Por trás do pano – Rapidinhas teatrais
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Mas, por quê?
Letícia Colin é a estrela do musical Mas por quê??! – A História de Elvis, só com músicas do Rei do Rock, Elvis Presley, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo. Tem sessão sábado e domingo, 15h. Renato Linhares dirige o texto de Rafael Gomes e Vinicius Calderoni. A trilha fica a cargo dos próprios atores. O povo anda dizendo que é uma graça.
Viva São João!
Zé Celso e a turma do Teat(r)o Oficina fizeram uma arretada festa de São João no último 24 de junho, na sede do teatro mais famoso do Bixiga. Varou a madrugada…
Inscrições abertas
Por falar na turma do Oficina, estão abertas até 8 de julho as inscrições gratuitas para a Universidade Antropófaga. Precisa ter mais de 18 anos e quem for selecionado vai participar do espetáculo Oswaldianas – Teato na Cidade Seca sobre Rios. Saiba mais.

Os atores do Oficina Danielle Rosa e Tony Reis dão um selinho na festa junina do grupo teatral – Foto: Arquivo pessoal
Tá acabando!
Ah, quem quiser conhecer de perto o trabalho do grupo lendário dirigido pode ver neste fim de semana as últimas sessões das peças O Banquete (sábado, às 18h) e Pra Dar um Fim no Juízo de Deus (domingo, às 20h). O endereço é rua Jaceguai, 520. Zé Celso espera você por lá e promete não tirar a roupa de ninguém.
Mundo dos mortos
A capela do Cemitério da Consolação recebe, até 5 de julho, a peça Para Gelar a Alma. A dramaturgia e direção é de Márcio Araújo. No elenco, estão Abigail Tatit, Edi Fonseca e Zeza Mota. Tem sessão sábado e domingo, 19h. É de graça. Será que Zé do Caixão foi convidado?
Mundo dos mortos 2
Na peça do Grupo Na Companhia de Mulheres, o público é recebido por Morella, Ligeia e Berenice, três mulheres benzedeiras que foram amaldiçoadas e escaparam da morte. As senhoras convidam todos a ouvir histórias, tomar café e aprender com elas rituais, numa noite atípica de frio em que revelações decisivas virão à tona. Ai, que medo!
Jornada múltipla
Flávia Garrafa é atriz e psicóloga. Por isso, resolveu juntas suas duas profissões na peça Fale Mais sobre Isso. Estreia 4 de julho no Teatro da Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Fará temporada até 27 de setembro, sábado, 20h, e domingo, 18h, com ingresso a R$ 60. Na obra, vive Laura, uma psicóloga às voltas com quatro pacientes complicados e sua própria vida pessoal. Quem disse que a vida é fácil?
Teatro para bebês
As mães com filhos pequenos podem levá-los ao teatro sem problema nenhum. Basta rumarem para o Sesc Belenzinho, aos fins de semana, para o projeto Na Pontinha dos Pés. Além de peças, há também oficinas e contação de histórias para os pequeninos. Sempre a partir das 16h e de graça. Uma fofura só.
Palavras negras
A literatura feita por mulheres negras é tema de série de três palestras no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc em São Paulo. Entre os dias 6 e 8 de julho, sempre às 15h, serão abordadas as obras de Carolina Maria de Jesus, Maria Firmina dos Reis e Ana Maria Gonçalves. As inscrições já estão abertas. Quem é a favor do blackface nem precisa aparecer por lá.
Correndo perigo
O Grupo Magiluth faz a última apresentação nesta sexta (26) da temporada de estreia de seu mais novo espetáculo, O Ano em Que Sonhamos Perigosamente. A sessão derradeira é às 20h, no Teatro Apolo, em Recife. Depois, esperam viajar pelo Brasil.
Éramos seis
A peça marca uma nova fase no grupo, que passa a ter seis integrantes: Pedro Wagner, Thiago Liberdade, Mário Sérgio Cabral, Giordano Castro, Lucas Torres e Erivaldo Oliveira. Até uma semana atrás, eram sete.
