Por Miguel Arcanjo Prado
A notícia da morte do cantor Belchior, aos 70 anos, no Rio Grande do Sul, na noite deste sábado (29), repercute em todo o país e comove, em especial, o jornalista Kerison Lopes, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Minas Gerais.
Fã do ídolo, ele foi criador do bloco Volta Belchior, que desfilou pela primeira vez no Carnaval de Belo Horizonte neste ano, pedindo a volta do cantor com muita folia pelas ruas do tradicional bairro belo-horizontino de Santa Tereza, o mesmo onde foi criado o Clube da Esquina.
Ao saber, neste domingo (30), da morte do ídolo, o jornalista ficou inconsolável.
“A notícia mais triste que poderíamos receber. Criamos o bloco com a expectativa de presenciar sua volta, recebendo-o de braços e corações abertos. Hoje, descobrimos que ele não volta mais! Mas, temos a certeza que para nós ele jamais vai partir”, fala Kerison Lopes, emocionado, ao Blog do Arcanjo do UOL.
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Belchior, que morreu aos 70 anos, resolveu ficar recluso nos últimos anos de vida – Foto: Divulgação/1977
Na época do Carnaval, Lopes chegou a confessar ao UOL que tinha esperança de que o cantor cearense compositor de “Como Nossos Pais” aparecesse no desfile, onde suas músicas foram entoadas em ritmo carnavalesco por fãs nostálgicos da presença do eterno rapaz latino-americano. Contudo, recluso no sul e avesso à mídia, Belchior não deu as caras.
“Belchior sempre se diferenciou de outros artistas que aderiram ao sistema, pois ele sempre atuou com integridade, nunca aceitando fazer concessões à indústria cultural. O seu rompimento com tudo e seu refúgio é mais uma prova disso”, falou o criador do bloco ao UOL dias antes do desfile.
Lopes garante que o bloco não vai acabar. “Agora, mais que nunca vamos investir no bloco, que passa a ser uma grande homenagem para aquele que nos encantou durante a sua vida”, afirma.
O Bloco Volta Belchior anunciou homenagem ao ídolo às 18h deste domingo (30), no Santa Praça, na praça de Santa Tereza, em BH.
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