Ex-paquita Pituxita e Joana D’Arc reforçam importância do bom jornalismo
Dois casos chamaram a atenção da imprensa e da sociedade nos últimos dias, reforçando a importância do bom jornalismo, fruto de cuidadosa apuração.
O primeiro foi o da ex-paquita Ana Paula Almeida, a Pituxita. No mês passado, ela surgiu em prantos e com cortes no corpo em um emocionado vídeo no Instagram, no qual acusou o marido de violência doméstica.
Boa parte da sociedade e da imprensa comprou a versão da mulher, supostamente vítima. Até Xuxa ficou sensibilizada, e ofereceu proteção à ex-colaboradora.
Contudo, um vídeo divulgado com exclusividade pelo Blog do Leo Dias aqui no UOL tornou frágil a versão da ex-paquita, já que nas imagens ela surge, supostamente, se automutilando. Agora, a Justiça segue em busca da verdade.
Outro caso polêmico foi o da cientista brasileira Joana D’Arc Félix de Sousa, doutora na Unicamp de origem pobre e que afirmava ter feito pós-doutorado em Harvard e ter entrado na faculdade aos 14 anos.
Entretanto, reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo assinada por Felipe Resk e Renata Cafardo nesta quarta (15) mostrou que as duas informações do currículo da doutora eram falsas, bem como o diploma da universidade norte-americana e até mesmo a idade que a pesquisadora informou ter à reportagem.
Por pouco, Joana não foi interpretada no cinema por Taís Araújo, que recusou o papel no filme biográfico por não ter a pele tão escura quanto à da cientista, em nome da representatividade negra. Por ironia do destino, Taís acabou se livrando de um constrangimento maior, já que a personagem, após uma boa reportagem, deixou longe dela o posto de heroína.
Tanto Pituxita quanto Joana D’Arc acabaram, de certo modo, reiterando para todos nós que, mesmo tão combalido ultimamente, o bom jornalismo é imprescindível diante de qualquer história.