Por trás do pano – Rapidinhas teatrais
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Lidar com as diferenças é preciso. Este é o mote do espetáculo Refugo Urbano, que a Trupe Dunavô estreia dia 5 de março de 2016 no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt, em São Paulo. Faz temporada de um mês. Sábado e domingo, 17h, com ingresso a R$ 30. A obra foi eleita o melhor espetáculo infantil de 2015 pelos leitores do Guia da Folha. Olha que chique.Marginais?
Na obra, os palhaços Pamplona e Claudius, interpretados por Gabi Zanola e Renato Ribeiro, estão em um beco da cidade, onde precisam ficar juntinhos. Além de mostrar o respeito à diversidade, a peça ainda expõe aqueles que são excluídos por nossa sociedade, em uma forte crítica social. Como tem de ser.
Riso internacional
A dramaturgia é de Nereu Afonso, que já foi professor de teatro na escola de Philippe Gaulier, um dos maiores palhaços do mundo, já entrevistado com exclusividade pelo site, é claro, com direito a retrato assinado por Bob Sousa.
Me dá um autógrafo?
Helena Ignez está na capa do livro Pessoas Sublimes, que traz a nova peça do Satyros, pela Editora Giostri. O lançamento é neste sábado (27), a partir das 17h, na SP Escola de Teatro da praça Roosevelt. Ivam Cabral e Rodolfo García Vázquez prometem autografar os exemplares até as 20h, quando precisam correr para o Satyros Um para encenar mais uma sessão.
Heróis da resistência
Pessoas Sublimes está em cartaz no Satyros Um de quarta a domingo. “Quando a gente programou a temporada de Pessoas Sublimes para cinco dias da semana, sabíamos que enfrentaríamos um grande monstro. Por outro lado, sabemos também, é importante desafiar a vida com novos estímulos. Precisamos da resistência e o teatro necessita de novos paradigmas”, diz Ivam Cabral, que celebra as duas primeiras semanas com casa lotada em todas as sessões.
Volta, Phedra!
Por problemas de saúde, Phedra D. Córdoba segue afastada de Pessoas Sublimes. A diva cubana está se recuperando em casa.
“Amém, amém, amém”
Phedra disse à coluna, por telefone, nesta sexta (26), que está sendo muito bem cuidada pelos colegas do Satyros: “Me tratam a pão de ló”, afirmou. Disse que está se alimentando bem e descansando. “Se Deus quiser, eu vou melhorar. Amém, amém, amém”, disse.
Reta final
A peça Quanto Custa?, de Brecht com direção de Pedro Granato, voltou a ser encenada no Teatro Pequeno Ato (r. Teodoro Baima, 78), na República, nesta quinta (25). Mostra três vizinhos que vivem de forma harmoniosa até que um assassinato muda a vida de todos. Vai ficar até 11 de março, quintas e sextas, 21h, com ingresso a R$ 30. O diretor jura que é a última temporada do espetáculo. Depois não diga que não recebeu o aviso.
0800
O Núcleo Luz apresenta, neste fim de semana, o espetáculo de dança Heurói, de Chris Belluomini, no Teatro Flávio Império (r. Professor Alves Pedroso, 600, Cangaíba, São Paulo), dentro do Circuito São Paulo de Cultura. A entrada é gratuita. As sessões na sexta (26) e sábado (27) são às 20h. Já no domingo (28) é às 19h. Apresenta um herói sem superpoderes, demasiadamente humano. Sensível.
Trio de livros
Eloisa Vitz, a autora e diretora do Grupo Gattu, lança três peças suas neste sábado (27), pela Editora Giostri, entre 17h e 20h no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt: Reino, Amor e Rapunzel. Estão todos convidados.
Clássico invertido
O Grupo Careta transportou Hamlet, de Shakespeare, para o universo rural, com fazendeiros senhores de terra, na peça Hamelete, o Cordel, com direção de Lívia Simardi e adaptação de Octávio da Matta. A obra tem sessões no Teatro APCD, em Santana, São Paulo, neste sábado (27), às 21h, e domingo (28), às 19h, com entrada a R$ 50. Estão todos convidados.
Mamãe à venda
O coletivo Thara Teatro está de volta com a peça O Campeão de Dominó do Alaska, escrita por Mário Viana e dirigida por Aimar Labaki. Estreia na próxima terça (1º), às 21h, no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt, em São Paulo. No elenco, estão Maria Eugênia de Domênico, Valdir Rivaben e Eduardo Parisi. A obra conta a história de um homem que quer vender a própria mãe, que sofre de Alzheimer, para pagar uma dívida de jogo. Eita.
