Crítica: A Anta de Copacabana vira sensação em Curitiba e revela talento de Adriano Petermann
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial do R7 a Curitiba*
Fotos VIRGINIA BENEVENUTO/Clix
Um teatrinho pequeno e charmoso, com forma de canoa, é o cenário para uma das peças mais comentadas do Fringe, a mostra paralela do Festival de Teatro de Curitiba em 2015. Trata-se da sala diminuta da Bicicletaria Cultural, point jovem e alternativo da capital paranaense.
É o lugar que abriga, todos os dias do festival às 19h, o monólogo A Anta de Copacabana, escrito e dirigido pelo artista paranaense Rafael Camargo, com larga trajetória pelos palcos nacionais.
A sala pequena provoca uma relação intimista entre ator e plateia, potencializando a experiência estética que a obra propõe.
Quem protagoniza a montagem que virou burburinho é Adriano Petermann, que já é um dos melhores atores desta edição do Festival.
Na proposta de encenação calcada no minimalismo expressivo, o ator utiliza apenas seu rosto, diante de um foco de luz em uma sala totalmente escura. Petermann mostra domínio técnico a cada palavra dita, em variações vocais e de repetição dando novos significados a cada frase proferida.
Faz um personagem instigante. Este paira sobre o bairro carioca de Copacabana, onde acontecem diferentes formas de ocupação do espaço público, como a praia, a procissão, a banda, o bloco de Carnaval.
Diante da rua, da vida e dos outros, chega à conclusão de que é “tudo uma cambada de filha da puta”.
Não está de todo errado.
A Anta de Copacabana
Avaliação: Muito bom
*O jornalista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Teatro de Curitiba.
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