Pediu pra sair
Pedro Vilela, que nos últimos anos “geriu e dirigiu” o Magiluth, segundo palavras do próprio, pediu para sair do grupo para tocar projetos pessoais. O anúncio foi feito no último domingo (21), em sua conta do Facebook.
Inesperado
A saída repentina de Pedro Vilela soou surpreendente para os integrantes do Magiluth, por mais que soe planejada.
Malhação
De volta à peça, o processo de O Ano em Que Sonhamos Perigosamente foi tão intenso que os meninos do Magiluth perderam vários quilos e agora exibem corpos enxutos nos palcos. Para deleite dos fãs.
Made in Uruguai
Será lançado na próxima quinta (2), às 21h, no Bambolina, na praça Roosevelt, em São Paulo, o projeto Cabo Polônio – O Lugar Onde se Perdem as Coisas. Trata-se de um longa e do novo videoclipe da banda Vanguart, para a música Olha pra Mim.
Hippie
Cabo Polônio é uma cidade litorânea hippie do Uruguai. Foi lá que um grupo de artistas, encabeçados pelo diretor Raoni Reis, pelos atores Laerte Késsimos e Rafaela Cassol, e pela roteirista Michelle Ferreira, rodaram as cenas durante as férias de verão. Que cool.
Ser ou não ser
O Grupo Careta estreia a peça Hamelete no dia 4 de julho, no Teatro Eva Wilma (r. Antonio de Lucena, 146, Tatuapé), em São Paulo. Ficam por lá todos os sábados do mês, sempre às 21h, com entrada a R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia-entrada. Estão todos convidados.
Viva o teatro
Foi um sucesso a 3ª edição do Prêmio Aplauso Brasil de Teatro, na última quarta (24), no Theatro São Pedro, em São Paulo. Michel Fernandes, seu idealizador, foi paparicado por gente do quilate de Laura Cardoso. E Kyra Piscitelli, crítica de sua equipe, estava deslumbrante. Veja fotos!

Laerte Coutinho é clicada por Bob Sousa ao se arrumar para desfile da Daspu no Sesc Pompeia – Foto: Bob Sousa
Libertária
A Daspu e convidados abalaram a Virada Cultural no Sesc Pompeia, onde foi realizada uma Feira Desvairada no último fim de semana. A entidade fundada pela saudosa Gabriela Leite fez o desfile-performance Puta Dei, com o objetivo era defender a diversidade. A cartunista Laerte Koutinho estava no grupo de convidados. E foi bastante assediada.
Comemoração
A turma do teatro está em festa com a aprovação do casamento gay nos EUA.
Encontro marcado
Em um píer de uma cidadezinha três desconhecidos se encontram em plena madrugada e mudam suas vidas. Este é o eixo da peça Noctiluzes, escrita pelo argentino Santiago Serrano e que estreia em São Paulo dia 8 de julho, no Teatro Pequeno Ato, após sucesso em Brasília. Interessantíssima.
Respira
Imagine a situação: quatro atores tendo de atuar em um palco de apenas dois metros quadrados. A situação de aperto cênico está presente na peça Hominus Brasilis, da Cia. de Teatro Manual, do Rio. Serão seis apresentações grátis em São Paulo: nos dias 10, 11 e 12 de julho no Teatro Zanoni Ferrite, na zona leste, e nos dias 17, 18 e 19 de julho no Teatro Leopoldo Fróes, na zona sul. Vai, gente.
Confusão
Um ator que estava ensaiando peça para estrear no fim do mês de julho teve uma briga feia com o diretor da montagem. O arranca-rabo foi tão forte, que o ator foi convidado a deixar o elenco às pressas. E já foi substituído. Eita.
À venda
Os ingressos para Antes Tarde do que Nunca, vindo da Broadway para ganhar versão brasileira encabeçado por Miguel Falabella e Simone Gutierrez, começam a ser vendidos no próximo dia 1º de julho. A estreia da comédia está marcada para 20 de agosto, no Teatro Cetip, em São Paulo, onde fica até 25 de outubro. As entradas variam entre R$ 25 e R$ 230. Para todos os bolsos.
