando-me que o Roberto Alvim havia determinado minha exclusão da “turma avançada”. Como havia sido convocado para o início dos encontros no dia 2 de abril, no horário anunciado – 18h00 – compareci ao edifício sede do SESI Paraná, no saguão ao lado da sala de multimeios onde o primeiro encontro aconteceria, e fui impedido de entrar na sala pelo Diego Marchioro, que me propôs que eu participasse, nos primeiros encontros, da “turma Iniciante”, e, depois, continuasse os demais encontros com outros professores.
Diego Marchioro, diante da minha negativa, argumentando que estava presente ali com minha inscrição aceita e publicada pelo site do Núcleo de Dramaturgia, queria que eu fosse conversar com a Janaína Adão, da área cultural do SESI Paraná, num dos andares do edifício. Neguei-me e sugeri que ela viesse conversar comigo ali no saguão do prédio, pois, assim, os demais participantes poderiam assistir e serem testemunhas do constrangimento a que eu estava sendo submetido. Janaína não aceitou meus argumentos e nem a prova de que eles – do SESI Paraná – haviam aceitado minha inscrição e divulgado meu nome na lista de aprovados. Logo no início da conversa com Diego Marchioro e Janaína Adão, informei a eles que iria gravar toda a conversa – para a garantia de meus direitos – do que ali seria tratado. Como a Janaína e o Diego estavam firmes no cumprimento da decisão do Roberto Alvim de impedir minha participação e, também, para não prolongar aquela conversa, propus, então, que eles me enviassem um e-mail, naquele momento, para comprovar que eu estaria, então, transferido, para a “turma iniciante” nos primeiros encontros. Mas eu queria sair dali com uma cópia desse e-mail. Uns 25 minutos depois, retorna o Diego Marchioro com uma cópia do e-mail a mim enviado e que foi publicado pelo site R7.
Contraponto a fala do Roberto Alvim
Em 2009 tive uma participação bastante ativa, colaborativa e produtiva dentro das atividades da Oficina de Dramaturgia do SESI Paraná, na então “turma da tarde” (havia outra turma no período da noite). Durante os 18 encontros e demais atividades paralelas da Oficina de Dramaturgia, tive uma relação de cortesia e de respeito mútuos com o Roberto Alvim e demais colegas. Submeti-me a nove meses de muito trabalho, pesquisa, estudos e muita escrita. Durante as atividades escrevi três textos teatrais (a oficina exigia que, pelo menos, um texto fosse escrito pelos participantes). Um dos meus textos – o primeiro que escrevi “Manhas, Mutretas e o Escambau” – foi lido integralmente e dois deles, na sequência, foram lidos e avaliados parcialmente pelo Roberto Alvim. São: “Daysi” e “Parent(es)is”. Sem apresentar à oficina, escrevi outro texto – “Cinco Cafés e Algumas Gotas de Afeto”.
Em nenhum momento durante o curso, de nenhuma forma ou meio, estabeleci discussão pessoal com o Roberto Alvim, que sempre me tratou de modo respeitoso e cordial, da mesma maneira que eu o tratava. Por sempre apresentar comentários e realizar todos os exercícios propostos pelo Alvim de escritas e de leituras, sempre meus escritos eram citados por ele como modelo do que estava em discussão. Nessa época iniciei a tradução de textos teóricos sobre teatro e dramaturgia, de autores consagrados de fala espanhola. Ofereci aos participantes, e até ao Alvim, minhas traduções. Uma delas, até, vez ou outra era citada pelo Alvim. Refiro-me ao texto “Narraturgia”, do espanhol José Sanchis Sinisterra. Ainda, naquele ano de 2009, iniciei a tradução de textos teatrais, da autora argentina radicada na França, Suzana Lastreto (a peça “Casais”, com a qual estabeleci diálogo e da qual traduzi outro texto teatral, o monólogo “Noite de Verão longe dos Andes ou Diálogo com meu dentista”.
Quando se refere, na sua mensagem aqui publicada, a “esse camarada”, Roberto Alvim evidencia uma desqualificação que tem o propósito de desviar o foco principal da questão que é a “exclusão arbitrária” de minha presença nas Oficinas de Dramaturgia em 2010, 2012 e agora em 2013.
