Um dos grupos mais potentes e efervescentes da capital paranaense, a Selvática Ações Artísticas já é um dos destaques do 28º Festival de Curitiba com sua “Selva – Mostra de Artes Degeneradas”,.
A inventiva programação repleta de drags e feministas começou na última quarta (27) e termina neste domingo (31), com “Momo: O Anarquista Coroado”, solo de rua com Ricardo Nolasco.
Ele também assina a direção de produção da mostra do grupo que tem sete anos de atividades ininterruptas com pesquisa artística que transita entre teatro, dança, performance, música, com pendor para a linguagem do cabaré.
Chamaram a atenção do público o show da atriz e cantora Simone Magalhães, com o questionador título “Por que Não Tem Paquita Preta?”, e o da banda punk feminista Horrorosas Desprezíveis, sucesso no último festival Psicodália, que apresentou em Curitiba sua “Opereta em 50 ml”.
Já Semy Monastier apresentou o solo “Fracassei em Dar um Título para Este Trabalho”, enquanto que a dupla Leo Bardo e Matheus Henrique apresentou “Onça#4”. Gabriel Machado investiu no solo “Mil Besos”, e Victor Hugo, por sua vez, no solo “Pirataria”, enquanto que Francisco Mallmann apresentou seu solo “América”.
A programação ainda contou, entre outras performances, com “A Problemática Anarco-Afetiva”, com Amira Massabki e Patricia Cipriano, esta última uma das atrizes mais interessantes de sua geração.
Jo Mistinguett apostou na sua “Orquestra”. Já “Mamãe Quero Ser Caricata”, na abertuar de “Selva”, reuniu boa parte da trupe em um psicodélico festival de dublagens sob comando de Etruska Waters e Zaira Zarathustra, que alegrou o público no TUC, o subterrâneo Teatro Universitário de Curitiba, no túnel que liga a Catedral ao largo da Ordem, no centro histórico da capital paranaense. Mais underground, impossível.
Enviado especial a Curitiba, no Paraná, o colunista Miguel Arcanjo Prado viajou a convite do Festival de Curitiba.