Por Miguel Arcanjo Prado
Artistas do teatro se reuniram na noite desta segunda (24), na sede da Cia. do Feijão, no centro de São Paulo, para elaborar estratégias que garantam o cumprimento, pela Prefeitura de São Paulo, da Lei de Fomento ao Teatro, criada em 2002, e também do Prêmio Zé Renato, criado em 2014. Ambas contemplam projetos teatrais na capital paulista com recursos públicos para seus desenvolvimentos e apresentações.
Segundo os artistas, os 12 coletivos aprovados no último Fomento ainda não receberam a primeira parcela do pagamento do edital do primeiro semestre. A Prefeitura, de acordo com os artistas, afirmou não ter verba após congelamento de quase metade do orçamento da pasta da Cultura. Os artistas ainda reivindicam o lançamento do edital do Prêmio Zé Renato referente ao primeiro semestre deste ano.
“A Lei de Fomento ao Teatro e a Lei Prêmio Zé Renato são políticas de Estado que foram votadas na Câmara Municipal e passaram por inúmeras comissões, além de audiências públicas, como pede um regime que se diz republicano. Portanto, a obrigação do executivo é antes de tudo executar e cumprir a Lei”, fala o presidente da Cooperativa Paulista de Teatro, Rudifran Pompeu.
Importância dessas políticas públicas
Ele lembra que ambas são fundamentais para o teatro paulistano. “Essas políticas têm uma importância enorme na consolidação dos avanços para o teatro e a cultura da cidade, pois surgiram justamente para fortalecer um setor que se relaciona diretamente com o universo da pesquisa continuada, no caso do Fomento, e da produção e circulação de pequenos e médios produtores no caso do Prêmio Zé Renato”, lembra Pompeu. “Não à toa foram votadas por unanimidade e com o apoio de todas as legendas que compunham a câmara paulistana”, complementa.
Desde 2002 o Programa Municipal de Fomento ao Teatro já apoiou 433 projetos de 147 núcleos artísticos em 29 edições. Já o Prêmio Zé Renato, que já contou com cinco edições, apoiou 112 projetos artísticos.
“Essas leis têm servido como referência em vários países do mundo e representam um dos maiores avanços na história das artes nesse país e precisam ser ampliadas e nunca desmontadas e sucateadas. O papel do executivo é justamente de esforçar-se para que sejam executadas”, finaliza o presidente da Cooperativa Paulista de Teatro.
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