Até a ocorrência do evento de minha primeira exclusão da Oficina de Dramaturgia, em final de março e começo de abril de 2010, por decisão do Marcos Damaceno (então coordenador do Núcleo de Dramaturgia), não havia estabelecido nenhuma divergência com o Roberto Alvim. Nenhuma. Depois de minha exclusão, obviamente, posicionei-me, escrevi, usei minha capacidade de argumentação e de crítica. O Alvim, em nenhum momento, nunca me enviou e-mail ou comentou publicamente nada desabonador a mim. Sua tática não era agir publicamente, mas, como ficou evidenciado, ele agia nos bastidores, pois sentia que, ao contrário de muitos dos demais colegas, não seria um participante “manipulável” e que poderia escrever meus textos dentro do “padrão sombrio” que ele adota em sua escrita e em suas encenações.
Passado um bom tempo, já no final de 2010, enviei ao Roberto Alvim um longo e-mail contando a ele o que eu havia produzido desde os primeiros encontros com ele em abril de 2009. Quando cheguei ao Núcleo, já tinha escrito duas peças teatrais – “Das razões do nosso medo” (2002) e o musical “Arco, Tarco ou Verva? Paixão e Alegria de um Barbeiro Caipira” (2005). No começo de 2011, já tinha escrito mais 10 textos. Escrevi mais cinco textos depois. Hoje tenho 17 peças escritas. Traduzi 13 peças teatrais de vários autores de língua espanhola, além de inúmeros textos teóricos sobre dramaturgia, encenação, monólogos, técnicas teatrais.
Não vou me atear a generalização e boçalidades ditas pelo Alvim, querendo, assim, ao me desqualificar, querer reverter a situação e ele, sim, colocando-se como vítima do que aconteceu comigo. Uma inversão de papéis e da verdade.
Muitos dos acólitos do Alvim, seus seguidores e defensores, tem se manifestado ferozmente contra mim. E o que todos tentam estabelecer é o mesmo padrão de desqualificação do que sou, nunca com base no que fiz e escrevi como autor teatral, nem do que por direitos eu tenho. Os apóstolos das teorias do Alvim, acham mais fácil rezar pela cartilha dele, digo, pelo evangelho dele, do que pelo que está inscrito como Verdade e Direito.
Os acólitos e o próprio Alvim tem colocado não reconhecerem meu direito de participar do Núcleo de Dramaturgia, atendendo a um “edital público do SESI Paraná”, alegando que não há razão disso pelo fato do famigerado diretor e autor teatral, não querer minha presença na Oficina de Dramaturgia que ele ministrará um terço dos encontros previstos para este ano. Entre o Alvim não querer que eu participe e eu ter o direito de participar vai uma distância razoável. Minhas inscrições tem por objetivo básico restabelecer e recuperar um direito que me foi retirado de forma arbitrária em 2010, 2012 e agora, no episódio focado, em 2013. Quero que se restabeleça um Direito, direito e sem direito a nenhum tipo de retaliação, picuinha ou vingança.
E quero discutir o meu direito, dentro do Direito e do que dispõe a Justiça brasileira. Só isso.
Todo o histórico das ocorrências relatadas acima está registrado em dezenas de e-mails e de outros documentos que posso oferecer a quem se interessar, desde que solicitados por via judicial.
Rogério Viana
O Roberto Alvim tem memória bem curta, tipo memória temporária, que apaga a cada novo “enter” de seu computador obsoleto. Quando ele se refere a mim como “aquele sujeito chamado Rogério Viana”, ou “esse camarada”, expressões de desqualificação, se esquece, facilmente, de que, durante os nove meses em que participei com ele da Oficina de Dramaturgia SESI Paraná, registrei várias vezes no meu blog, não apenas o que de conteúdo era ali discutido, mas, também, fazia dezenas , centenas de fotos. Fotos dos vários colegas, dos vários encontros, fotos, várias, várias fotos do Roberto Alvim. Eu fazia as fotos e as publicava. Como a memória do Roberto Alvim anda claudicante, peço ajuda ao “uncle Google” para ajudar-me a fazê-lo lembrar-se de minha presença em sua vida profissional. Quem empreender uma pesquisa no Google com “Fotos de Roberto Alvim” em IMAGENS, vai abrir uma página que tem, logo no começo, nas primeiras fotos, fotos feitas por mim do Roberto Alvim, fotos que ele, espertamente, utilizou várias vezes na divulgação de seu trabalho Brasil afora, mundo afora, como os próprios registros do Google demonstram. Se ele não se lembra de mim, com sua tática de me desqualificar, vai ser preciso se lembrar sempre, até pelo “clipping” de matérias e materiais que deve guardar, onde minhas fotos aparecem. Sei, de uma delas, bem grande até, que saiu na capa do Caderno G, do jornal Gazeta do Povo, daqui de Curitiba, onde meu nome aparece no crédito como fotógrafo. Ah. E porque aquela foto minha foi publicada? Porque o SESI PR, através de sua assessoria de imprensa para o Núcleo de Dramaturgia, pouco registrada dos nossos encontros, atividade que eu realizava, para o meu blog. Roberto Alvim, veja no Google como foi minha relação com você. E bote a cabeça para funcionar e não ser assim, tão efêmera em questões de sua memória. O link do Google é este: https://www.google.com.br/search?hl=pt-BR&site=imghp&tbm=isch&source=hp&biw=1024&bih=677&q=fotos+roberto+alvim&oq=fotos+roberto+alvim&gs_l=img.12…2018.7840.0.9528.19.15.0.4.2.2.273.1649.8j6j1.15.0…0.0…1ac.1.9.img.AJdfwuq_jHA
ô, rogério: vá viver sua vida, rapaz! pare de me perseguir, pare de pensar obsessivamente em mim! monte suas peças, criatura. faça seu trabalho, como eu faço o meu. vc não precisa de mim, nem eu preciso de vc. tanto ódio pode te fazer adoecer. desejo tudo de bom pra vc, apesar de tudo. mas fique LONGE de mim. pode ser assim?
