Mariana Aydar lança novo show nesta sexta: “O forró agoniza, mas não morre”
A cantora Mariana Aydar faz o primeiro show de sua turnê “Veia Nordestina” nesta sexta (26), às 22h, na Casa Natura Musical (r. Artur de Azevedo, 2134), em São Paulo com ingressos entre R$ 25 e R$ 120. No palco com cenário e figurinos inspirados na obra da artista pernambucana Dani Acioli, ela surge acompanhada de Cosme Vieira na sanfona, Feeh Silva na zabumba, Bruno Marques na MPC e SPD, Rafa Moraes na guitarra, Magno Vito no baixo e synthbass. Ela conversou com exclusividade com o Blog do Arcanjo sobre o novo projeto.
Miguel Arcanjo Prado – Como começou sua relação com o forró?
Mariana Aydar – Eu conheço forro há muito tempo, porque minha mãe trabalhava com Luiz Gonzaga quando eu era bem pequena, tinha seis anos. Eu o amava, achava uma figura maravilhosa e, por causa da minha curiosidade de saber o que que aquele cara cantava, eu me deparei com o forró e ele me pegou de jeito logo no começo. Depois, quando o forró chegou a São Paulo, com força, no final dos anos 1990, eu só queria saber de dançar forró!
Miguel Arcanjo Prado – O que é o forró pra você?
Mariana Aydar – Forró pra mim e um estilo de vida, tenho muitos amigos no forró, minha filha é fruto do forró. Eu aprendo muito no forró, é uma grande família mesmo. O forró também é um modo de vida!.
Miguel Arcanjo Prado – Acha que o Brasil não valoriza como deve o forró?
Mariana Aydar – O forró nunca, a meu ver, foi valorizado como deveria. Acho que o forró sempre quase cai, mas também não cai… Porque quem ama o forró, ama com muita força, então nunca deixa essa peteca cair. Eu estou aqui inclusive falando com você, Miguel, direto de Itaúnas [norte do Espírito Santo], que é a terra do forró. Aqui o forró é muito vivo e cada vez tem mais gente. Eu estou participando do Festival de Forró de Itaúnas, com zabumbeiros, trianguleiros do Brasil todo e do mundo todo. O forró está se difundindo muito para o resto do mundo, tem muitas escolas de forró na Alemanha, em Lisboa, na Argentina, em Stuttgart… O forró agoniza mas não morre.
Miguel Arcanjo Prado – Como avalia a fase atual do forró?
Mariana Aydar – Acho que hoje estamos vivendo uma boa fase do forró! Acho sim que as pessoas estão abertas, estão querendo… Todo mundo tem uma história com o forró, todo mundo tem uma memória afetiva do forró… Então, de algum jeito, quando o forró toca o coração delas, logo elas acessam todas essas lembranças, essas recordações e aí logo o forró entra na vida de novo.