Por MIGUEL ARCANJO PRADO
A torcedora racista do Grêmio, Patrícia Moreira da Silva, é péssima atriz. Daquelas que o choro não convence. Muito pelo contrário, ela convence muito mais quando demonstra seu ódio racial de forma genuína diante das câmeras de TV, do que quando encena um chorar arrependido para as mesmas câmeras, após ensaio apressado de seu advogado.
A moça que chamou o jogador do Santos Aranha de “macaco” pelo fato de ele ser negro não é vítima. É racista e criminosa, como diz a Lei.
O ladrão que lhe roubou ou o assassino que matou um parente seu merece que o crime seja esquecido pela Justiça porque, orientado pelo advogado, fez um teatro de quinta categoria frente às câmeras dizendo-se arrependido?
A Justiça deve ser imune a emoções baratas, forjadas. Aranha, o jogador do Santos que foi vítima da moça racista, está certo em exigir Justiça. Afinal, como a gente aprende de pequeno, quem perdoa é Deus.
Apesar do choro copioso, a tal moça não está nada arrependida do que fez, tanto que continua afirmando que “não é racista”. Ela está, isso sim, é com saudade da vida tranquila que tinha, onde podia ser racista sem ninguém perceber.
Se ela tivesse o mínimo de dignidade, admitiria que é racista, sim. Porque é. E isso está comprovado. Ela não xinga jogador branco de macaco, mas, sim, um jogador negro.
O advogado da gremista Patrícia Moreira da Silva diz que chamar um negro de macaco no contexto do futebol não é racismo. Como assim? O futebol paira acima da Constituição? No raciocínio bizarro que tenta emplacar, os alemães que mataram judeus no contexto do nazismo não são criminosos? Tenha dó.
O ódio racial que Patrícia Moreira da Silva demonstrou é exemplo do racismo velado que vivemos no Brasil, onde todo mundo diz: “imagina, não sou racista, até tenho um amigo negro”. Contudo, muitos por aí colocam suas manguinhas racistas de fora quando, em uma situação de tensão, resolvem utilizar a pigmentação na pele de alguém como xingamento.
Neste país colonizado chamado Brasil, que cultua desde sempre os que têm aparência europeia em detrimento àqueles claramente descendentes dos índios dizimados ou dos negros que vieram nos desumanos porões dos navios negreiros, predomina a hipocrisia de não se aceitar o racismo exercido no dia a dia. Ele existe, sim, tal qual foi captado pelas câmeras de TV no estádio de futebol. E encará-lo de frente, e não tentar amenizá-lo com choro, é o primeiro passo para se acabar com ele.
E o pior de tudo: em vez de se dar punição exemplar para a racista Patrícia Moreira da Silva, até porque existe uma lei que criminaliza o racismo neste País, parte da sociedade e até mesmo da própria imprensa sai em defesa da moça depois de seu choro treinado pelo advogado, querendo torná-la uma pobre coitadinha. Coisa que sua imagem de ódio exibida pela TV deixou claro que não é.
Patrícia Moreira da Silva é racista e pedir perdão não basta. Ela precisa ser punida exemplarmente, para, quem sabe, aprender que ela é tão descendente de macacos quanto qualquer pessoa que lhe ocorra xingar. Para aprender que os seres humanos precisam ser respeitados com igualdade e que não se pode utilizar de forma baixa e criminosa a etnia de ninguém – nem também a sexualidade – como forma de xingamento. O Brasil precisa entender que é um país multicultural, multiétnico e diverso sexualmente e que não deve mais tolerar gente como ela, que só traz vergonha, atraso e indignação.
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