Por MIGUEL ARCANJO PRADO
Enviado especial a Curitiba*
Fotos HUMBERTO ARAUJO/Clix
Um dos nomes mais lendários da cultura do sertão nordestino no século 20 ganhou o palco do 22º Festival de Teatro de Curitiba com a peça A Chegada de Lampião no Céu e no Inferno, com o Bando de Teatro Resistência, de Camaçari, na Bahia.
As apresentações ocorreram no Termina de Ônibus Pinheirinho, nas Ruínas de São Francisco e na praça Santos Andrade, sempre atraindo o público com um teatro vivo e irreverente baseado na obra de José Pacheco.
Tony Souza, diretor do espetáculo e também ator, conta que a “obra é uma adaptação do cordel popular com elementos da cultura baiana”. “Fizemos uma sátira à vida política que está vivendo o Brasil. O cordel é muito novo, muito recente. Na nossa convicção, o céu é um Carnaval”.
A atriz Anelisa Batista conta que esta é a quarta participação do grupo no maior festival de teatro do Brasil. “A gente opta por trazer peça de rua, para ter uma relação mais próxima com o público. O calor humano de Curitiba é muito gostoso, se a gente não vier aqui todo ano a gente fica louco. A gente gosta de vir ao Festival de Curitiba, ele agrega muito para a gente”.
Ela ainda comenta o sucesso da obra junto ao público. “Nunca conseguimos terminar um espetáculo sem uma foto, um abraço, um muito obrigado”, revela. Anelisa também conta que a equipe precisou ser reduzida, por conta da crise econômica. E que participar do evento “foi um ato de resistência”.
No que a atriz Isa Santos concorda: “O nome do grupo vem disso, de resistir, de fazer teatro. Bora ser resistente, vamos resistir à essa crise, às intrigas, às brigas. Temos tudo a ver com o Festival de Curitiba, estamos resistindo e há quatro anos aqui”, comemora.
*O jornalista MIGUEL ARCANJO PRADO viajou a convite do Festival de Curitiba.
Leia a cobertura completa do Festival de Teatro de Curitiba
Curta nossa página no Facebook e siga o site!
Fique por dentro do que está rolando nas artes