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Público fica excitado em Curitiba, diz Marco Nanini

Marco Nanini no Festival de Curitiba: “Público fica excitado” – Foto: Annelize Tozetto/Clix

Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial do R7 a Curitiba*
Fotos ANNELIZE TOZETTO/Clix

O ator Marco Nanini celebra estar mais uma vez na programação da Mostra Oficial do Festival de Teatro de Curitiba, o mais importante do País. Ele apresenta no evento a peça Beije Minha Lápide, após temporadas de sucesso no Rio e em São Paulo.

A obra de Jô Bilac e dirigida por Bel Garcia fala de um homem que é preso por tentar romper a barreira de vidro para beijar o túmulo do escritor Oscar Wilde. A última apresentação da peça no evento é nesta segunda (30), às 21h, no Teatro Positivo.

Em conversa exclusiva com o Atores & Bastidores do R7, Nanini conta que sempre fica emocionado ao participar do Festival.

“É um festival eclético e o público fica muito excitado em Curitiba. Então, é uma ótima relação. Esta é a terceira vez que venho”, diz.

Nanini ama tanto o teatro que tem o seu próprio, o Galpão Gamboa, no Rio.

“Ao lado do Fernando Libonate e do César Augusto fazemos várias temporadas de outras companhias no espaço. Trabalhamos com a formação de plateia”, explica.

O ator se despediu há pouco tempo de Lineu, o pai no seriado A Grande Família, que ficou no ar 14 anos com sucesso. “Fiz o Lineu 14 anos, a peça Irma Vap fiz por 11 anos. Sou ator de personagens que duram muito. Acho que tinha de ter uma vida mais comprida”, brinca o ator de 66 anos.

Comida mineira e Oscar Wilde

Ele conta que, após Curitiba, viaja com a peça, indo inclusive para Belo Horizonte, onde morou na infância no Hotel Amazonas, no qual seu pai foi gerente. “Estou me preparando, porque a gente engorda em Minas”, diz, bem-humorado. “Minhas funcionárias lá em casa são mineiras que nem você, aí você já viu a comida boa que elas fazem”.

Nanini gosta de fazer teatro: “Sempre fiz, mesmo com A Grande Família no ar, porque o palco recicla o ator. Teatro é artesanal, tem público ao vivo, é outra conversa”.

Foi Nanini quem desejou abordar o universo de Oscar Wilde no palco. “Sempre tive um interesse muito grande nele. Oscar Wilde tem uma obra brilhante e uma vida trágica”, afirma.

Para o futuro, além de circular com a peça Beije Minha Lápide, prepara uma montagem de Ubu Rei e deve voltar em breve à televisão: “No final do ano devo começar uma novela, mas a Globo não decidiu ainda qual será”, finaliza.

Sucesso da TV, Nanini não abandona o teatro: “Palco recicla o ator” – Foto: Annelize Tozetto/Clix

*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Teatro de Curitiba.

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