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É teatro em família, diz Antonio Fagundes, que faz comédia com filho, duas ex-mulheres e a atual

Antonio Fagundes à frente do elenco de “Baixa Terapia” – Foto: Caio Gallucci

Por Miguel Arcanjo Prado

Desde que surgiu nos palcos paulistanos no fim da década de 1960 no Teatro de Arena, Antonio Fagundes jamais deixou os tablados, mesmo quando foi alçado ao posto de galã e, ao longo do tempo, de estrela consagrada da televisão.

Após viver no ano passado o Coronel Saruê na novela “Velho Chico”, ele volta aos palcos, desta vez na comédia “Baixa Terapia”, gênero que não fazia havia uma década. E está muito bem acompanhado no projeto: da mulher Alexandra Martins, do filho Bruno Fagundes (que fez a terceira peça a seu lado), e de duas ex-mulheres, Mara Carvalho no palco e Clarisse Abujamra na tradução do texto do espanhol para o português. Ou seja, intimidade não falta no camarim da obra, que tem ainda Ilana Kaplan e Fábio Espósito no elenco.

Na história, três casais estão à espera da psicóloga no consultório, mas descobrem que ela não virá. Em um envelope, há apenas instruções da terapia que devem conduzir em grupo. A peça estreia nesta sexta (17), no Tuca, em Perdizes, São Paulo, com direção de Marco Antônio Pâmio, além de cenário e figurino de Fábio Namatame. O texto é o primeiro do argentino Matías Del Federico, adaptado e dirigido originalmente por Daniel Veronese.

Fagundes conversou com o Blog do Arcanjo do UOL sobre seu novo espetáculo em família. Leia com toda a calma do mundo.

Cena da comédia “Baixa Terapia”, em cartaz no Tuca, em São Paulo – Foto: Caio Gallucci

Miguel Arcanjo Prado – Por que você escolheu montar este espetáculo?
Antonio Fagundes – Fazia mais de dez anos que eu não fazia comédia. Comecei a dar uma olhada para trás no meu currículo e vi que as últimas três ou quatro peças que fiz e que ficaram bastante peças em cartaz não eram comédias. Podia uma ou outra ter humor, mas não eram comédias abertas, como é “Baixa Terapia”. “Baixa Terapia é uma comédia deliciosa e muito engraçada. E que está com um elenco muito gostoso, a gente se diverte dentro e fora do palco. Essa foi uma das razões principais para eu montar essa peça, além do que é uma dramaturgia excelente, é a primeira peça do dramaturgo argentino Matías Del Federico. E tem uma adaptação do Daniel Veronese, que é um diretor famoso na Argentina e dirigiu esse espetáculo por lá. Enfim, a peça tem todas as qualidades de uma boa comédia e eu tenho a certeza que vai agradar em cheio ao público.

Antonio Fagundes – Foto: Caio Gallucci

Miguel Arcanjo Prado – Como é trabalhar com o filho e a ex-mulher no teatro? Dá certo trabalhar em família?
Antonio Fagundes – Trabalhar em família… Aí a gente tem de falar: depende da família, né? Porque se a família se der bem é uma maravilha, como é o nosso caso, a gente está sempre junto dentro ou fora do palco e dentro fica melhor ainda, porque a gente exercita uma outra faceta nossa, que é a profissional, juntos. Com o Bruno já é a terceira peça que eu faço com ele. A gente já tinha combinado mesmo de fazer pelo menos três peças juntos. E já estamos na terceira. E está sendo muito gostoso como sempre. Trabahar com a Mara, já trabalhei muito com ela também. E agora estou trabalhando com a Alexandra Martins, que é a minha mulher, que está na peça. A tradução é de uma ex-mulher, a Clarisse Abujamra. Então, é uma beleza! A nossa companhia chama Teatro Em Família; e não é à toa.

Miguel Arcanjo Prado – Você já tem algum projeto novo na TV? Qual? O que pode adiantar?
Antonio Fagundes – Nos últimos seis, sete anos, em televisão, eu realmente não parei. Emendei um trabalho no outro. E eu comecei a ficar com medo de o público enjoar só de ouvir falar de mim. Então, estou dando um tempinho na televisão agora. Isso vai ser bom para mim e bom para o público também.

“Baixa Terapia”
Quando: Sexta, 21h30, sábado, 20h, domingo, 19h. 80 min.
Onde: Tuca – Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes, São Paulo, tel. 11 3670-8455
Quanto: R$ 60 (sexta), R$70 (domingo) e R$ 80 (sábado)
Classificação etária: 14 anos
Obs. Sessões com acessibilidade para deficientes auditivos e visuais: 29/04, 27/05, 24/06 e 29/07. Sempre o último sábado do mês (Intérprete de LIBRAS Mirian Caxilé e áudio descrição e tablets com legenda da Steno do Brasil)

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