Dois ou Um com Marcio Tito Pellegrini
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Marcio Tito Pellegrini não para quieto. Afinal, como já disse neste blog no ano passado, ele é da “geração para de reclamar e vai fazer“. Tem a garra da juventude que quer engolir o mundo. É inteligente, politizado e anda, aos poucos, deixando sua marca no teatro paulistano. Junto de seu coletivo teatral, a Tragédia Pop, lança neste sábado (19), às 20h, dois novos espetáculos de 50 minutos cada um: O Idioma da Navalha e Memórias Póstumas de Alonso-Bunda. Diz que ficarão em cartaz todos os sábados até o fim do ano no Mini Teatro da praça Roosevelt, centro paulistano, se tudo der certo. A gente espera que dê. Ah, a entrada custa R$ 200, R$ 20 ou nada. Simples assim. Tito aceitou o convite do R7 para participar da nossa coluna Dois ou Um. Dez perguntas cheias de possibilidades. Ou não.
Brás Cubas ou Alonso Bunda?
A modernidade em todos os tempos. Reinvenção sistemática, sempre.
Zé Celso ou Rodolfo García Vázquez?
Ambos convivendo no mesmo País com pesquisas radicalmente distintas que convergem em fórmulas atentas para o mundo de hoje. Uma sequência consciente de seu percurso histórico – nada melhor.
Banco de escola ou aprontando no palco?
Acho que banco de escola aprontando coisas de palco. É sempre bom rever os ambientes…
Tragédia ou drama?
Tragicomédia.
Polícia para quem precisa ou polícia para quem precisa de polícia?
Tenho nojo da atuação da polícia militar na maioria dos eventos que tenho acompanhado. Os torturadores estão aí, você é jornalista, sabe bem do que estou falando…
Bombas de gás ou bombas de chocolate?
Bomba de gás do riso pra cima dessa caretice toda que tem tomado conta do senso-comum…
Argentina ou Alemanha?
Copi (Raul Taborda Damonte) e Brecht.
Juventude transviada ou juventude alinhada?
Politizada.
A força da grana que ergue e destrói coisas belas ou Panamérica de Áfricas utópicas?
Panamérica de Áfricas utópicas que provará que é possível erguer muito mais coisas belas – em detrimento da força da grana que perverte e corrói as verdadeiras coisas belas…
Pop ou Rock?
Prefiro experienciar o Rock, mas a aura catártica do Pop sempre rouba minha alma…
Gostei da entrevista. Muito boa. Não é um descolado “poser” chato, com um rosto eternamente mal-humorado “blasé”.
Dois beijos numa alma.