Domingou: Teatro brasileiro conquista Avignon
O ator mineiro Otto Jr. está na França com a Armazém Cia. de Teatro, do Rio, e conta, com exclusividade para o blog, tudo o que rola no célebre Festival de Avignon
Por OTTO JR.*
Especial para o R7
Em cartaz aqui em Avignon no sul da França com O Dia em que Sam Morreu, da Armazém Cia de Teatro, o que mais chama a atenção num primeiro momento são os números desse Festival que é considerado o maior evento europeu de artes cênicas.
São 1.307 espetáculos, feitos por 1.082 companhias de 25 países.
As primeiras apresentações começam às nove da manhã e as últimas varam a madrugada…
Na edição deste ano, pela primeira vez está acontecendo uma mostra de teatro brasileira.
São cinco espetáculos que de alguma forma estão desbravando e abrindo as portas para que no futuro muitos outros grupos e companhias brasileiras possam fazer este mesmo caminho.
A iniciativa é do Cena Brasil e tem o apoio parcial do Ministério da Cultura e do Ministério das Relações Exteriores.
Estão aqui na mostra brasileira a Armazém Companhia de Teatro, do Rio, com O Dia em que Sam Morreu; a mundana companhia, de São Paulo, com O Duelo; a Companhia Caixa de Elefante, do Rio Grande do Sul, com A Tecelã; a Cia do Meu Tio, da Bahia, com O Sapato do Meu Tio e Gustavo Rodrigues, do Rio, com Billdog.
Temos ainda, na mostra oficial e co-produzido pelo próprio Festival de Avignon o Teatro da Vertigem, de São Paulo, que estreou Dizer Aquilo que Não Pensamos em Línguas que Não Falamos.
Já estamos na segunda metade da temporada, com apresentações de terça a domingo.
Muito, muito trabalho, e a certeza de que estamos todos apresentando cada um à sua maneira belos e consistentes trabalhos ao público do Festival de Avignon.
Próxima parada, Festival de Edimburgo.
Vamos em frente!
*Otto Jr. é um ator inteligente. A coluna Domingou, uma crônica semanal, é publicada todo domingo no blog Atores & Bastidores do R7.
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A foto do Bob Sousa de Otto está demais. Está com um quê meio Hamlet. Só mesmo Bob para obter esses efeitos!