Grupo Lume comemora sete peças no Festival Internacional de Teatro de São José do Rio Preto
Por Miguel Arcanjo Prado
Enviado especial do R7 a São José do Rio Preto (SP)*
O grupo Lume Teatro, de Campinas (SP), está feliz da vida em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. Primeiro, porque os ingressos da peça deles acabaram no primeiro dia de venda. Segundo, porque comemoram a sétima vez no FIT, o Festival Internacional de Teatro da cidade, organizado pela Prefeitura e o Sesc Rio Preto.
Desta vez, apresentam Os Bem Intencionados, montagem dirigida pela mineira Grace Passô, do Grupo Espanca!, de Belo Horizonte. Ainda há duas apresentações, neste sábado (6) e domingo (7), às 22h, no ginásio do Sesc Rio Preto.
O Lume foi laureado com o último Prêmio Shell de Teatro, pelo conjunto da obra. Reconhecimento pelos 28 anos de atividades e pesquisa teatrais ininterruptas.
Antes do FIT, apresentaram-se também no Festival de Teatro de Curitiba. Ricardo Buccetti, ator da trupe, conta que, em seguida, vão para o Festival de Inverno de Ouro Preto (MG), onde se apresentam nos dias 23 e 24 de julho. Em agosto, aportam em Londrina (PR), onde participam do Festival Internacional de Londrina, o Filo.
“Puxada de tapete”
O Lume sempre faz intercâmbios. É quase inerente ao teatro que eles fazem, já que não possuem diretor fixo, como conta a atriz Raquel Scotti Hirson ao R7.
– Somos sete atores e não temos diretor. E esta montagem, com a mineira Grace Passô, é a primeira na qual somos dirigidos por um brasileiro. Já trabalhamos com diretores do Japão, do Canadá, da Argentina… Para a gente, esta troca é muito importante. Precisamos dessa puxada de tapete. E isso vem desde o Luis Otávio Burnier [fundador do Lume, que morreu precocemente em 1995].
Outra “intrusa” foi a iluminadora Nadja Naira, vinda da Cia. Brasileira a convite da diretora. Fez elogiado trabalho.
A peça Os Bem Intencionados (leia crítica) mostra um grupo de artistas em uma espécie de bar, onde eles apresentam números musicais e falam das dificuldades da vida artística. Aliás, a música é uma espécie de personagem da montagem.
Marcelo Onofri, diretor musical, diz que buscou referências na história dos próprios artistas do Lume.
– A música da peça veio da combinação de cabeças. As do Lume com a da Grace Passô. A charada foi onde colocar cada referência.
Onofri conta que a trilha da peça é bem eclética.
– Tem Frank Sinatra, Cauby Peixoto, Fábio Jr., Carlos Gardel, Astor Piazzolla… E ainda composições originais, como a que abre a peça.
A canção citada é emblemática. Porque é uma espécie de síntese da mensagem do espetáculo. A canção se chama: Será que Você vai Ver o Que Você Quer Ver?.
*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do FIT Rio Preto 2013.
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Viajar a convite é só para quem pode, não é mesmo? Ah, Miguelito, que chique você está! Mas fico feliz. É merecido.
Felipe, não sou chique nada! Só faço meu trabalho direitinho. E os festivais sabem disso. hehehe Abraços e obrigado!