Novamente o Roberto Alvim vem aqui e escreve que eu o estou perseguindo. É bem cara-de-pau sua postura. Só tenho registrado, criticado, protestado contra a real perseguição que ele empreendeu a mim, ao excluir-me arbitrariamente e com o apoio do seu ex-aliado Damaceno e a omissão do SESI Paraná, do Núcleo de Dramaturgia. O que quis e quero é revelar que além de me perseguir, com a exclusão, ele tem desviado a questão fundamental de que a minha exclusão feriu um direito que eu tinha e que era líquido e certo. Tornar público uma lista e depois apagá-la é ferir direito. É usar de artifícios, estratagemas nada éticos, nem legais. Tratei os fatos que se seguiram como ofensa a um direito que eu tenho. Ou o Roberto Alvim tem a ousadia de afirmar que eu não tinha o direito no episódio inicial que foi relatado? Mas, assim, para omitir o fator fundamental, ele, o famigerado diretor, apela para a desqualificação. Põe na roda seus acólitos, aquele bando de fanáticos que entra numa seara que não lhe diz respeito. Que compra briga alheia, que me ataca sem motivação ou conhecimento das motivações da minha crítica e denúncia. A pendenga é institucional, legal, passível de ser discutida na Justiça. Quem se manifesta, tem o direito de fazê-lo, reconheço, só não tem o direito de criar ou de externar “juízo de valor”. Ser contra ou a favor, é do jogo democrático. Mas atacar alguém só para ficar bem na fita com o Alvim, é adotar postura subserviente, servil, burra até. Mas você, Roberto Alvim, ainda tem a cara de pau de dizer que eu sou o que o persegue e o desqualifico. Minhas críticas a você foram com base a um evento, a uma postura, a um rompimento de uma questão de direito. Cada vez que você responde com sua virulência destemperada sabe que está municiando-me de mais provas. Ah. Outra questão, você não me botou porta afora, não. Não teria coragem de fazer isso. Como nunca teve coragem de fazer nada em minha frente, só agindo nos bastidores, de forma desleal, despropositada e sem base legal. Você sabe que, dentro do SESI Paraná, naquela sala onde acontecia o primeiro encontro do Núcleo de Dramaturgia, turma avançada, ninguém poderia retirar-me de lá. O que eu não quis e agi com prudência, foi o de impedir que você tivesse que demonstrar diante de tantas testemunhas a sua covardia. Preferi, sim, não entrar na sala. Contornei o problema com um e-mail que me foi enviado e cuja cópia a Janaína Adão me escreveu e o Diego Marchioro me entregou uma cópia. Era o que eu precisava. Só aquele e-mail. O resto, bem o resto você saberá em breve. Aproveite para reler o que você escreveu aqui e aprenda o real significado do verbo DEFENESTRAR, que você utilizou de forma equivocada, ignorando o que seja defenestrar mesmo.
O Alvim anda ruim de memória, mas nunca perde a elegância e a classe! Antes de dar aulas de dramaturgia, devia dar aulas de boa educação e bons modos. Ele é um mestre em boa educação. Acho melhor você ler, outra vez, o conto “Berenice”… Talvez aqueles dentes queiram lhe “sorrir” alguma coisa!!!