Pesquisador do teatro, Alexandre Mate analisa coletivos de SP em curso
Por Miguel Arcanjo Prado
As noites de segunda-feira deste mês de outubro são o momento escolhido pelo pesquisador do teatro paulistano Alexandre Mate esmiuçar a prática dos coletivos que atuam em São Paulo, assunto no qual o professor da pós-graduação do Instituto de Artes da Unesp (Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho) é um dos maiores especialistas no Brasil.
Ele ministra até 31 de outubro no Centro de Pesquisa e Formação do Sesc em São Paulo o curso “A Reinvenção dos Sentidos na Prática Teatral de Coletivos”.
Doutor em história social pela FFLCH/USP, Mate acaba de realizar a curadoria da 2ª Mostra de Teatro de Heliópolis – A Periferia em Cena. “Os promotores não tinham verba para realizar o evento. Desse modo, o que houve foi uma consulta a coletivos que se interessassem em participar”, explica.
Em conversa com o Blog do Arcanjo do UOL, ele revela seu amor pelo teatro paulistano. “Realmente, a produção teatral de cidade de São Paulo é exemplar. Obras em profusão, com imensa criatividade, conciliando aquele pressuposto fundamental que Walter Benjamin (“Autor como Produtor”) já havia preconizado. Pertinência política e qualidade estética”, fala.
E lembra que a cena pulsante na cidade é “fruto de intenso processo de luta dos artistas trabalhadores”. “A produção teatral paulistana encontra-se espraiada pela cidade como um todo e conta com um imenso número de grupos – acredito serem perto de 300. Basta assistir obras que vêm de outros países para entender o que afirmo”, diz.
Depois do curso, Mate planeja viagem para a Europa — nos últimos meses, ele esteve nos Estados Unidos e no Canadá. “Vou tentar fazer o mesmo caminho da diáspora que meus avós e pai (e tantos europeus fizeram – em busca do Eldorado) depois da miséria que decorreu da Primeira Grande Guerra Mundial”, conta.
Siga Miguel Arcanjo Prado no Facebook, no Twitter e no Instagram.