Dois ou Um com Paula Cohen
Por MIGUEL ARCANJO PRADO
A atriz Paula Cohen está em cartaz com o solo As Lágrimas Quentes de Amor que Só Meu Secador Sabe Enxugar, texto dela e de Pedro Granato, que também assina a direção. Até 24 de abril, no Teatro Livraria da Vila do Shopping JK Iguatemi, em São Paulo. Sábado 20h, domingo, 18h, com entrada a R$ 60 a inteira. Ela aceitou o convite para participar da coluna Dois ou Um. Dez perguntas cheias de possibilidades. Ou não.
Argentina ou Chile?
Argentina. Mas posso colocar mais um pais latino-americano na roda? Uruguai. A minha mãe e meu pai são uruguaios e eu me sinto metade uruguaia também. Tenho uma relação muito estreita com o Uruguai. O caso é que metade da minha família mudou há muito tempo para a Argentina. Então, em Buenos Aires também me sinto em casa. A minha mãe engravidou no Uruguai, passou parte da gravidez em Buenos Aires e veio me parir no Brasil. “Soy una chica latino-americana. Puro Mercosur”.
Almodóvar ou Woody Allen?
Amo os dois. Desde que me entendo por consumidora de cinema, sempre esperei as suas estreias, os seus novos filmes. Pedro com seu fascinante mundo de cores gritantes, seu humor transbordante e sempre no limite do ataque de nervos. Sonho em ser uma chica Almodóvar. E Woody com seus conflitos psicóticos, neuróticos e adoráveis. Sou uma apaixonada, acho que vi todos absolutamente, todos os filmes, destes dois gênios. Grande referência sempre!
Secador ou ao vento?
Secador para secar minhas lágrimas! Gosto de vento na cara de todas as formas!! De preferência frio!
Rosicler ou Elvira?
As duas. Entre filhos é difícil fazer distinção. E principalmente com essas duas. Tenho paixão pela pulsão de cada uma. A Rosicler me fascina pela sua liberdade e amoralidade, ela fala o que pensa – o que é bem raro e original hoje em dia. (Olha que louco… a novela já terminou, mas não consigo falar dela no passado). E a Elvira pelo jeito com que desperta para a luta, ou é despertada, e encara da maneira mais sincera, mais pulsante, mais coração. Amo a sua forte fragilidade.
Vinho ou cerveja?
Um bom vinho. Estou na fase do rosé gelado! Evoé Bacco!
Lágrimas ou risos?
Chorar de rir.
Atuar ou escrever?
Atuar. Embora a escrita seja uma grande companheira minha, cada vez estreito mais a relação com ela e amo. Este ano lanço o meu livro de poesia. O meu primeiro livro! Vai se chamar “Vou Comer Brilhantes para Ver se Quebro Um Dente”.
Se joga na pista ou conversa até altas horas?
Assunto não falta. Mas nada como uma boa pista. Voltei a dançar com tudo desde que entrei na minha nova escola de dança. Chama Anacã, qualquer momento livre do dia estou lá dançando. É a minha Disney! Dançar é vital para mim.
Tapioca ou pão francês?
Tapioca. Como todos os dia de manhã. Aboli a farinha há alguns anos, antes dessa moda free-gluten. Embora goste muito, meu organismo não consegue digerir bem.
Olho no olho ou WhatsApp?
Olho no olho sempre. Ontem, hoje e amanhã.
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Antenada! Ótimas respostas, sem posar de descolada de plantão. Extremamente espontânea.