O Retrato do Bob: Djonga leva seu ‘fogo nos racista’ ao musical Madame Satã
Artistas de verdade dialogam com seu tempo. Com Djonga, nome que está no topo do rap nacional, não poderia ser diferente. O músico mineiro acaba de fazer concorridíssimo show para 30 mil pessoas em Belo Horizonte no último sábado (31), no Festival Sarará, e já se prepara para repetir o feito no Coala Festival, em São Paulo, onde se apresenta neste domingo (8), no Memorial da América Latina. O cantor e compositor ainda encontra fôlego para exercitar sua verve de ator no musical “Madame Satã”, com seu conterrâneo Grupo dos Dez, no Teatro Jaraguá, no centro paulistano, onde posou para o fotógrafo Bob Sousa com exclusividade para o Blog do Arcanjo. Djonga assumiu o protagonista já no último domingo (1º), retornando ao palco nesta terça (3) e repetindo o feito ainda nesta quarta (4) e quinta (5), sempre às 20h, com entrada a R$ 15. Demonstrando generosidade para com seus irmãos do teatro, foi o próprio Djonga quem pediu para entrar no espetáculo. Ele é fã declarado da figura lendária figura negra da boemia carioca. Vivendo o personagem no musical escrito por Rodrigo Jerônimo e Marcos Fábio de Faria, o “anarquista não convicto”, como se define, encontrou mais uma forma de ampliar aquele papo reto que costuma mandar na sua música vista 14 milhões de vezes no YouTube: “Fogo nos racista”.
Bob Sousa é fotógrafo, mestre em artes pela Unesp e crítico de artes visuais da APCA. É autor do livro “Retratos do Teatro” (Ed. Unesp). Desde 2012, retrata com exclusividade para o Blog do Arcanjo grandes nomes da Cultura e das Artes na coluna O Retrato do Bob. Produção: Daniela Hamazaki.