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Nego do Borel e Jojo Todynho mostram que sem LGBTs não há sucesso pop

Nego do Borel e Jojo Todynho flertam com LGBTs: dois lados de uma mesma moeda polêmica em busca do sucesso pop? – Foto: Divulgação – Blog do Arcanjo – UOL

Esta semana dois novos videoclipes deram o que falar por tratarem da temática LGBT: os novos trabalhos de Nego do Borel, “Me Solta”, e de Jojo Todynho, “Arrasou, Viado”.

Nego do Borel surge no clipe como a personagem Nega da Borelli, travesti inventada pelo próprio. No trabalho, ela lacra no baile do morro, beijando de forma libidinosa um rapaz.

Já Jojo Maronttinni faz uma espécie de hit para louvar os “viados” e combater o preconceito. Em vez de personagem, ela deu espaço a ícones reais da comunidade LGBT.

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O clipe de Nego causou forte rejeição entre muitos membros da comunidade LGBT, que o acusaram de ser oportunista e estar atrás do “pink money”, o poder de compra (e de difusão) dos gays.

Afinal, junto do surgimento do clipe foi desenterrada uma foto do cantor ao lado de um candidato que já disse falas racistas, machistas e homofóbicas.

Depois da polêmica, Nego do Borel, que traz no próprio nome artístico sua etnia e sua origem social pobre, ele veio a público afirmar que não é eleitor do tal político”, dizendo ter feito a foto apenas “por educação”, o que não convenceu a muitos.

Assim, continuou recebendo acusações de usar a causa LGBT como forma de promoção para sua carreira, sem ter a mínima relação com ela ou defendê-la de verdade.

Coisa que Jojo afirma fazer desde sempre. Talvez, por isso, seu novo clipe tenha sido recebido de forma mais positiva, mesmo também com gente na internet dizendo que a cantora estaria se “escorando” nos gays para manter-se no sucesso.

É importante ressaltar que no fim de seu clipe Jojo brada: “Respeita a história do movimento LGBT!”, deixando evidente o seu apoio à causa.

Contudo, o que mais chama a atenção é a coincidência de o clipe de Jojo, lançado poucos dias depois do de Nego, funcionar como uma resposta ao mesmo.

Uma mente mais maquiavélica poderia pensar que os trabalhos dos funkeiros são os dois lados de uma mesma moeda polêmica para impulsionar a visualização de ambos.

Teorias da conspiração à parte, fato é que os dois clipes evidenciam algo que o mercado musical sabe muito bem, sendo hipócrita ou verdadeiro em suas reais intenções: sem a comunidade LGBT ninguém faz um sucesso pop.

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