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Entrevista de Quinta – “Nunca quis me catalogar”, diz Letícia Colin

A atriz Letícia Colin - Foto: Rodrigo Lopes/Divulgação

A atriz Letícia Colin – Foto: Rodrigo Lopes/Divulgação

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Aos 25 anos, Letícia Colin já tem uma carreira consolidada tanto no teatro, quanto na televisão e no cinema.

Atualmente, está em cartaz no Teatro Porto Seguro, em São Paulo, com o espetáculo infanto-juvenil Mas Por quê??! A História de Elvis, que faz promoção neste mês dos Pais. No palco, está acompanhada dos atores Júlia Gorman, Marcel Octavio, Pedro Lima e Simone Mazzer, além de Bruna Guerin ser sua stand-in (substituta).

A paulista de Santo André radicada no Rio já grava a próxima novela das 21h da Globo, A Regra do Jogo, escrita por João Emanuel Carneiro e dirigida por Amora Mautner.

A atriz conversou com o site com exclusividade nesta Entrevista de Quinta, na qual falou de sua carreira diversificada, da relação com a música (ela tem uma banda) e ainda afirmou que teve muita sorte em sua trajetória.

Leia com toda a calma do mundo.

Letícia Colin, ao centro, com o elenco de Mas Por Quê??! A História de Elvis, em cartaz no Teatro Porto Seguro – Foto: Renato Mangolin/Divulgação

MIGUEL ARCANJO PRADO — Como é para você fazer teatro infanto-juvenil?
LETÍCIA COLIN — Acho que conseguimos desmistificar várias coisas em torno do infantil nesta peça. Às vezes tem uma conotação ingênua para este gênero, ou acusam de uma qualidade que não seria tão dedicada dos criadores e da produção em comparação com peças adultas. Não sei qual é a lógica de quem pensa assim. A gente faz uma peça que a gente não pensa que é um infantil. Pensamos desde o início que estamos fazendo um espetáculo. Isso nos leva para um outro patamar de criação.

MIGUEL ARCANJO PRADO — Como é cantar Elvis?
LETÍCIA COLIN — A peça tem músicas do Elvis Presley. O resultado é impressionante, porque as pessoas se emocionam e se divertem. E isso não acontece só com as crianças. A gente tem tido um público de adultos que tem nos procurado, muitos fãs do Elvis, que vem com camisetas do Elvis e com muitas histórias para contar. É uma loucura.

MIGUEL ARCANJO PRADO — Afinal, como diz o ditado: Elvis não morreu.
LETÍCIA COLIN — A gente está mexendo em um mito muito importante da música. Citamos o nome dele, cantamos suas músicas. Evocamos muitas energias. O Teatro Porto Seguro é um palco que acolhe muito bem a nossa peça, que é um musical, mas é intimista. E esse teatro tem isso. Essa coisa de chegar em São Paulo para habitar este lugar, lançar este espaço, começar a trazer o público para cá foi um privilégio. A gente se sente feliz. Porque estamos trazendo famílias, crianças, fazendo uma formação de público.

Letícia Colin e o elenco cantam e tocam instrumentos musicais na obra – Foto: Renato Mangolin/Divulgação

MIGUEL ARCANJO PRADO — Você inaugurou o Teatro Porto Seguro juntamente com o Nine, que tem no elenco Beatriz Segall. Como foi saber estar dividindo o mesmo teatro que ela?
LETÍCIA COLIN — A Beatriz Segall é uma grande atriz. uma referência. Tem coisa que a gente tem de ver na vida. Senti algo igual quando vi a Bibi Ferreira no palco. Acho que temos de ficar de olho quando estas pessoas estão em cartaz e assistir. É lindo ver esse trabalho do ator que não se perde com o tempo, que não desanima, não se cansa de estar em cena. Ela tem experiência e faz com o pé nas costas o que a gente rala anos para fazer.

