Nome respeitado pela classe teatral e criador do já consagrado Prêmio Bibi Ferreira, Marllos Silva encara uma importante missão na carreira. Ele dirige “Madagascar, uma Aventura Musical”.
A obra faz sessão especial para convidados nesta quinta (24) no Theatro Net São Paulo, no shopping Vila Olímpia, onde segue em cartaz sexta, 20h30, e sábado e domingo, 15h e 18h, até 1º de dezembro.
O diretor foi convocado pela produtora Renata Borges, da Touché Entretenimento, responsável por levar aos palcos a versão cênica da animação de sucesso.
Em conversa com Miguel Arcanjo, Marllos celebra o momento e faz questão de ressaltar: “Essa adaptação é 100% original”. E revela detalhes da produção.
“Temos uma cenografia que mistura objetos físicos com muito conteúdo audiovisual, que é veiculado em um telão de LED de 50 m² que foi importado da China, um material inédito no país”, celebra.
“Este projeto foi um espetáculo que nasceu pequeno e foi crescendo e virou uma grande produção, e isso se deve a característica master da Renata Borges. Um dos pontos mais fortes é a forma como o elenco se doou”, pontua.
Atores negros no time protagonista
De olho na importância da representatividade no teatro, Marllos revela que tomou decisões importantes: “Duas escolhas que eu fiz questão de fazer diferente das montagens da América Latina e da Europa é ter o Marty e Glória representados por atores negros”, ressalta.
A zebra macho é vivida por Maurício Xavier e a hipopótamo fêmea é interpretada por Ludmillah Anjos, que formam o time protagonista com André Loddi como Alex, o leão, e Ivan Parente como Melman, o girafa.
E a integração não para por aí. “No número de abertura, os funcionários do Zoo usam linguagem de sinais para se comunicar, buscando abrir um espaço e mostrar que o teatro é uma grande mãe que acolhe a todos”, define Marllos.
Ele lembra que a missão de transportar para o palco um desenho animado querido pelas crianças não é tarefa fácil.
“Dirigir uma adaptação teatral de um blockbuster já é muito difícil; quando este blockbuster é uma animação, o desafio se torna muito maior”, pondera, antes de complementar.
“Eu tive muita sorte de a Renata Borges me proporcionar escolher cada integrante da equipe sem nenhuma interferência, dos criativos a cada membro da equipe técnica. A confiança dela me proporcionou criar uma equipe coesa e um ambiente de trabalho amoroso e feliz”, conta.
“Essa junção fez com que eu pudesse misturar profissionais de background diferentes que não têm tanta vivência com musicais”, revela o diretor.
Elenco aprofundou personagens
Para criar os personagens da animação, o elenco fez um importante processo criativo. “Outro ponto importante foi que fizemos um trabalho de preparação de ator com a Inês Aranha, que é algo pouco usual em musical, que nos permitiu ensaiar um período menor do que o comum para os musicais, sem perder nada, ao contrário, dando aos atores uma profundidade de criação muito maior”, avalia o diretor.
Marllos ainda destaca no projeto “os figurinos do Fause Haten casados ao visagismo do Anderson Bueno” como sendo “um show à parte”, além de também colocar como trunfo a coreografia de Vivien Fortes e a direção musical de Natan Bádue.
Madagascar
Theatro Net São Paulo (r. Olimpíadas, 360, shopping Vila Olímpia, São Paulo, tel. 11 4003-1212). Sexta, 20h30; sábado e domingo, 15h e 18h. R$ 35 a R$ 240. 90 min. Livre. Até 1º/12/2019.