Escorregada
Fernanda Torres errou a mão no texto que escreveu criticando o movimento feminista e com pitadas sutis de racismo velado. Fez bem ao voltar atrás e pedir desculpas pelo que escreveu. Afinal, ela é filha de Fernanda Montenegro, que fez a peça Viver sem Tempos Mortos sobre Simone de Beauvoir, ícone feminista do século 20.
Farinha com açúcar
Jé Oliveira está contando os dias. Tudo por conta da peça que ele dirige com o Coletivo Negro, Farinha com Açúcar ou sobre a Sustança de Meninos e Homens, que estreia dia 15 de março no Teatro do Sesc Pompeia, em São Paulo, onde fica em cartaz até 6 de abril, sempre terça e quarta, 21h.
Musical
Na obra, Jé Oliveira está acompanhado em cena por cinco músicos. É uma “peça-show para ser ouvida, sentida e vista”, define. Estão com ele no palco os músicos Cássio Martins, Fernando Alabê, Mauá Martins, Melvin Santhana e Djy Wojtila. Em algumas apresentações (15 e 16 de março e 5 e 6 de abril), a obra contará com a participação especial de Kl Jay.
Doze apóstolos
Para compor a peça, o grupo entrevistou em um ano 12 homens negros de diferentes idades e profissões. A coluna conseguiu a lista dos “inspiradores-informantes”, como define o Coletivo Negro: Akins Kintê, poeta e diretor de cinema, Allan da Rosa, professor e artista, Aloysio Letra, artista, Fernando Alabê, músico, João Nascimento,percussionista, Kl Jay, DJ e rapper, Melvin Santhana, músico, Renato Ihu, produtor e pesquisador, Salloma Salomão,artista e intelectual, Seu Luís Livreiro, vendedor de livros, Will Oliveira, modelo, e Zinho Trindade, poeta. Anotou?
Turma reunida
Bob Sousa, grande fotógrafo dos palcos, recebe amigos e convidados na quarta (2), a partir das 19h, no Espaço Cult (r. Aspicuelta, 99), na Vila Madalena, em São Paulo, na abertura da exposição Bob Sousa – Retratos do Teatro. A mostra tem 50 imagens de grupos como Oficina, Satyros, Razões Inversas e Núcleo Bartolomeu de Depoimentos, entre outros.
Convite
Bob Sousa conclama a todos para verem seus retratos: “Aos que não forem na exposição Retratos do Teatro, lembrem-se: tenho memória fotográfica”, diz, bem humorado.
Kafka de graça
O Núcleo Tusp de São Paulo apresenta entre 5 e 20 de março a peça Outro K, com entrada gratuita. As sessões serão sempre aos sábados e domingos, às 19h. Os ingressos são distribuídos uma hora antes no local, que fica na rua Maria Antônia, 294, em São Paulo. René Piazentin assina a adaptação de O Processo, de Franz Kafka, e também a direção, com assistência de Otacílio Alacran. No elenco, estão Carolina Viana, Débora Tieppo, Leandro Galor, Litta Mogoff, Marcelo Bosso, Renata Alves e Stefani Mota. Turma boa reunida.
Aventuras filosóficas
O hindu Ravi e suas descobertas no Ocidente são tema da peça Coisas Úteis e Agradáveis, que abre a Trilogia Filosófica, que pretende abordar as obras de Voltaire, Nietzsche e Foucault. A dramaturiga e a atuação é de Germano Melo, sob direção de Leonardo Ventura. A obra estreia nesta sexta (26), no Sesc Ipiranga.
Livro aberto
A peça Sagrada Família, de Gabriela Mellão, em cartaz até 28 de março na SP Escola de Teatro, de sábado a segunda, deixa o espectador livre para interpretar a obra que investiga as relações familiares. Segundo a autora, o texto é poético e fragmentado, aberto a interpretações e leituras pessoais de cada um. Que bom.
Musa
Bruna Thedy passa a ser ninguém menos do que Brigitte Bardot a partir desta sexta-feira no Teatro do Masp na peça Com Amor, Brigitte, de Franz Keppler com direção de Fábio Ock.
Quero casar!
Vista por 2 milhões de pessoas, a comédia Os Homens São de Marte… E É pra Lá Que Eu Vou, com Mônica Martelli, volta a São Paulo no Teatro Porto Seguro a partir de 4 de março. Programe-se.
Mais uma dose
Após fazer a novela I Love Paraisópolis na Globo, Paula Cohen faz a terceira temporada de sua peça As Lágrimas Quentes de Amor Que Só Meu Secador Sabe Enxugar, com direção de Pedro Granato, a partir de 5 de março no Teatro Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi. Mostra uma mulher em transformação. Danada.
