Diretor e autor Vladimir Capella morre aos 63 anos
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
O diretor e dramaturgo Vladimir Capella morreu aos 63 anos, às 9h20 da manhã desta terça (21), no Complexo Hospitalar Maria Braido, em São Caetano do Sul, na região do ABC, em São Paulo. Ele estava internado por conta de complicações cardiorrespiratórias.
A informação foi confirmada pelo hospital ao R7.
Capella era considerado um dos maiores expoentes do teatro infanto-juvenil brasileiro.
Nascido em 31 de julho de 1951, em São Caetano do Sul, Capella estudou teatro na Fundação das Artes de São Caetano do Sul.
Foi dramaturgo, músico e diretor de teatro voltado ao público infanto-juvenil. Sua primeira direção foi Panos e Lendas, em 1978, quando já conquistou o público e a crítica especializada.
Vladimir Capella recebeu mais de cem prêmios durante sua carreira e fez montagens de sucesso como Avoar, em 1985, Antes de Ir ao Baile, em 1986 e O Saci, em 1993.
No começo do século 21, fez parcerias de sucesso com a produtora Cintia Abravenel, no extinto Teatro Imprensa, do Grupo Silvio Santos, como O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, em 2003, e A Flauta Mágica, em 2007.
O corpo será enterrado às 10h desta quarta (22) no Cemitério da Cerâmica, em São Caetano do Sul, cidade onde o velório acontece no velório do Hospital São Caetano.
Repercussão na classe artística
A morte de Vladimir Capella deixa a classe artística paulistana profundamente triste neste feriado de Tiradentes. Para Gustavo Kurlat, que trabalhou com Capella em Avoar, o amigo “tinha poesia pairando no ar o tempo todo”. Diego Gazin, ator que foi dirigido por Capella em O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá, afirma que ele era “um diretor incrível”.
Já a atriz Maria Bia, que integrou recentemente o elenco do seriado de TV Sexo e as Nega, diz que Capella era uma “pessoa e artista incrível”. Mafa Nogueira o define como “o grande professor” que ensinava “sobre a beleza e sobre a coragem”. O ator Fábio Penna, que começou a carreira com ele, diz que Capella foi “o maior contador de sonhos” que conheceu.
Em conversa com o Atores & Bastidores do R7, a atriz Lulu Pavarin se emociona ao lembrar-se do amigo.
— Eu sempre dizia para o Vladimir Capella que ele era culpado por eu ter “virado” atriz. Ainda bem tive a oportunidade de agradeço-lo em vida por diversas vezes, pois foi ele que me aconselhou eu fosse atriz, depois de me dirigir num curso de teatro para amadores — eu nunca tinha feito nada de teatro na minha vida até então. Minha gratidão é eterna pois amo minha profissão assim como ele, que contagiou e alegrou a mim e inúmeras pessoas.
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Que descanse em paz!