Márcio Kieling vive astro do futebol atormentado na série Chuteira Preta
Quando era guri, como chamam os garotos no Rio Grande do Sul, o ator Márcio Kieling jogou nas categorias de base do Internacional e do Grêmio. Tantos anos depois, ao protagonizar a série “Chuteira Preta”, como o astro do futebol Kadu, o artista gaúcho volta às suas origens.
Filmada em Porto Alegre, a série de Paulo Nascimento estreia neste sábado (13), às 21h, no canal por assinatura Prime Box Brazil. Serão 13 episódios nesta primeira temporada, exibidos diariamente sempre às 21h, de 13 a 25 de julho.
Em foco os bastidores do mundo do futebol, com suas glórias e fracassos, conquistas e vinganças.
Kieling conversou com exclusividade com o Blog do Arcanjo no UOL sobre este importante momento de sua carreira e conta que acompanhou de perto o recente escândalo envolvendo o jogador Neymar, episódio semelhante ao que acontece também na série: “A vida imita a arte ou a arte imita a vida?”, diz. Leia e entrevista:
Miguel Arcanjo Prado — Como você compôs seu personagem? Qual foi o maior desafio de fazer o jogador Kadu?
Márcio Kieling — Os desafios desse personagem eram dois, ao meu ver. O primeiro, enquanto ator, era me adaptar a uma nova interpretação, que é usada para as séries. O outro foi entrar no psicológico dele. É um jogador de alto nível, premiado, com passagens de sucesso em times da Europa. Quando volta ao Brasil, ele perde a mãe e não consegue manter o mesmo nível de atuação. Começa então a entrar num declínio psicológico até chegar a usar remédios e passar por questionamentos da carreira. A composição do Kadu foi o lado mais “fácil”, pois sou apaixonado por futebol. Já passei pelas categorias de base do Internacional e do Grêmio, ambos de Porto Alegre, minha cidade de origem, então esse meio é bastante familiar. Também tenho amigos jogadores que converso bastante sobre os bastidores e carreira dessa apaixonante, competitiva e difícil profissão. A exigência e a cobrança estão no limite do corpo e da mente.
Miguel Arcanjo Prado — Você acompanhou o Caso Neymar? Pensou na série enquanto via essas notícias?
Márcio Kieling — Sim, o mundo acompanhou. Para mim e muitas pessoas, essa situação não é nenhuma novidade. Já aconteceu esse mesmo caso no meio futebolístico e artístico. Mas com esse jogador a proporção se tornou estratosférica por ser um atleta de nível mundial. O que eu pensei quando aconteceu esse caso foi: “A vida imita a arte ou a arte imita a vida?”. No caso da nossa série, tivemos uma “premonição” do que viria a acontecer na vida real.
Miguel Arcanjo Prado — Você acha que o mercado de séries vai passar a ser o centro da teledramaturgia em breve?
Márcio Kieling — Sim, acho. A forma como vemos o mundo mudou. As informações estão muito rápidas e passageiras. As pessoas estão mais exigentes e também não querem ficar presas a um horário específico e por muito tempo. Querem ter a liberdade de assistir ao seu programa preferido quando e onde quiserem. A novela no Brasil é/era um costume cultural que está perdendo espaço cada vez mais para as séries.
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