Fernanda Gentil fala de futuro programa na Globo: “carinho nos brasileiros”
Dona de farto carisma, espontaneidade e um dom para se comunicar diretamente com o público de forma clara, Fernanda Gentil em pouco tempo se tornou um dos nomes mais queridos e admirados da televisão brasileira.
Tanto que sua carreira acaba de ganhar novos voos, já que ela saiu do jornalismo da Globo para ganhar programa próprio na área de Entretenimento da emissora, atração ainda em gestação.
Neste sábado (30), ela vive em Curitiba um novo desafio: sua estreia no teatro, com o espetáculo solo “Sem Cerimônias”. São três sessões, duas neste sábado, às 19h e 21h, e uma no domingo (31), às 17h, com ingressos esgotados. A obra abre o festival que celebra os 15 anos do Teatro Ebanx Regina Vogue, um dos principais palcos do Paraná, que terá 30 diferentes sessões de outros espetáculos até o fim de abril.
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Foi com o frio na barriga poucas horas antes da estreia e com muita simpatia e simplicidade que Fernanda recebeu o Blog do Arcanjo no UOL na plateia do teatro para esta entrevista exclusiva. Falou sobre sua aventura nos palcos, as novidades na Globo e também de ser um exemplo contra qualquer tipo de preconceito. “Não é a carcaça que vale, mas a essência”, diz.
Leia com toda a calma do mundo.
Miguel Arcanjo Prado – Como é que surgiu você no teatro em “Sem Cerimônia”? Como é essa história de ser atriz?
Fernanda Gentil – Não foi assim nada calculado, assim, pensado, agora que saí do Esporte eu vou fazer [a peça]. Eu já tinha esse projeto, a semente. Não tenho pretensão de ser atriz, longe de mim. Quero me comunicar com as pessoas, de uma forma leve, humorada e que diga coisas importantes também. Por isso “Sem Cerimônia” nenhuma, sem papas na língua, com um português claro, direto, mensagens retas, objetivas. Tem muita leveza, tem muito humor, mas tem umas pancadinhas também, tem vários momentos de reflexão. É uma experiência para rodar pelo Brasil, tocando as pessoas, se Deus quiser, e fazendo o pessoal refletir. É um momento que a gente apanhou muito, no Brasil, no mundo, tem muita notícia ruim. A vontade é fazer um carinho aquecendo o coração das pessoas, o que para mim é uma satisfação imensa.
Miguel Arcanjo Prado – Eu sei que o espetáculo está estreando com ingressos esgotados.
Fernanda Gentil – Não repete isso que eu fico nervosa [risos].
Miguel Arcanjo Prado – Estou sabendo que você já tem convites para viajar com a peça…
Fernanda Gentil – Já temos lugares fechados. Temos Londrina, Maringá, Niterói, Brasília… Curitiba é largada total oficial, três sessões.
Miguel Arcanjo Prado – Fazer essa peça faz parte desse novo projeto de carreira, que é essa migração para o entretenimento? Você deixa o jornalismo e vai para o entretenimento porque quer conversar com as pessoas de pertinho?
Fernanda Gentil – Não foi nada calculado, pensado. Tipo, agora que saí do esporte vou fazer. Já tinha esse projeto comigo, pensava em fazer uma palestra, enfim, alguma coisa que eu pudesse agradecer mais ao publico por tudo que ele me deu, porque sempre fui muito recebida de braços abertos. Encontro as pessoas nas ruas e elas sempre têm muito carinho. E eu faço isso muito nas redes sociais, passo mais leveza, humor, olhar de forma positiva as coisas. Tinha essa vontade de fazer isso em larga escala. Nesse encontro com o Léo Fuchs, que é meu amigo, a gente realizou um pouco do sonho dos dois. Ele de fazer mais uma peça e eu colocar isso na estrada. Tem quase um ano que falamos sobre isso. Esfriou, esquentou. Acabou que nesse momento estava mudando na Globo e fiquei com agenda para fazer. Foi tudo sincronizado sem querer.
Miguel Arcanjo Prado – E qual o seu futuro na Globo?
Fernanda Gentil – Meu futuro na Globo é também, tomara, pegar esse canhão imenso que é fazer um produto leve, gostoso, descontraído, com informação, mas eu acho que temos muito essa missão como comunicador. Eu, você e outros colegas jornalistas de uma forma geral, a gente como comunicador precisa fazer um pouco de carinho nesses brasileiros. A gente passou por muitos momentos de dor, muita tragédia, nesse início de ano então, nem se fala. Então, quando a gente tiver um canhão na mão que a gente use isso para o bem, para levantar o astral geral.
Miguel Arcanjo Prado – Tem algo concreto para seu programa na Globo, data, previsão de lançamento, horário?
Fernanda Gentil – Nada concreto [risos]. Por enquanto tudo no plano das ideias, por enquanto só “Sem Cerimônia” na peça.
Miguel Arcanjo Prado – Você inspira muita gente a combater o preconceito nesse país, coisa que tem de acabar. Como você se sente sendo espelho para tanta gente?
Fernanda Gentil – Fico feliz. Sei que sou inspiração, muitas vezes exemplo. Mas tenho um pouco de preocupação de ser exemplo, não tenho essa pretensão, porque isso é meio traiçoeiro, porque ninguém é exemplo de nada 100%. Somos de carne e osso. Quem olhe para mim e veja algo positivo que queira levar para frente, ótimo. Tento muito fazer isso, tento muito realmente arcar com meus valores, princípios, consciência, que é meu guia. Se ela tá batendo com muitas pessoas, ótimo. Fico feliz de levar comigo pessoas do bem, positivas, para frente. Sobre preconceito não há mais espaço. Estamos em 2019, tento muito, sim, combater isso, mostrar que somos iguais. Para mim a melhor bandeira é a naturalidade, eu vivo naturalmente com as minhas escolhas, com as minhas companhias. Não é a carcaça que tem de dizer quem é a pessoa e sim a essência dela.
Agradecimentos: Augusto Tortato, Maximilian Santos e Michele Marreira.
Enviado especial a Curitiba, no Paraná, o colunista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.