Por Miguel Arcanjo Prado
O assédio às mulheres, assunto dos últimos dias depois do caso José Mayer, também está nos palcos de São Paulo em um espetáculo gratuito. O grupo As Meninas do Conto apresenta uma versão contemporânea dos contos de “As Mil e Uma Noites”, com foco na opressão feminina.
É a peça “Mil Mulheres e Uma Noite”, que está em cartaz na Oficina Cultural Oswald de Andrade (r. Três Rios, 363, metrô Tiradentes), em São Paulo. As sessões são sexta e sábado, 20h, até 22 de abril. Os ingressos podem ser retirados 30 minutos antes da peça começar, mas é bom chegar cedo, pois são só 40 lugares.
Eric Nowinski dirige a dramaturgia de Cassiano Sydow Quilici, que tem direção musical de Fernanda Maia. Na montagem, Sheerazade precisa entreter o rei para salvar a própria vida e acaba abraçando histórias de mulheres de hoje nos contos apresentados.
“É um livro de tradição oral com histórias milenares dos mais variados gêneros, e ao cruzarmos com histórias de opressão feminina exercitamos o processo de educação e transformação, que é a função do conto, em sua essência. O ato de parar para ouvir, exercitar a imaginação e se colocar no ponto de vista do outro”, afirma a atriz Simone Grande.
O diretor garimpou em recortes de jornais e em sites histórias de violência contra as mulheres. “Nos deparamos diariamente com notícias sobre abuso, injustiça e violência de gênero. É preciso seguir dando voz às mulheres”, defende Eric Nowinski.
Estão no elenco Danielle Barros, Helena Castro, Lilian de Lima, Lívia Salles, Norma Gabriel, Silvia Suzy e Simone Grande.
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