Mundo cão de Plínio Marcos volta em Abajur Lilás
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
O dramaturgo e jornalista Plínio Marcos, morto há 15 anos, é um dos maiores expoentes do teatro brasileiro. E continua montado como nunca. Só de sua peça Navalha na Carne, há três montagens em São Paulo. Como sempre, seus textos, inspiradas no ritmo caótico de São Paulo, dá voz a personagens urbanos marginais.
E outra peça dele está de volta. Desta vez, Abajur Lilás, montagem que o diretor André Garolli estreia no próximo dia 9 de julho no Teatro Nair Bello, em São Paulo.
Ele convocou os atores Fernanda Viacava, Isadora Ferrite, Josemir Kowalick, Daniel Morozetti e Carol Marques, para viver os personagens que habitam o prostíbulo comandado a mão de ferro por Giro.
A montagem faz parte do projeto Homens à Deriva, que já montou as peças As Moças e Histórias dos Porões. Sempre em cena a submissão do homem ao dinheiro.
Garolli diz que Plínio Marcos expõe “a solidão e a decadência humana”, mostrando “vidas degradadas e o beco sem saída da miséria e da violência”.
E lembra que a maior parte da dramaturgia do autor foi concebida durante os anos de chumbo da ditadura militar que foi instaurada no País 50 anos atrás.
“Sustento a ideia de que não há como analisar as obras dramáticas desse autor sem o entendimento do regime de opressão ao qual estiveram submetidos os cidadãos brasileiros”, afirma.
Abajur Lilás
Quando: Quarta e Quinta, 21h. 80 min. De 9/7/2014 a 14/8/2014
Onde: Teatro Nair Bello – Shopping Frei Caneca 3º piso (rua Frei Caneca, 569, Consolação, São Paulo, tel. 0/xx/11 3472-2414)
Quanto: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada)
Classificação etária: 16 anos
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Realmente, em se tratando de estética “Mundo Cão”, Plínio Marcos é uma referência brasileira.