Homem com serra elétrica toca o terror antes de Condado Macabro no Festlatino

Personagem de Condado Macabro assusta público no Festlatino, no Memorial da América Latina – Foto: Marcos Finotti/Divulgação
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Fotos MARCOS FINOTTI
O público tomou um susto antes de a sessão do filme Condado Macabro começar, na noite do último sábado (1º), dentro da programação do 10º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, que acontece até esta quarta (3).
Um dos personagens do filme brasileiro de terror dirigido por Marcos DeBrito e André de Campos Melo surgiu caracterizado dentro do cine-tenda. Ele estava munido de uma intimidadora serra elétrica.
A plateia gritou, é claro. E, depois, aplaudiu a iniciativa, que espinafrou a tensão pela estreia do longa que tem no elenco nomes como Leonardo Miggiorin, Francisco Gaspar e Larissa Queiroz.
O filme faz uma espécie de tributo ao gênero terror adolescente típico da década de 80.
No roteiro, há palhaços malvados e jovens querendo sexo a qualquer custo trancafiados em uma casa no meio do mato. Ah, claro, também tem um homem com uma barulhenta serra elétrica para despedaçar tudo o que encontrar pela frente.
Condado Macabro tem cenas bem executadas, sobretudo as que apostam em efeitos especiais, o que mostra que o cinema de gênero está ganhando força e profissionalismo no Brasil. As cenas são críveis.
Contudo, há algumas derrapadas em determinadas atuações do elenco. Francisco Gaspar, como o malvado palhaço, que também é o narrador da história, é um dos que se sobressai.
Mas, o propósito do longa é mantido: derramamento generoso de sangue na tela.
Cabe, aqui, uma pequena observação: há no roteiro uma excessiva carga de reforço de preconceito em relação à garota gordinha e de aparência indígena. Sua personagem é motivo de chacota o tempo todo no filme. Soa desnecessário.
Fora isso, Condado Macabro cumpre o que promete: toca o terror sem dó nem piedade na plateia assustada.