Dois ou Um com Rodrigo Negrini
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Em Raia 30 – O Musical, Rodrigo Negrini vive nos palcos o lendário criador dos Dzi Croquettes, Lennie Dale, o bailarino norte-americano que ensinou Elis Regina a se movimentar, gravou disco de bossa nova e, entre outras coisas, foi mentor de Claudia Raia. Na correria das apresentações no Theatro NET São Paulo, o ator mineiro de Poços de Caldas radicado em São Paulo aceitou o desafio de participar da coluna Dois ou Um. Dez perguntas cheias de possibilidades. Ou não.
Lennie Dale ou Carlinhos de Jesus?
Hoje sou Lennie Dale, por motivos óbvios. Tenho mergulhado de cabeça em sua história de vida e carreira. Um exemplo de artista, um cara que marcou uma época. Virei fã de carteirinha! Sobre Carlinhos, sempre admirei seu trabalho, um grande profissional que espero, logo em breve, trabalhar junto com ele.
Michael Jackson ou Joe Jackson?
Michael é performático e eu amo tudo aquilo que ele foi, um showman incomparável!
Jô Soares ou Pablo?
Sempre fui fã do Jô, um artista multitalentoso, que tem minha completa admiração. Existem alguns ícones que nos inspiramos para, quem sabe um dia, sermos parecidos; Jô certamente é um deles, pra mim: uma inteligência e experiência de vida de deixar o queixo caído.
Claudia Raia ou Jarbas Homem de Mello?
Se Lennie foi uma das grandes inspirações de Claudia, Claudia foi uma das minhas grandes inspirações. Um privilégio trabalhar com ela e dividir os palcos a mais de quatro anos. Jarbas conheci mais tarde, mas o tenho como exemplo de um excelente profissional e um dos mais completos artistas do Brasil. Os dois juntos são um show à parte! Amo os dois!
Minas ou São Paulo?
[Risos] Está complicado isso aqui hein!? Sou libriano, difícil decidir algumas coisas… Novamente, não tem como escolher, meu coração é metade mineiro e metade paulista. Nasci e cresci em Minas, foi lá onde comecei, minha família mora por lá, tenho muitos amigos por lá. Um lugar onde quero muito voltar e me apresentar novamente. São Paulo me acolheu de braços abertos, aqui tudo começou a acontecer profissionalmente, amo esta cidade, amo essa correria do paulistano, essa agitação de cidade grande; e minha profissão exige que eu esteja, quase sempre, por aqui. Minas e São Paulo no coração!
Leite ou café?
Café! apesar de não tomar… [risos] Café me lembra agitação, e eu sou uma pessoa ligada no 220V, não paro por nada… É sempre uma correria: faço faculdade pela manhã, estudos à tarde, junto com aulas de dança, musculação, concilio tudo isso tudo com a fotografia, e de quinta a domingo estou no teatro à noite. É uma loucura, mas amo tudo que faço. É essa “cafeína” que existe dentro de mim, que me deixa feliz!
Democracia ou ditadura?
Democracia, por favor! Como um bom libriano, sempre procuro entender ambos os lados, escutar a todos e chegar a uma melhor conclusão sobre qualquer assunto.
Cuba ou Estados Unidos?
Estados Unidos. Tenho uma ligação com esse país, que não consigo explicar, chega a ser sentimental. Sempre que posso, passo uma temporada em Nova York; e o que menos faço é dormir. Passo horas batendo perna por Manhattan, sou fascinado pela Times Square. Da ultima vez que fui, assisti 36 espetáculos. Sempre que passo por lá, tento levar um pouquinho daquela energia que eles têm, da Broadway! Mas, é um sonho conhecer Cuba, ver de perto sua história.
Sonho ou realidade?
Sou muito realista, mas, também muito sonhador, então faço de tudo para tornar os meus sonhos, realidade. Acho que essa é a graça da vida, da eterna busca pela felicidade. Cada dia um novo sonho, cada dia uma nova realização e sempre uma felicidade certa.
O nosso amor a gente inventa pra se distrair ou te amo pra sempre, te amo demais?
“O nosso amor a gente inventa pra se distrair”. O amor é uma conquista diária, deve ser reinventado constantemente; e essa “roda do amor” sempre acaba ganhando forças com cada detalhe diferente, cada carinho inesperado, cada gesto de demonstração diário. Sempre estamos em busca do amor, em busca da felicidade.
1. Antes de mais nada, desejo toda a boa sorte do mundo em seu sítio e projeto, Miguelito!
2. Uma entrevista sincera. Os nativos de Libra geralmente sofrem quando têm de fazer escolhas, talvez por isso a indecisão ocorre em muitas pessoas desse signo.