Karin Roepke celebra volta à TV e estreia no cinema

A atriz Karin Roepke está no filme A Superfície da Sombra e na série Chuteira Preta – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo/UOL
Karin Ropke vive um 2018 movimentado. Após fazer sucesso nos palcos em 2017 com a peça “Marido Ideal”, a atriz brasiliense radicada no Rio e com passagem anterior por São Paulo celebra a volta à TV, na série “Chuteira Preta”, de Paulo Nascimento, prevista para o segundo semestre no canal pago Prime Box Brasil, e a estreia no cinema do filme “A Superfície da Sombra”, também de Paulo Nascimento, em 31 de maio.
Na série, interpreta a ambiciosa e vingativa Flávia, ex-mulher do jogador de futebol protagonista vivido por Márcio Kieling. Já no longa, o segundo de sua carreira, é Antonella, mulher de um atirador de facas cego em um circo.
A atriz, que é casada com o também ator Edson Celulari, já esteve antes na Globo na série “A Vida Alheia” e na novela “Aquele Beijo”, ambas de Miguel Falabella, com quem fez também a primeira versão do musical “Os Produtores”.
Karin conversou com o Blog do Arcanjo no UOL sobre este intenso e celebrado momento com tanto trabalho. Leia com toda a calma do mundo.
Miguel Arcanjo Prado – Dia 31 de maio agora você estreia o filme “A Superfície da Sombra” e no segundo semestre a série “Chuteira Preta”. Está feliz em fazer TV e cinema ao mesmo tempo?
Karin Roepke – Sim, muito! O filme “A Superfície da Sombra” é baseado no romance do Tailor Diniz. É um thriller onírico vivido entre o que é realidade e o que não é . A minha personagem, Antonella, é a mulher do cego atirador de facas do circo. Uma personagem misteriosa e emocionalmente instável. Foi por causa da minha participação nesse filme que o Paulo escreveu a Flávia, personagem do “Chuteira Preta”, para mim. O universo que o Paulo Nascimento criou, tanto no Superfície da Sombra como no Chuteira Preta, ampliaram a minha percepção de mundo e sentimentos. Personagens fortes que enriqueceram a minha forma de experienciar a vida. Só tenho a agradecer por participar de projetos tão interessantes.
Miguel Arcanjo Prado — Como é voltar à TV na série “Chuteira Preta”?
Karin Roepke — É um desafio maravilhoso. A liberdade de dramaturgia que as séries proporcionam resulta em tramas elaboradas, personagens complexos e um ritmo diferente de narrativa. “Chuteira Preta” tem essas qualidades. Fazer uma personagem com o universo rico é um paraíso para todo ator, e a Flávia, minha personagem, tem sido uma escola de vida pra mim.
Miguel Arcanjo Prado – Quem é a Flávia, sua personagem em “Chuteira Preta”?
Karin Roepke – Minha personagem é a Flávia, ex-mulher do Kadu, o protagonista da série, interpretado pelo Márcio Kieling. Ela é a típica ex-mulher problema, quase uma mulher bomba! [risos] Com uma personalidade impulsiva e manipuladora, ela inferniza a vida do Kadu pra atingir seus objetivos. É uma delícia fazer um personagem que transita além do limite do bom senso e na irreverência da normalidade.

Karin Roepke é a ambiciosa e vingativa Flávia, ex-mulher do jogador de futebol vivido por Marcio Kieling na série Chuteira Preta – Foto: Gilberto Perin/Divulgação – Blog do Arcanjo/UOL
Miguel Arcanjo Prado – Como foram as filmagens no Rio Grande do Sul de “Chuteira Preta”?
Karin Roepke – Eu digo que já faço parte da família Accorde Filmes, a produtora. Fiz o longa-metragem “A Superfície da Sombra” com eles e a equipe de trabalho é a mesma há alguns anos. O clima de amizade resulta em um bom convívio e isso aparece no trabalho. Dizemos, no teatro, que se existe uma boa coxia, o espetáculo acontece. Com a câmera, acho que é a mesma coisa. A liberdade de criação que o diretor, Paulo Nascimento, instala, faz a criatividade fluir e a arte acontecer cena a cena.

Bastidores de Chuteira Preta: o diretor Paulo Nascimento, o ator Zé Vitor Castiel e a atriz Karin Roepke nas filmagens da série prevista para o segundo semestre no canal Prime Box Brazil – Foto: Gilberto Perin/Divulgação – Blog do Arcanjo/UOL
Miguel Arcanjo Prado – Como foi jogar com os colegas de elenco da série?
Karin Roepke – O Seymour Hoffman tem uma frase que diz que um personagem também existe através do olhar dos outros personagens. Eu tenho colegas generosos que fazem a Flávia ser real e extremamente humana, nos deixamos afetar, isso é essencial pra contar uma boa história.

Karin Roepke em 6 momentos, em sentido horário: no musical Garota Glamour, de Wolf Maya (2007), no musical Os Produtores com Miguel Falabella (2008), no musical Hairspray, ao lado de Danielle Winits (2009), na série A Vida Alheia na Globo, ao lado de Paulo Vilhena (2010), na novela Aquele Beijo, de Miguel Falabella (2012) e na peça Marido Ideal (2017) – Fotos: Divulgação – Blog do Arcanjo/UOL
Miguel Arcanjo Prado – Você fez o musical “Os Produtores” há 11 anos, que agora está de volta. Pretende assistir? Ficará com o coração doendo por não estar no palco?
Karin Roepke – “Os Produtores” foi um musical que marcou minha vida, ali fiz grandes e verdadeiros amigos que permanecem até hoje. Foi em “Os Produtores”, também, que conheci o Miguel Falabella. Foi ele que escreveu pra mim meu primeiro personagem pra TV: a Olívia de “A Vida Alheia” e a Alana de “Aquele Beijo”, as duas da TV Globo. Ele me fez descobrir a sutileza e a maravilha do audiovisual, sou muito grata a ele. Em “Os Produtores” eu vivi minha profissão de uma forma muito intensa e feliz, mas não me imagino em outro lugar hoje, que não seja no set do “Chuteira Preta”. Foco total na Flávia!
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