MIGUEL ARCANJO PRADO — Você vem desenhando uma carreira bem diversificada. Você surgiu no filme Bonitinha, mas Ordinária, depois fez o musical Hair, novela na Record, agora faz novela na Globo, teatro em São Paulo… Cada hora você está num canto. Por quê?
LETÍCIA COLIN — Eu gosto muito de fazer as três linguagens: cinema, teatro e TV. Eu acho que isso me motiva muito, essa variedade. É uma coisa que desejei. Estudei muito para começar a cantar, porque eu não cantava. Cinema também, a gente trabalha muito o entendimento do que é este enquadramento, como funciona o ângulo da câmara. Fiz um filme maior este ano, Ponte Aérea, com o Caio Blat, e gostei muito do resultado. Sempre sonhei em passar por todas as áreas, nunca quis me catalogar. E consegui fazer isso. É um sonho realizado, um desafio cumprido. Gosto de me sentir neste treino de me adaptar a diferentes possibilidades de atuação.

Letícia Colin e Caio Blat em cena do filme Ponte Aérea – Foto: Divulgação

MIGUEL ARCANJO PRADO — Soube que você também está cantando na noite carioca…
LETÍCIA COLIN — Agora eu também tenho uma banda, estou de vocalista. Chama-se UBA – Uma Banda de Atores, da galera do Rio, que fui conhecendo ao longo dos trabalhos. O Rodrigo Pandolfo também é da banda. É um ator muito amigo meu. A gente faz performances, músicas. É muito divertido.

MIGUEL ARCANJO PRADO — E você está tocando na peça?
LETÍCIA COLIN — Nesta peça a gente canta e toca tudo. Eu aprendi a tocar bateria para fazer a peça. E descobri essa coisa do instrumento, como ele muda nossa vida, nossa percepção, nosso estar em cena. Eu sou muito curiosa, gosto de me sentir desafiada e estimulada, e tenho muita sorte, porque sei que todo mundo gostaria de ter essas possibilidades que eu tenho.

MIGUEL ARCANJO PRADO — Você acabou de fazer Sete Vidas e não quis saber de descanso?
LETÍCIA COLIN — Foi isso mesmo. Terminei a novela já com a peça aqui em São Paulo. Sete Vidas foi uma novela muito especial, era bem afetiva nos bastidores. Eu já tinha voltado à Globo em Além do Horizonte, em um personagem pequeno mais no final e, em Sete Vidas, voltei com algo maior.

Letícia Colin termina a temporada em São Paulo e ficará focada na nova novela das 21h da Globo, A Regra do Jogo – Foto: Rodrigo Lopes/Divulgação

MIGUEL ARCANJO PRADO — E você já vai estar na nova novela do João Emanuel Carneiro?
LETÍCIA COLIN — Vou estar em A Regra do Jogo, que é a nova novela das 21h do João Emanuel Carneiro. Vou fazer um personagem bem legal, já estamos gravando, o clima está ótimo. Quem está dirigindo é a Amora Mautner. Eu faço a Pat, um personagem muito bom. Ela faz a namorada do personagem do Alexandre Nero. É uma estudante de ciências políticas, engajada e cheia de ideias. Ela tem muitos discursos, é bem deslumbrada com as teorias políticas, com o socialismo.

MIGUEL ARCANJO PRADO — Como é estar em São Paulo?
LETÍCIA COLIN — Eu adoro. Eu sou do ABC Paulista, de Santo André, mas moro no Rio há dez anos. Eu me sinto bem aqui. Chego no aeroporto e falo: ai, que bom. Tenho família aqui, amigos, sei que vou ficar em dúvida sobre qual peça assistir ou a qual restaurante ir. Fico louca em São Paulo, querendo ver tudo, ficar por dentro de tudo.

Mas Por Quê??! A História de Elvis
Quando: Sábado e domingo, 15h. 60 min. Até 16/8/2015
Onde: Teatro Porto Seguro (r. Barão de Piracicaba, 740, Campos Elíseos, São Paulo, tel. 0/xx/11 3226-7310)
Quanto: R$ 35 (plateia) e R$ 25 (balcão) – promoção de Dia dos Pais
Classificação etária: Livre

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