Marcelo Bones vira olheiro do teatro internacional

O ator e diretor mineiro Marcelo Bones agora é olheiro do mercado internacional de teatro – Foto: Divulgação
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Quem estava em Belo Horizonte e pôde acompanhar o FIT-BH (Festival Internacional de Teatro, Palco & Rua) de 2004, quase caiu para trás com a programação.
O primeiro ano do evento sob comando do ator belo-horizontino Marcelo Bones, fundador do Teatro Andante, levou ninguém menos do que Peter Brook, diretor britânico que é ícone do teatro contemporâneo, pela primeira vez à capital mineira. De rebarba, ainda apresentou a trilogia do Teatro da Vertigem: Paraíso Perdido, O Livro de Jó e Apocalipse 1,11. Foi uma sensação. Quem já amava teatro na capital mineira jamais se esqueceu daquele ano.
Onze anos depois, Bones não está mais à frente do mais tradicional festival de sua terra. Seus caminhos agora são mais amplos. Ele virou olheiro do teatro internacional.
O executivo do teatro acaba de acompanhar de perto o tradicional Festival Santiago a Mil, no Chile, onde representou o Observatório dos Festivais, criado por ele, e a Platô – Plataforma de Internacionalização do Teatro. A viagem foi resultado do prêmio de primeiro lugar no edital Conexão Cultura Brasil #Negócios.
Em 2015, Bones, que é formado em sociologia pela UFMG, tem agenda recheada, como uma espécie de “olheiro internacional” privilegiado em nossos palcos. Já em abril agora, será curador e coordenador da rodada de negócios do Festival Internacional de Teatro de Rua de Porto Alegre.
Ele ainda será curador da 2ª Mostra Internacional de Teatro de João Pessoa, na Paraíba, em setembro; e da 3ª Mostra O Mundo Inteiro é um Palco Natal, no Rio Grande do Norte, em outubro; além do Festival FOCO de Teatro Comunitário de Belo Horizonte, em novembro.
A agenda não para por aí: Bones ainda fará os eventos inéditos Mina – 1º Mercado Internacional de Artes Cênicas, que será realizado em Minas Gerais, e o Ciclo de Seminários Internacionais sobre Festivais, que rodará o país discutindo os atuais formatos, impactos econômicos e políticas públicas para festivais.
Os projetos são do Observatório dos Festivais, que, ao lado da Platô, pretende aproximar o teatro brasileiro do teatro realizado em outros países, sobretudo em nossos vizinhos latino.
Pelo jeito, tal qual a letra da canção mineira Para Lennon e McCartney, de seus conterrâneos do Clube da Esquina, Marcelo Bones é do mundo, é Minas Gerais.
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Quem sabe com Bones brasileiros não viram estrelas do Teatro Internacional? Quero mais é que aconteça e que possam levar o (bom) nome do Brasil às alturas!