Entrevista de Quinta: “O teatro está mais vivo do que nunca”, diz Miguel Arcanjo Prado
Por BRUNA FERREIRA*
Fotos EDUARDO ENOMOTO
Antes que você se pergunte o que está acontecendo, sim, esta é uma Entrevista de Quinta com o dono da casa. Encontramos ele na janela lateral do quarto de dormir. Gritamos um “oi” da rua de paralelepípedo e ele respondeu prontamente: “Entra! Vou passar um café”.
Bom, não foi isso o que aconteceu, mas é sempre assim que imagino o Miguel Arcanjo Prado, recebendo suas visitas todas, em uma cidade mineira incrustada numa cadeia de montanhas, suas cachoeiras e seus papos no portão.
Jornalista, colunista de teatro, editor de Cultura do R7, formado pela UFMG e pós-graduado pela USP, ele é também crítico da APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes). Miguelito, como é chamado pelos amigos, defende o teatro como defende o jornalismo.
Aqui, para começarmos o ano nos sentindo em casa, ele conta um pouco de sua trajetória e do Atores & Bastidores: uma aventura cheia de Paulos, Fernandonas e até uma entrevista sentado na privada.
Leia com toda a calma do mundo.
BRUNA FERREIRA — Quando você começou a cobrir teatro?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Foi logo que entrei para fazer estágio na TV Globo Minas, em 2005. Pedi ao meu chefe de então, o Paulo Valladares, para entrevistar para o site da emissora os artistas que iam divulgar suas peças no telejornal MGTV 1ª Edição. Foi assim que entrevistei nomes como Marco Nanini, Paulo Autran, Marília Gabriela e Lilia Cabral antes mesmo de me formar. Quando me formei, me mudei no começo de 2007 para São Paulo, porque havia passado no Curso Abril de Jornalismo, da Editora Abril. Tive aulas com nomes como Mônica Bergamo, Carlos Tramontina, JR Duran, Roberto Civita e Thomaz Souto Corrêa, que é o meu grande padrinho na minha chegada em São Paulo — as madrinhas são Wania Capelli e Alice Cruz, que também trabalhavam na Abril. Depois, fui trabalhar de repórter na Contigo!, onde a Denise Gianoglio, editora-chefe, me deu a coluna de Teatro, que na época tinha duas páginas semanais. Depois fui pra Ilustrada da Folha Online, e mais uma vez o teatro apareceu. O então editor da Ilustrada, Sergio Ripardo, me convocou para cobrir o Festival de Teatro de Curitiba, onde acabei me enturmando com o pessoal do teatro de vez e passei a escrever críticas. Depois, fui para o jornal Agora São Paulo e, ao saber que gostava de teatro, a editora do caderno Show me deu a coluna de teatro, com críticas, notas e entrevistas, que saía toda sexta-feira. E aí veio o R7 e a história se repetiu… Geralmente, o teatro acaba ganhando cobertura nos veículos quando tem um jornalista na redação que é apaixonado por ele, como é o meu caso.
BRUNA FERREIRA — É verdade que você quase não virou jornalista?
