Laila Garin volta a Elis em show e vive Clara Nunes no cinema
Famosa por ter sido Elis Regina no espetáculo “Elis, a Musical”, a cantora e atriz Laila Garin mergulha no repertório da Pimentinha.
Sua interpretação no musical lhe rendeu os principais prêmios teatrais de melhor atriz, como o APCA e o Shell em 2014.
Ela faz o show “Laila Garin e a Roda Cantam Elis” na próxima terça (6), às 21h, no Teatro Porto Seguro, em São Paulo.
Filha de pai francês e mãe baiana, a artista soteropolitana já participou de novelas na Globo como “Babilônia” e “Rock Story”.
No momento, se prepara para a estreia nas telonas como outra importante cantora da MPB: Clara Nunes, no filme “Chacrinha: O Velho Guerreiro”.
Laila Garin conversou com exclusividade com o Blog do Arcanjo do UOL. Falou sobre o show, o filme e seus próximos projetos na TV.
Leia com toda a calma do mundo.
Miguel Arcanjo Prado — Já faz tempo que você vem cantando Elis. Hoje o repertório dela mexe com você de alguma forma diferente?
Laila Garin — Sim. Eu dei um tempo depois do musical, mas bateu saudade e uma sensação de liberdade que me permitiu cantá-la.Além dos pedido dos troféu do Beco das Garrafas e do público. Acabamos de lotar o Teatro Riachuelo, no Rio. Gente voltando sem conseguir entrar. Hoje, canto como eu mesma, Laila, cantora. Algumas músicas vêm com cheiro de Elis e não me censuro, deixo vir. Principalmente nas poucas que canto no show que cantava no musical. Mas não busco Elis, ela está ali no espaço entre o público e eu e a banda, na memória, na seleção das músicas, na nossa história. Eu busco o que busco em todo show em toda música que canto, cantar viva, cantar como se a música brotasse ali no presente como se fosse a primeira vez, ou a última vez. É o repertório de pérolas, de obras primas, quero deixar estas músicas passarem por mim e me transformar, deixo a musica se revelar. Poetas são mensageiros dos deuses e os intérpretes são leitores destas mensagens. A gente lê o poema pro público. Só precisamos não atrapalhar.
Miguel Arcanjo Prado — No Brasil sempre houve muito preconceito com uma artista ser cantora e atriz. Você conseguiu superar isso. Qual o segredo?
Laila Garin — Ah é? Teve este preconceito? Só sei do preconceito antigo, que ambas as profissões eram coisa de puta. Eu, então, sou ao quadrado.Miguel, não tem segredo. Eu simplesmente não tenho alternativa. Se eu não cantar eu morro. Se eu não atuar eu morro duas vezes. Que bom que compartilho isto e isto dá prazer e emoção também para quem ouve.
Miguel Arcanjo Prado — Como foi viver Clara Nunes no cinema no filme “Charinha”?
Laila Garin — Foi uma honra ser convidada para viver a Clara Nunes no filme do Chacrinha. Foi lindo e séra lindo! Do repertório dela Eu amo “Canto das Três Raças”, que tem uma força ancestral.
Miguel Arcanjo Prado — E novidades na TV?
Laila Garin — Ah… ainda não posso falar. Ano que vem volto à TV aberta. E neste ano estou na segunda temporada de “3%” na Netflix.
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