Com famoso Fígaro, O Barbeiro de Sevilha abre ano no Theatro Municipal
Famosa pelo trecho que diz “Fígaro, fíííígaro”, a ópera cômica “O Barbeiro de Sevilha”, de Gioachino Rossini, é a escolhida para abrir a temporada 2019 do Theatro Municipal de São Paulo, na praça Ramos de Azevedo, centro da capital paulista, onde o icônico espetáculo não era encenado desde 1995.
Com direção musical de Roberto Minczuk, direção cênica de Cleber Papa e figurinos e cenários assinados por José de Anchieta, o lendário espetáculo tem sessões nos próximos dias 14,15,16,19,20 e 21 de fevereiro, às 20h, e no dia 17 às 18h. Os ingressos para ver a produção de duas horas e meia em dois atos variam de R$ 20 a R$ 120.
“O Barbeiro de Sevilha” promete divertir o público com algumas das canções mais emblemáticas e populares da ópera mundial, parodiada até mesmo pelo desenho “Pica-Pau”.
A história narra o amor do Conde de Almaviva por Rosina. Porém, a jovem tem um tutor, Dr. Bartolo, que a mantém presa dentro de casa, cercada por criados e músicos. Para se aproximar da amada, Almaviva passa a contar com a ajuda de Fígaro, que vende perucas para Rosina e faz o cabelo e a barba de Bartolo. A partir disso, surgem vários planos mirabolantes e hilários que divertem o público há séculos.
O barítono Michel de Souza será Fígaro, dividindo o papel com David Marcondes, integrante do Coro Lírico Municipal de São Paulo. O jovem tenor norte-americano Jack Swanson faz sua estreia na América Latina como Conde de Almaviva. Dentre os estreantes em ópera no Theatro Municipal de São Paulo estão Anibal Mancini (Conde de Almaviva) e as sopranos Débora Dibi e Denise Yamaoka, que se revezam no papel de Berta.
Como o Dr. Bartolo, está o baixo Sávio Sperandio, que já interpretou o mesmo personagem no Teatro Colón, em Buenos Aires (2005), no Festival de Ópera de Ercolano/Itália (2007) e no Teatro Real de Madrid (2008). Em noites alternadas, o cantor Saulo Javan assume o papel. Ele já se apresentou no Theatro Municipal de São Paulo em óperas como “La Bohème” e “Salomé”.
Cleber Papa diz que a nova montagem traz mais peso para personagens antes considerados secundários. “Não estamos reinventando a ópera, mas criando situações que se ajustam perfeitamente à maneira de contar a história proposta pelo compositor. Trouxe a minha versão das razões que levam o personagem Ambrogio ser tão sonolento e ampliei a presença cênica da Berta, uma criada que ganha outras dimensões no espetáculo”, avisa.
Os 75 figurinos prometem chamar a atenção do público com uma pegada circense. “Não procurei me ater a 1890, 1870. Eu mesclei! Trouxe um pouco mais pra trás e avancei em algumas coisas pra não ficar preso a uma época”, conta José de Anchieta.