MIGUEL ARCANJO PRADO — É verdade, por pouco eu virei geógrafo! Minhas disciplinas preferidas eram Geografia e História. Quando fiz o vestibular de 2001, passei em História na UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto) e Geografia na UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Escolhi a UFMG porque era em BH, minha cidade. Acho que Geografia foi importante porque me deu uma base de conhecimentos gerais que me ajudou no jornalismo. Mas, quando fui chegando à metade do curso, percebi que não estava feliz. Fui fazer uma disciplina optativa no curso de Comunicação Social, chamada História do Jornalismo Brasileiro, com a professora Ângela Carrato. Ao ouvi-la, fiquei encantado e resolvi que aquela seria minha profissão. Troquei de curso e, no começo de 2003, começava Comunicação Social. Às vezes penso em terminar Geografia… Parece brincadeira, mas eu já estudei muita rocha nos trabalhos de campo no interior de Minas para a disciplina Geomorfologia Climática Estrutural! [risos]
BRUNA FERREIRA — Acho engraçado que você sempre se apresenta como um “jornalista mineiro”. Por quê?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Como diz o Drummond, Minas é sempre um retrato na parede. E, ai, como dói! [risos] Na verdade, mesmo lá em BH, eu tinha uma amiga do curso de Geografia, a Luiza Barros, que dizia que eu era “um anjo barroco mineiro com alma baiana e jeito carioca”. Acho que só sobrou o barroco mineiro [risos]. Gosto da “mineiridade”, da forma como os mineiros enxergam o mundo, do alto da montanha, sempre com calma, sem essa afobação paulistana. Em Minas, o tempo é outro. E, modéstia à parte, mineiros costumam ser bons jornalistas e bons escritores [risos]. Meu primeiro texto publicado na imprensa, em 2003, no jornal O Pasquim 21, foi apresentado por um mineiro, o Zélio Alves Pinto, irmão do Ziraldo. Era uma crônica sobre um garotinho chamado Lucas, que conheci no bandejão da Faculdade de Direito da UFMG, na praça Afonso Arinos… Quer coisa mais mineira?
BRUNA FERREIRA — Sem sair de Minas Gerais, você tem uma mania que quem te conhece já ouviu: adora citar um conhecimento antigo, um ditado, que aprendeu com sua mãe ou outra pessoa de sua família [risos]. Eles são muito importantes na sua formação?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Minha mãe gosta de dizer: é de pequeno que se torce o pepino. Os ditados populares sempre fizeram parte da minha vida. Minha avó Oneida, nascida em Ouro Preto, sempre tinha um ditado para cada situação. E minha mãe, Nina, também tem até hoje. Acabo nem percebendo quando uso esse tipo de expressão. Sai de forma natural mesmo, uai… [risos].
BRUNA FERREIRA — Quando o blog Atores & Bastidores nasceu, lembro de que foi uma conquista. Como isso aconteceu?
MIGUEL ARCANJO PRADO — O blog foi um projeto que desenvolvi com muito carinho. Era um sonho antigo poder me dedicar integralmente à cobertura cultural e, sobretudo, à cobertura teatral, depois do começo da carreira dividido com o jornalismo de celebridades, com o qual aprendi muito. Fiquei muito feliz quando o Antonio Guerreiro, o diretor do R7 e grande amante do teatro, aprovou a ideia, que logo recebeu apoio também do diretor de conteúdo do portal, o Luiz Pimentel. Outra grande incentivadora do blog foi a Fabíola Reipert, que é uma jornalista de coração enorme, divertidíssima e que senta-se ao meu lado na redação. O blog vai completar três anos em 1º de março de 2015. É um dos mais lidos do portal e é campeão nacional em sua categoria. Hoje, tem o respeito do público, da imprensa e da classe artística. Isso é fruto de trabalho árduo diário e me enche de orgulho.
BRUNA FERREIRA — Na estreia do blog, você recebeu palavras de incentivo de pessoas importantes da classe artística. Alguém em especial te impressionou com as palavras?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Muitos foram generosos e deram lindos depoimentos para a abertura do blog. Gente querida como o Manoel Carlos, o Aguinaldo Silva, o Gilberto Braga, o Alcides Nogueira, a Beth Goulart, o Antunes Filho, a Beatriz Segall, o Ivam Cabral… Mas um depoimento foi marcante, porque foi dado pessoalmente. Logo antes de o blog estrear, me encontrei com a Fernanda Montenegro na saída do Teatro João Caetano, na praça Tiradentes, no Rio. Parei para conversar com ela e comentei do blog que estava para sair e disse que adoraria ter um depoimento dela abrindo. Ela falou: “Pode anotar aí”. E completou: “Quanto mais se falar de teatro e, principalmente, por meio de seu blog, melhor para todos nós. Com este novo espaço, Miguel Arcanjo nos ajuda e muito. Desejo um resultado lindo e que o teatro seja sempre o foco dessa brilhante iniciativa”. Fiquei emocionado. Foi assim que o Atores & Bastidores estreou com pé direito, tendo Fernanda Montenegro como madrinha.

Miguel Arcanjo Prado já recebeu ligação de Paulo Autran, agradecendo uma matéria – Foto: Eduardo Enomoto
BRUNA FERREIRA — O blog terá novidades em 2015?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Neste janeiro, voltei da folga de Réveillon em Minas e entrei em uma correria desatada. Já tenho dois blogs: o Atores & Bastidores e o R7 Cultura, que nasceu há poucos meses e também já é um dos mais lidos do portal. Além disso, estou fazendo até o dia 26 deste mês o blog da Fabíola Reipert, que saiu de férias e me pediu para segurar as pontas até sua volta. Mas, assim que conseguir um respiro, quero pensar coisas novas. Penso em dar mais voz ao internauta e investir mais em perfis e ensaios dos artistas do teatro, além de manter as críticas e as colunas que são sucesso: O Retrato do Bob, Entrevista de Quinta, Por trás do pano – Rapidinhas Teatrais, Dois ou Um e Domingou. E quero continuar trabalhando com os dois melhores fotógrafos do mundo: Eduardo Enomoto e Bob Sousa. Além de ter a inteligência do Átila Moreno no Rio. E ter o luxo de ter você, Bruna Ferreira, me substituindo quando eu entrar de férias. Mas isso ainda vai demorar alguns meses… Ah, quero também cobrir mais festivais de teatro neste ano. Pode convidar que eu vou.
BRUNA FERREIRA – Alguma situação lhe marcou muito na cobertura teatral?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Sim. Todos os meus contatos com o Paulo Autran. A primeira vez que o entrevistei, ainda era estagiário da TV Globo Minas, e ele estava em Belo Horizonte para fazer a peça Adivinhe Quem Vem para Rezar. Lembro que ele foi muito carinhoso comigo e falou que eu era muito novinho [risos]. Depois, nos reencontramos em São Paulo em 2007, quando já estava fazendo a coluna de teatro da revista Contigo!. Ainda era novinho, tinha 25 anos [risos]. Fiz uma matéria com ele sobre a inauguração do Teatro Paulo Autran, no Sesc Pinheiros. No dia em que a revista saiu, o telefone da redação tocou e Shirley Souza, da secretaria, falou: “Miguel, tem um Paulo querendo falar com você”. Quando atendi, para minha surpresa, do outro lado da linha era o Paulo Autran, dizendo que havia comprado a revista na banca, lido e gostado muito da minha matéria com ele. Falou que sabia que eu devia estar muito ocupado e que não se estenderia muito, que só havia ligado para agradecer. Fiquei boquiaberto com o gesto humilde dele. Pouco tempo depois ele morreu…. Infelizmente, artistas assim não existem mais…
BRUNA FERREIRA — Falando nos mestres, já dividi com você a responsabilidade de cobrir algumas tristes despedidas para a classe artística: Cleyde Yáconis, Walmor Chagas, Paulo Goulart… Nunca esqueço do cuidado que você tem com o texto, a foto… Por quê?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Olha, Bruna, no país sem memória, fazer uma despedida à altura do artista que morreu é uma obrigação do jornalismo cultural, cada vez mais maltratado e jogado no escanteio. Acho que cobrir com cuidado e carinho e, sobretudo, com ética, é o maior tributo que podemos prestar a estes artistas em sua partida. A profissão de jornalista tem muita responsabilidade neste momento. E o público sempre reconhece e valoriza uma cobertura bem feita. Você é testemunha disso.
BRUNA FERREIRA — O internauta que entra em seu blog já se acostumou com as votações que você promove. Musas, musos e até os melhores do ano. Você se surpreende com os resultados?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Claro! O Muso e a Musa do Teatro foi uma brincadeira que eu propus, e a classe artística teve o bom humor em embarcar. O teatro tem de parar de querer ser essa coisa sisuda, antiga, chata, cheirando a museu. O teatro é vivo, é feito também por gente jovem, descolada. Por que não um pouco de bom humor? O jornalismo não pode perder o bom humor. Agora teve esse atentado horroroso lá em Paris, que é um atentado contra a imprensa como um todo, contra a liberdade de expressão. Não podemos aceitar. Eu comecei em O Pasquim 21, um semanário bem humorado e politizado. E tento manter isso sempre. A coluna Por Trás do Pano – Rapidinhas Teatrais também tem esse clima, é meio que uma homenagem aos grandes colunistas que o Brasil já teve, com texto cheio de personalidade, gente como Ricardo Amaral e o Zózimo Barrozo do Amaral. Já na votação dos Melhores do Teatro R7, o fotógrafo Bob Sousa, meu fiel companheiro na cobertura teatral, e eu indicamos sete nomes em cada categoria. Depois, é o público quem decide. Quem consegue conquistar mais votos leva. É democrático.
BRUNA FERREIRA — Nestes últimos anos, li muitas entrevistas no blog. A Entrevista de Quinta já virou uma marca. Se tivesse que escolher as mais marcantes, quais seriam?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Entrevista boa é aquela que o entrevistado expõe seu pensamento sem medo, sem culpa. O público não aguenta mais artista querendo ser certinho, politicamente correto. Eu me inspirei nas entrevistonas do Pasquim para fazer a Entrevista de Quinta. Hoje, é um dos poucos espaços que restam na grande imprensa para o artista do teatro expor seu pensamento. Não é uma materinha com uma aspa por e-mail no meio. É uma conversa de verdade! As mais marcantes, ambas na companhia do Bob Sousa, sem dúvida, foram a do Antunes Filho, que me deu exclusividade sobre sua última peça, Nossa Cidade, que depois ganhou todos os prêmios, e, claro, a do Zé Celso Martinez Corrêa, que resolveu me dar entrevista no banheiro de seu apartamento e me colocou sentado na privada! Essa entrou para a história do teatro nacional e repercute até hoje. Muitos coleguinhas vêm zoar, perguntando o que eu fui fazer com o Zé Celso no banheiro [risos]!
BRUNA FERREIRA — Quando você faz uma crítica de peça, nem sempre o que tem a dizer sobre o espetáculo é bom. Já passou perrengue na hora de falar mal de uma peça?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Aprendi com meu professor de crítica teatral, o Kil Abreu, que “a crítica não deve ser o exercício da maldade”. Acho essa frase ótima. Sempre que vejo uma peça vou de coração aberto. Agora, é claro que quando não gosto, preciso expor meu pensamento. É meu trabalho. Mas minhas críticas são respeitosas e sempre argumento o porquê de não ter gostado. Muitos artistas têm maturidade para respeitar. Claro que sempre tem aquele que leva no pessoal, vai no Facebook desabafar, ataca o crítico, faz baixaria. Acho isso lamentável. O artista tem de estar preparado para o diálogo com o outro. E, sobretudo, para ouvir o que o outro tem a dizer. Se ainda não está preparado para respeitar o crítico, é melhor não convidá-lo. Melhor ainda: faz o espetáculo em casa, para a mãe e a avó. Assim, só vai ouvir elogios.
BRUNA FERREIRA — Três perguntas bem rápidas: qual sua peça favorita? O que está lendo? O que anda ouvindo?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Vou falar as que mais me marcaram: primeiro, O Mistério da Feiurinha, que vi ainda criança no Teatro Sesi Minas, lá em BH. A segunda, vi no fim da adolescência, também em BH: Todas as Belezas do Mundo, da Cia. Clara, dirigida pelo Anderson Aníbal e que tinha a Grace Passô no elenco, ainda começando a carreira, mas já uma grande atriz. Para terminar, uma de São Paulo: Luis Antonio – Gabriela, da Cia. Mugunzá, que foi muito emocionante. Vi a estreia no porão do Centro Cultural São Paulo e lembro-me que fiquei impactado. De livro, sempre estou lendo algo. Li muita coisa da pós-graduação, Bauman, Jung, Thompson, Kellner, mas, de romance, li recentemente Boquitas Pintadas, uma novela do escritor argentino Manuel Puig. Ando ouvindo muito os discos do Caetano nos anos 1970, em especial Cinema Transcendental, Transa, Bicho e Joia. E também o novo disco do cantor uruguaio Jorge Drexler, Bailar en la Cueva. É ótimo e tem uma música que se chama Bolívia, que me faz lembrar da nossa amiga boliviana Elba Kriss. Ah, também ouço muito Fito Paez e Fabiana Cantilo, roqueiros argentinos. Além da turma do Clube da Esquina, porque mineiro de verdade nunca deixa de ouvir.
