Sem apoio, Zé Celso volta com Roda Viva no Oficina e diz ser AraraRacker
Mais importante diretor de teatro do Brasil, Zé Celso resolveu com os artistas de seu Teat(r)o Oficina cometer a proeza de fazer mais uma temporada da peça “Roda Viva”, de Chico Buarque, sem nenhum patrocínio, coisa que o grupo não vê desde 2017.
A reestreia da peça icônica, remontada 50 anos após a montagem original, feita em 1968, está marcada para esta sexta (2). Chamado de “o mais belo teatro do mundo” pelo jornal inglês The Guardian, o Oficina é também o grupo de teatro mais antigo do país, com mais de 60 anos de trajetória.
Zé e os artistas do Oficina contam que a obra já foi vista por 25 mil pessoas desde sua estreia em dezembro de 2018. E lembram que “em anos de crise absoluta” o Oficina faz a “proeza de manter-se em cartaz sem patrocínio”.
A nova temporada vai até 25 de agosto, sempre sexta e sábado, 20h, e domingo, 19h, com ingresso a R$ 30 (meia) e R$ 60 (inteira), sendo que moradores do Bixiga com comprovante de residência pagam R$ 25 e imigrantes, refugiados, moradores de movimentos sociais de luta por moradia e estudantes secundaristas de escolas públicas pagam apenas R$ 5. Os ingressos são vendidos tanto na bilheteria como na internet.
O Oficina fica na rua Jaceguai, 520, no Bixiga, região central de São Paulo. A peça dura quatro horas com 15 minutos de intervalo e está apta para maiores de 14 anos.
Diante da atual situação de crise financeira no Oficina, seus artistas pedem encarecidamente ao público e, sobretudo, aos amigos: nada de pedir convite, ok?
O Blog do Arcanjo perguntou ao Zé como é montar “Roda Viva” justamente neste momento que o país vive. Ele respondeu, por escrito, a seu modo:
“Sco pa tu manaá”
666! Besta do Apocalipse Solta!
quem tiver nada pra perder vai fazer comigo
o Imenso Cordão
RoDa VíVa
Ah!Gósto
Zé (AraraRacker)
Recentemente, os artistas do Oficina Igor Marotti e Roderick Himeros fizeram um vídeo para explicar a disputa pelo terreno ao lado do teatro, que pertence a Silvio Santos — que deseja construir prédios no local — e que Zé Celso e os artistas sonham em transformar em um parque público para São Paulo. Veja: