Com fome de justiça, ganhadora do Prêmio Shell estreia peça sobre violência de Estado
Por Miguel Arcanjo Prado
Após levar o Prêmio Shell de melhor atriz em 2014 por sua atuação na peça “Morro como um País”, que abordava a violência do Estado durante a ditadura civil-militar no Brasil, a atriz Fernanda Azevedo volta à temática em seu novo espetáculo.
“Material Bond” estreia nesta quinta (2) na Oficina Cultural Oswald de Andrade (r. Três Rios, 363, metrô Tiradentes), em São Paulo. A temporada vai até 25 de março, sempre quinta e sexta, às 20h, e sábado, às 18h, com ingressos gratuitos distribuídos uma hora antes de cada sessão.
A montagem do gênero teatro documentário foca na obra do dramaturgo britânico Edward Bond, de 82 anos, autor de mais de 50 peças e considerados um dos mais importantes do teatro contemporâneo. Contudo, ele ainda é pouco conhecido no Brasil.
Na obra da aguerrida Kiwi Companhia de Teatro, Fernanda está em cena ao lado do músico Eduardo Contrera, sob direção e dramaturgia de Fernando Kinas. No roteiro, estão assuntos atuais como a violência de Estado, a brutalidade da ação policial e a criminalização dos movimentos sociais. Os artistas dizem ter “fome de justiça”.
A peça ainda tem cenografia de Julio Dojcsar, iluminação de Clébio Souza, o Dedê, figurino d eMadalena Machado, confecção de marionete de Celso Ohi, voz em off de Michael Moran, além de produção e operações de Luiz Nunes e Daniela Embón.
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