Vida de andarilha inspira Tempos de Cléo no Festival de Curitiba
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial a Curitiba
Fotos ANNELIZE TOZETTO/Clix
Foi um dia, na Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde estuda artes cênicas, que a atriz Márcia Costa se encontrou com uma dramaturgia potente diante de seus olhos. Viu uma mulher errante que caminhava pelo campus e que já faz parte do imaginário da cidade.
“Ela é a inspiração”, define, sobre o espetáculo solo Tempos de Cléo, que apresenta no 25º Festival de Teatro de Curitiba, dentro da programação do Fringe.
As apresentações gratuitas acontecem nesta quinta (31), às 17h, no Cavalo Babão do Largo da Ordem; na sexta (1º), às 9h, no Terminal de Ônibus Pinheirinho; no sábado (2), às 15h, na praça Santos Andrade; e no domingo (3), às 16h, no Bebedouro do Largo da Ordem.
A andarilha da UEM foi apenas o ponto de partida para uma pesquisa que se aprofundou cada vez mais. Márcia percorreu lugares como a praça da Catedral e feiras para encontrar outros seres errantes por Maringá que a ajudaram a compor sua personagem. A obra ganhou o Prêmio Myriam Muniz da Funarte em 2014.
A diretora Gabi Fregoneis deu forma aos dispositivos encontrados pela atriz durante o processo e à dramaturgia criada por Carolina Santana, também assistente de direção. “A personagem Cléo são vozes da rua”, define a atriz, que viaja pela primeira vez com a obra.
A peça ainda tem figurino de Cristina Conde, identidade visual de Sérgio Augusto e produção de Rachel Coelho. Esta última diz que Cléo representa também, de alguma forma, “essas pessoas solitárias, que procuram de alguma forma estar junto às outras, em lugares de movimento, de trânsito”.
Márcia informa que o espetáculo busca um novo tempo. “O tempo de Cléo não é o da urgência. É um tempo dela, um outro tempo”, conclui.
*O jornalista MIGUEL ARCANJO PRADO viajou a convite do Festival de Curitiba.
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Eu conheço a Cléo em questão…, ela conversava comigo quando eu tinha um sebo na UEM…