Médico usa vibrador para curar mulheres “histéricas” enquanto diverte a plateia
Quase no fim do século XIX, um médico decide experimentar o uso da eletricidade na cura de mulheres histéricas que chegam ao seu consultório. Enquanto ele fica admirado com o potencial da tecnologia, elas descobrem o prazer pelo estímulo de um vibrador.
Falando de sexo com elegância, a comédia No Quarto ao Lado, O Espetáculo do Vibrador encerra a temporada no Teatro Jaraguá, em São Paulo, neste fim de semana.
Com direção de Yara Novaes e texto da norte-americana Sara Ruhl, a peça conta ainda com Daniel Alvim, Marisol Ribeiro, Julia Lanina, Luciano Gatti, Rafael Primot, Maria Bia e Fafá Rennó.
Daniel Alvim é Dr. Givings. O personagem rendeu ao ator o título de muso do teatro do R7 em dezembro do ano passado. Ele é um jovem médico que aplica um vibrador nas zonas erógenas da mulheres para testar as propriedades terapêuticas. Enquanto consegue resultados “arrasadores” com suas pacientes, sua mulher, Catherine, fica ouvindo tudo atrás da porta, esperando a chance de ter uma relação mais humana e conectada com o amado.
Yara encarou o desafio de transformar um fato histórico em uma comédia leve, que fala também sobre a emancipação feminina e a conquista do prazer.
— A mulher maravilhada com a descoberta do orgasmo e o homem encantado com a invenção da eletricidade. Esse descompasso ecoa até hoje, porque os homens ainda desconhecem o corpo feminino. Homem e mulher não percorrem, juntos, o mesmo caminho, e é justamente isso que o texto da peça propõe: vamos fazer juntos?
No Quarto ao Lado, O Espetáculo do Vibrador
Quando: 21, 22 e 23 de fevereiro, 21h30, 21h e 19h. Último fim de semana
Onde: Teatro Jaraguá – Novotel Jaraguá (r. Martins Fontes,71, Bela Vista, São Paulo, tel. 0/xx/11 3255-4380)
Quanto: R$ 50 a R$ 60
Classificação etária: 14 anos
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Discordo da Yara. É claro que há homens insensíveis, mas há homens também esforçados em estabelecer uma conexão com as mulheres. E há o oposto também: mulheres duras e insensíveis. No passado, a situação da peça poderia ser regra, mas não vejo isso como realidade absoluta hoje. Acho que hoje a questão é de índole mesmo: há homens bons e maus e mulheres boas e más.