Dois ou Um com Patricia Cipriano

Patricia Cipriano - Foto: Rodrigo Janasievicz/Divulgação

Patricia Cipriano – Foto: Rodrigo Janasievicz/Divulgação

Por MIGUEL ARCANJO PRADO

Patricia Cipriano é um dos nomes mais potentes da cena cultural curitibana contemporânea. Ganhadora do Troféu Gralha Azul de melhor atriz coadjuvante pelo espetáculo Peça Ruim, além de atriz e produtora da Companhia Bife Seco, ela também é “artista residente, produtora, costureira nas horas vagas e menina do bar” na Casa Selvática. No último Festival de Curitiba, comandou o agitado bar da Curitiba Mostra, além de se destacar em participações nas peças Pinheiros e Precipícios e Hermanas Son las Tetas. Com a Selvática, fez Tetas de Tirésias – Vamos Esbofetear Ulisses, que lhe rendeu outra indicação ao Troféu Gralha Azul, como melhor atriz. Também esteve em Iracema 236 ml, parceria com O Estábulo de Luxo, que viajou o Brasil em 2015. Inquieta, acaba de montar a banda Horrorosas Desprezíveis com as amigas Amira Massabki e Jo Mistinguett. O trio promete combater o bom-mocismo na música brasileira. Patricia aceitou o convite do site para participar da coluna Dois ou Um. Dez perguntas cheias de possibilidades. Ou não.

Eleições diretas ou indiretas?
Diretas sempre! O cirquinho de horrores faliu! Deve fechar as portas! “A voz do povo é a voz de deus” e o meu deus não está relacionado à família, ao meu sobrinho ou a estado nenhum! Deus sou eu! Não vai ter Golpe!!!

Bolsonaro ou Wyllys?
Pela diversidade e a constante luta pelos direitos humanos, pela verdade, por toda cusparada, por dedos na cara e mais gritos sobre verdades, pela união de casais de qualquer espécie, raça, cor, religião… Por Iansã, Ogum, Alá, Jesus, Buda, Shiva… ou entidade nenhuma, eu digo Jean Wyllys!

Curitiba ou São Paulo?
“Curitiba, meu amor, nós estamos predestinados”, citando Francisco Mallmann.

Frio ou calor?
Sou tão do movimento, tão corre aqui, pega lá. Decora texto, varre chão, passa café. Em mim mora um calorão sem fim. O frio me coloca no eixo. Me traz o pinhão, o cachecol, a jaqueta de couro, o prazer de um aquecimento antes do ensaio, o teatro quentinho cheio de gente!

Bar ou igreja?
Quando eu era criança eu queria ser padre e minha mãe disse que eu não podia, fiquei triste. Triste com minha mãe, com deus, com a igreja, com todos os padres. Daí eu queria ser homem, e de novo eu não podia! “Menina é menina”, um dia, um padre me disse. Aaff… Coitado! Eu sou o que eu quiser! Eu sou do BAR! Da boemia clandestina! Meu prazer mora numa cervejinha.

Teatro ou rua?
Putz! Teatro na rua me dá um tesão!

Diversidade ou mais do mesmo?
Mais do mesmo? Isso existe? A não!“- Alô Alice! Alice pega um táxi e volta AGORA pra cá! Pode! Pode trazer a lagarta junto, precisamos de medidas drásticas!”

Feminismo ou machismo?
Me descobri Feminista!

Diz pra eu ficar muda faz cara de mistério ou Tira essa bermuda que eu quero você sério?
Faz cara de mistério, tira essa bermuda que eu quero GOZAR!!!

Horrorosas ou desprezíveis?
HORROROSAS DESPREZÍVEIS! Tremei-vos!!!

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