Adolescentes que brigam na escola são tema da peça O Alvo; veja vídeo com diretor Pedro Garrafa
O dramaturgo e diretor da peça O Alvo, em cartaz todo sábado, 17h30, no Teatro da Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi, esteve no estúdio do R7 para conversar com o colunista Miguel Arcanjo Prado sobre a montagem. Pedro Garrafa contou que a encenação é inspirada em situações de bullying e violência nas escolas, sobretudo entre adolescentes, assunto cada vez mais recorrente nos noticiários. No elenco, estão Andressa Andreato, Caroline Duarte, Julia Freire, Natalia Viviani e Kuka Annunciato. A montagem vai até 29 de agosto com entrada a R$ 40 a inteira e R$ 20 a meia. Veja o vídeo:
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Em qualquer hipótese, sou radicalmente contrário a agressões. A questão do “bullying” (palavrinha chata, que poderia ser substituída por algo mais adequado em nossa língua), para mim, passa um pouco pela absoluta falta de comprometimento de certos pais, que, de forma intencional e maliciosa, querem transferir para a escola a responsabilidade de educar seus filhos, que eles próprios preguiçosamente não educam. A escola é, obviamente, local de educação, mas também de ensino, todavia é 100% injusto jogar a responsabilidade paterna para cima dos professores. Se a criança ou adolescente vem mal-educado de casa, muito pouco o professor poderá fazer. E, quanto a isso, as estatísticas crescentes sobre a deliquência juvenil estão aí para todos verem.
Phillipe, minha mãe, com a sabedoria mineira, diz: “é de pequeno que se torce o pepino”. Ainda utilizando outra frase fundamental: “educação vem de berço”. É preciso que os pais contemporâneos se responsabilizem da educação de seus filhos. Senão, melhor não tê-los. Forte abraço!
Penso que sua mãe está coberta de razão. Quando se diz que é de pequenino que se torce o pepino, ninguém aqui está fazendo apologia ao espancamento. Não! Mas, sim, acerca do treinamento, com fins educacionais, daquele ser em formação. Porque o que realmente vejo é criança mal-educada porque os pais não deram limite. Depois que paguem a conta do psicólogo quando o menino ou a menina receber “não” ao longo da vida. Também não estou falando que a criança tenha de ser treinada para ser capacho, resignada com tudo. Também não! Mas deve, sim, ser educada para conviver minimamente pelo menos em sociedade, entendendo que nosso direito acaba quando chega a fronteira do direito do outro. Porque, se a vida fosse algo sem limite ou regras, as pessoas poderiam sair matando umas às outras. Concordo particularmente e em 100% com seu comentário sobre não ter filhos se não tem o comprometimento de querer cuidá-los. Abrir a boca e falar aos quatro ventos que é pai ou mãe é facílimo. Diariamente várias crianças são postas no mundo. A pergunta é: são cuidadas? Não. Não são. Muitas já nascem e vão para orfanatos ou são criadas por um tempo e abandonadas na rua, ou até mesmo dentro de casa. Penso que quem deixa de ter filhos porque não tem condição de criá-los é alguém que tem amor por crianças. E quem tem filhos só para sair dizendo que é “mãe” ou “pai” mas mal se dá ao trabalho de cuidar desse ser – muitas vezes indefeso – é um grande hipócrita, que puxa para si uma alcunha socialmente dignificada para posar como “pessoa de família” quando realmente não é.