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Domingou: Criança Esperança foi um desastre

Laila Garin (Elis), Emílio Dantas (Cazuza), Ney Matogrosso (ele mesmo) e Tiago Abravanel (Tim Maia): momento dos musicais foi a melhor parte de um Criança Esperança desastroso em 2014 – Foto: Estevam Avelar

Por MIGUEL ARCANJO PRADO*

Feito para ser um empolgante espetáculo musical, o Criança Esperança exibido pela Globo na noite deste sábado (16) foi um completo desastre.

O programa não honrou sua própria tradição de ser feito ao vivo e apresentou uma versão gravada vergonhosa. Alguns cortes pareciam feitos por estudantes do primeiro ano de rádio e TV. Nem a bailarina nua da edição passada justifica tirar o clima de ao vivo do programa. Seria melhor ter checado se as bailarinas estavam de calcinha antes de subir ao palco.

A única coisa que salvou o Criança Esperança da vergonha absoluta foi o número final, no qual o cantor Ney Matogrosso fez apresentação ao lado de estrelas dos espetáculos musicais que ressuscitaram com sucesso alguns de nossos cantores queridos que já se foram.

Assim, Emílio Dantas incorporou Cazuza, Tiago Abravanel, Tim Maia, e Laila Garin, Elis Regina — esta última com performance de deixar todos arrepiados, que já lhe valeu um Prêmio Shell de Teatro e a indicação ao Prêmio APCA deste ano. Fizeram emocionante apresentação de Canção da América, de Milton Nascimento.

Didi, ou melhor, Renato Aragão, estava claramente magoado e teve de dividir cena com Fernanda Lima nos 29 anos do Criança Esperança – Foto: Estevam Avelar

O restante do show foi uma sucessão de apresentações burocráticas, frias. Não bastasse o palco morno, atores da Globo surgiram para falar textos contando como são bons e ajudam as pessoas, em um tom que soou arrogante — a única a falar com simpatia foi Glória Maria.

Ivete Sangalo até se esforçou na abertura, mas seu número também foi fraco comparado ao que ela já aprontou no palco em edições anteriores.

Para completar, um Didi, ou melhor, Renato Aragão destronado do programa, tendo de dividir espaço com Fernanda Lima, surgiu apenas no final, com muita mágoa, para dizer: “O Criança Esperança ninguém vai me tirar”.

Está certo ele. Pelo menos nos tempos em que comandava a festa, então dirigida competentemente por Aloysio Legey no Ginásio do Ibirapuera, em São Paulo, o show era vivo, intenso.

Antes de ser cortado, Didi garantiu que estará de volta em 2015, nos 30 anos do Criança Esperança. Tomara que não seja para mais uma grande decepção como foi esta 29ª edição.

*Miguel Arcanjo Prado é jornalista e preferia o Criança Esperança de antigamente. A coluna Domingou, uma crônica semanal, é publicada todo domingo no blog Atores & Bastidores do R7.

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