BRUNA FERREIRA — Recentemente você fez especialização na USP?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Pois é, agora sou especialista em Mídia, Informação e Cultural pela ECA. Chique, né? [risos] Mas você, Bruna, é mais chique, porque já está na metade do mestrado [risos]. Minha dissertação foi a cobertura atual dos grupos Os Satyros e Oficina nos jornais Folha e Estadão. Meu recorte pegou o período das manifestações de junho de 2013 e ambas companhias levaram a questão política para o palco. Foi uma pesquisa muito prazerosa e instigante e tive um orientador ótimo, o Dr. Danilo Oliveira, que é jovem e gosta de teatro. Gostei muito de retomar a vida acadêmica e quem sabe entro no mestrado em 2015?
BRUNA FERREIRA — Nestes dez anos de cobertura teatral, o que conseguiu encontrar?
MIGUEL ARCANJO PRADO — Encontrei muitas pessoas interessantes. Muitos artistas instigantes. Zé Celso, Antunes Filho, Phedra D. Córdoba, Marba Goicochea, Zé Henrique de Paula, Yara de Novaes, Pedro Granato, Eva Wilma, Leopoldo Pacheco, Amanda Acosta, Angelo Antonio, Paulo Autran, Ivam Cabral, Rodolfo García Vázquez e tantos outros… Todos dialogaram comigo de alguma forma. E também muita gente bacana nos bastidores, como a Célia, a Beth, a Dani e a Selma, da Morente Forte, a Adriana Balsanelli, o Renato Fernandes, a Eliane Verbena, o Leandro Knopfholz, do Festival de Curitiba, o Michel Ferrabbiamo, produtor cultural lá de Ipatinga, os meninos do Magiluth, de Recife, o Phillipe Serra, leitor fiel do blog que mora no Espírito Santo… É tanta gente do bem! Costumo dizer que prefiro cobrir teatro a TV porque os artistas do teatro são mais inteligentes. É claro que tem gente inteligente na televisão também, mas os do teatro costumam ser mais verdadeiros, menos marqueteiros, sabe? Eu gosto de gente de verdade. Esse negócio de pose, de ar blasé, não faz muito meu estilo. E tem muita gente batalhando neste país para fazer teatro. Apesar de sempre quererem a morte dele, o teatro está mais vivo do que nunca. Acho que o que mais me motiva neste trabalho é dar voz a estes artistas. Deixar essa turma mandar seu recado. E acho que o teatro é parceiro do blog porque entendeu que ele joga luz, traz um glamour, uma vida nova ao mundo dos palcos. Com uma pitada de mineirice, é claro! [risos].
*Bruna Ferreira é repórter do R7. É formada em jornalismo pela Escola de Comunicações e Artes (ECA) da USP (Universidade de São Paulo), onde cursa mestrado.
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Que orgulho saber de toda a trajetória de sucesso do Miguelito! Ele é prova de que determinação e garra levam os bons às estrelas. Talento, quem o conheceu, já sabia que ele tem de sobra. Parabéns pelos frutos desse trabalho feito com tanto amor.
Você inspira tantas pessoas!
Um abraço.
Quase caí da cadeira ao ver meu nome na lista, pois não sou uma pessoa importante e também não faço parte da cena teatral. Obrigado!