Conhecimento compartilhado
A família de Antonio Abujamra doou seus mais de 4.000 livros para a SP Escola de Teatro. O diretor da instituição, Ivam Cabral, comemora.
Convite
Phedra D. Córdoba, a diva cubana, avisa que espera todos os amigos e fãs todas as quartas, às 21h, no Estação Satyoros, na praça Roosevelt, para ver seu show Phedra por Phedra. Robson Catalunha assina a direção. Vai, gente.
Participação especial
A atriz Marba Goicochea participa, neste domingo (28), a partir das 11h, da festa andina Inti Raymi, no Memorial da América Latina. Haverá apresentações folclóricas de grupos peruanos, terra natal de Marba, e também da Bolívia. A entrada é grátis.
Ceviche no palco
Marbita, que já foi eleita Musa do Teatro R7, também está em cartaz na peça Máquina de Dar Certo, da Cia. Bruta de Arte, toda quinta de julho, às 21h, no Espaço dos Satyros 1, na praça Roosevelt. Roberto Audio é o diretor. Ela faz uma cena antológica, na qual dá uma receita de ceviche.
Comédia em pé
O Auditório Ibirapuera, em São Paulo, recebe o Festival Risadaria, entre 3 e 5 de julho agora. Grandes nomes do novo humor vão se apresentar.
Delírios de uma atriz
Christiane Tricerri está de volta aos palcos paulistanos no monólogo A Merda, do italiano Cristian Ceresoli. Ela também assina a direção. Estreia 9 de julho, no Sesc Pinheiros, onde fica até 15 de agosto, sempre de quinta a sábado, às 20h30. No enredo, uma jovem e feia atriz é arrebatada por seu fluxo de consciência. Uma aventura cósmica.
50 anos na plateia
O crítico José Cetra Filho, colega da coluna na APCA (Associação Paulista de Críticos de Artes), lança seu livro O Teatro Paulistano de 1964 a 2014, pela Editora Giostri, neste sábado (27), às 17h, no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt. Ele espera amigos para distribuir aquele autógrafo personalizado.

Juan Manuel Tellategui dá vida a Carlos Garcel, cuja morte completou 80 anos, na peça América Vizinha – Foto: Bob Sousa
Acaricia mi sueño…
A trágica morte de Carlos Gardel em um acidente aéreo na Colômbia completou 80 anos no último 24 de junho. O cantor argentino é personagem da peça América Vizinha, que faz turnê pelo interior de São Paulo, com próxima sessão no dia 9 de julho, em Bragança Paulista (SP).
Conterrâneo
Gardel é interpretado na obra pelo seu conterrâneo, o ator Juan Manuel Tellategui, que canta El Día Que me Quieras na montagem dirigida por Juliana Sanches com o grupo Los Cucarachos. E ainda dança tango na companhia dos colegas de elenco Daniel Viana e Thiago Wieser. Do céu, o Rei do Tango agradece a homenagem em terras brasileiras.
Obsessão
Em julho o Teatro da Vertigem faz a Ocupação Karta ao Pai no Sesc Pompeia, dedicada à obra do escritor Franz Kafka. A primeira peça é O Filho, dirigida por Eliana Monteiro. No elenco, estão Antônio Petrin, Mawusi Tulani, Paula Klein, Rafael Lozano e Sergio Pardal. Gente boa reunida.
Eu voltei
Natalia Gonsales volta a encenar seu monólogo Festa no dia 4 de julho no Viga Espaço Cênico. Estão todos avisados, tá?
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Descubra a cultura de uma maneira leve e inteligente
Creio que diminuirei meus comentários. Tenho sentido que a produção teatral está “moderna” demais para meu gosto. Aí cada um interpreta como quer: há gente que acha que o mundo está ficando careta e outros acham que está moderno demais. A turma dos descolados de plantão dirá que está careta; a turma mais conservadora dirá que está moderna demais. Deveria haver um meio-termo: o bom senso. Só que nem sempre as pessoas querem o bom senso. Então, não muito o que fazer.