Crítica: Fuerza Bruta faz experiência sensorial imperdível em Wayra
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
No começo, parece entrada de circo. Mais gente comprando cachorro-quente do que cerveja ou doses mais fortes. O som ambiente no hall de entrada, iluminado por luz azul, tenta começar a atrair os espectadores que vêm da correria da cidade para um outro clima.
Assim que as portas da sala de espetáculos não-convencional se abre, na verdade um grande ginásio adaptado em forma de caixa preta, o ritmo dos tambores se impõem com Wayra, que inicia como um canto-toque para se transformar em uma série de experiências sensoriais propostas pelo grupo argentino de teatro aéreo performativo Fuerza Bruta.
Com ritmos potentes associados a uma pegada eletrônica — e muitos deles exclusivamente argentinos, como a murga —, a companhia cria imagens impactantes e belissímas, como duas mulheres que bailam poeticamente sobre uma gigante tela metálica que lembra as ondas do mar. Um homem andando contra a violência do mundo urbano atual também é uma dose de reflexão da nossa loucura diária.
E o que dizer das atrizes que mergulha com tudo em uma piscina na qual o público fica no fundo? Ou da grande bolha de ar que aprisiona a todos nós?
Os espectadores logo embarcam no proposto e tentam dialogar, como podem, cada qual, com o espetáculo. Alguns preferem acompanhar tudo pela tela do celular, tirando fotos e filmando de modo afoito. Outros, mais sábios, embarcam na viagem psicodélica proposta com leis da física que desafiam a gravidade e a vida imposta a todos nós.
Fuerza Bruta – Wayra
Avaliação: Ótimo
Quando: Quinta e sexta, 21h, sábado, 18h e 21h, domingo, 17h. 70 min. Até 31/5/2015
Onde: Ginásio Mauro Pinheiro (r. Abílio Soares, 1300, Ibirapuera, tel. 0/xx/11 3884-4188)
Quanto: R$ 170 (quin.) e R$ 190 (sex. a dom.)
Classificação etária: 14 anos
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1. Boas férias, Miguel!
2. Plasticamente muito bonito o trabalho de Fuerza Bruta.
3. Viva o 1º de Maio, o Dia do Trabalhador, daquele que verdadeiramente põe o país para frente! Que haja mais respeito ao sofrido trabalhador, tão sobrecarregado com impostos excessivos por conta da péssima gestão do dinheiro público! Enquanto o mundo inteiro assiste à derrocada da PETROBRAS, um patrimônio brasileiro, em meio aos grandes e inegáveis escândalos desse mar de corrupção, a conta de energia aumenta e o coitado do trabalhador é quem paga a conta!