Tem Bububu no Bobobó
A Casa Selvática, que abriga os integrantes da Selvática Ações Artísticas, cujo símbolo é um veadinho saltitante cor-de-rosa, completa quatro anos no domingo 6 de março. Vão fazer um almoço festa de arromba. Não custa nada lembrar que os meninos da Selvática são atualmente os artistas mais interessantes de Curitiba. Pelo menos esta é a opinião da coluna. Ah, eles concederam, juntinhos, uma imperdível Entrevista de Quinta.
Confusão na bilheteria
Falando em Curitiba, o clima não anda nada tranquilo nem favorável por lá. Tudo por conta de uma briga de cachorro grande entre o Festival de Teatro de Curitiba, sob direção de Leandro Knopfholz, e o Centro Cultural Teatro Guaíra, sob direção de Monica Rischbieter, pelo controle da venda de ingressos das peças da Mostra Oficial no Guairão e Guairinha. Como não houve acordo no impasse, muitas peças foram transferidas de lugar. Entenda em detalhes esta polêmica.
Não custa nada lembrar…
Fato é que praticamente no mundo inteiro a vendagem de ingressos para um festival geralmente é feita em uma bilheteria centralizada pelos organizadores do evento.
Epidemia
A Cia. Ouro Velho apresenta a peça O Novo Rei do Beleléu, fábula de Lara Hassum e Paulo Marcos inspirada na cultura popular. Paulo Marcos dirige a peça que estreia neste sábado (27), no Teatro Aliança Francesa (r. General Jardim, 182), em São Paulo, onde fica até 27 de março, sábado e domingo, 16h, com ingresso a R$ 20. Está barato, vai.
Coisas do Brasil
Em O Novo Rei do Beleléu estão no palco estão Aline Gonçalves, Tássia Melo, Lara Lassum, Aline Penteado, Taís Luna e Danilla Figueiredo. Na história, o reino fictício está à beira do desastre por conta de uma terrível epidemia. Tudo a ver com o Brasil atual.
Nova turma do NAC
Querido da coluna de longa data, o ator e diretor Lee Taylor avisa que estão abertas até 5 de março de 2016 as inscrições do processo seletivo para o curso de atuação de seu celebrado Núcleo de Artes Cênicas (NAC).
De graça
O curso é gratuito e terá duração inicial de três meses e meio no Módulo I, podendo se estender por mais quatro meses aos selecionados para o Módulo II e por mais dois meses aos selecionados para o Módulo III. Início dia 21 de março de 2016, com atividades regulares de segunda à quinta-feira, das 18h30 às 22h30, e sábados, das 13h às 17h. A inscrição é feita no site do NAC.
Dose dupla
A atriz Lauanda Varone terá muito trabalho nas próximas semanas. Ela ensaia ao mesmo tempo duas peças: Hermanas Son las Tetas, da Las Tetas Cia. de Teatro, dirigida por Juan Manuel Tellategui e na qual contracena com Liza Caetano, que se apresenta no Fringe do Festival de Teatro de Curitiba entre 31 de março e 3 de abril, e Origens, da Cia. Alóctone, que estreia em abril, em São Paulo, na qual contracena com Fran Lipinski. “Correria total com os ensaios duplos, mas satisfação em dobro também”, diz ela. Está coberta de razão.
Musa das telonas
A atriz Gilda Nomacce apostou em uma blusa de renda ousada para ir à pré-estreia do filme Meu Amigo Hindu, de Hector Babenco, no qual contracena com o astro norte-americano Willen Dafoe. Arrasou. Veja quem foi.
Corra, Lola, corra
A peça Roleta-Russa, de Raphael Montes e direção de César Baptista, faz última sessão nesta sexta (26), no Espaço dos Parlapatões, na praça Roosevelt, em São Paulo. É às 21h, e o ingresso custa R$ 50 a inteira e R$ 25 a meia. Depois não diga que não avisei…
Confusão
Tem gente que ainda não sabe usar direito os novos botões de emoção disponíveis no Facebook.
Coisas de Tennessee
A obra do grande dramaturgo norte-americano Tennessee Williams foi fonte de inspiração para a peça Memórias (Não) Inventadas, fruto de árdua investigação dos atores Fernanda Viacava, Lara Hassum e Mateus Monteiro, sob direção de André Garolli. Estreia nesta segunda (29), no Viga Espaço Cênico (r. Capote Valente, 1323), em São Paulo, onde fica até 26 de abril, sempre segunda e terça, 21h, com entrada a R$ 30. A equipe técnica reúne Vann Porath na preparação corporal, Kléber Montanheiro no cenário e Rodrigo Oliveira na luz. Eita.