Gianecchini faz casal com Maria Fernanda Cândido em A Toca do Coelho, do “novo Tennessee Williams”
Por Miguel Arcanjo Prado
“Ele é o novo Tennessee Williams”, diz Selma Egrey sobre o dramaturgo norte-americano David Lindsay Abaire, autor da peça A Toca do Coelho, que estreia neste sábado (21), no Teatro Faap, em São Paulo.
Reynaldo Gianecchini e Maria Fernanda Cândido estrelam a montagem dirigida por Dan Stulbach, vivem o casal Becca e Paulo. No elenco, estão ainda Selma Egrey, Simone Zucato – idealizadora da montagem brasileira – e Felipe Hintze.
A peça mergulha nos recônditos de uma típica família norte-americana prestes a desmoronar, tal qual fazia Williams. Egrei bem define.
— É um drama familiar, e isso é universal. Família é base, mesmo que a gente se afaste ou renegue.
A obra chega ao Brasil após ganhar o Pulitzer e arrebatar a plateia na Broadway, em Nova York, na montagem protagonizada por Cynthia Nixon (atriz de Sex and The City) como Becca, papel agora assumido por Cândido.
— Aceitei o papel após ler a última palavra do texto. É incrível a forma como o autor constrói tudo.
O diretor, Dan Stulbach, diz que o desafio da peça “é alcançar o íntimo do ser humano”. O diretor chegou a contratar uma terapeuta para os personagens no processo de construção da obra.
Gianecchini revela que seu personagem é um típico pai de família norte-americano.
— O Paulo é um executivo que trabalha na bolsa. Mas, apesar de ser bem sucedido, é um cara carente, às vezes até infantil.
Simone Zucato conta que teve vontade de levantar a peça assim que o texto chegou em suas mãos.
— Eu sou muito otimista e resolvi convidar o Giane. Quando ele me ligou, fiquei com medo de atender e ouvir um não dele. Quando ele falou sim, eu comecei a chorar.
A Toca do Coelho
Quando: Sexta, 21h30; sábado, 21h; domingo, 18h. 110 min. Até 15/12/2013
Onde: Teatro Faap (r. Alagoas, 903, Higienópolis, São Paulo, tel. 0/xx/11 3662-7233)
Quanto: R$ 80 (sexta e domingo) e R$ 100 (sábado)
Classificação etária: 12 anos

Elenco da peça A Toca do Coelho: “O autor é um novo Tennesse Williams”, diz Selma Egrei – Foto: Jairo Goldflus
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Só corrigir o nome do dramaturgo para Tennessee, pois está digitado Tennesse, tanto no título quanto no texto. E o prêmio é Pulitzer e não Pullitzer. Abraços!
Felipe, corrigido. Obrigado!
De nada. Conheço Tennessee por conta de filmes, como UM BONDE CHAMADO DESEJO – que inclusive ganhou um Pulitzer -, com a maravilhosa Vivien Leigh, e de dois com a Elizabeth Taylor, GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE – que foi outro Pulitzer – e DE REPENTE, NO ÚLTIMO VERÃO.
Olha a coincidência, Felipe, vi há duas semanas o filme Um Bonde Chamado Desejo, que peguei na videoteca da ECA, lá na USP, onde faço pós. É bom demais! E vi também De Repente, no Último Verão, com a linda Liz Taylor. Ótimos filmes!
Já vi vários filmes baseados em peças. Procure ver também GATA EM TETO DE ZINCO QUENTE.