Zé Celso celebra 61 anos do Oficina com Roda Viva de Chico Buarque no Rio
Mais longeva companhia teatral brasileira com 61 anos de história, o Teat(r)o Oficina estreia nesta sexta (8) na Cidade das Artes, no Rio, o espetáculo “Roda Viva”, de Chico Buarque.
A montagem aporta em terras cariocas 51 anos após sua estreia histórica em 1968 e após sucesso de público em São Paulo.
A montagem é comandada mais uma vez por José Celso Martinez Corrêa, o Zé Celso, o diretor vivo mais importante do teatro brasileiro, cujo trabalho é aclamado internacionalmente.
A nova encenação conversa fartamente com o Brasil atual e seus conflitos sociais e políticos. “O teatro é o aqui agora, ele projeta o futuro sim, mas a partir da energia presente”, define Zé Celso, de 82 anos.
“Inserimos: agronegócio, memes, notícias que acontecem a cada semana e a presença da internet, que é muito central no musical”, complementa o diretor paulista de Araraquara radicado na capital paulista.
No elenco, estão nomes como Roderick Himeros, como o astro Ben Silver, Gui Calzavara, como o Anjo, Joana Medeiros e Zé Ed, como o Capeta, além de Marcelo Drummond, como Mané, e Camila Mota, como Juliana, a mulher do protagonista, além da revelação Clarisse Johansson [ao fim desta reportagem veja ficha técnica completa].
A versão origina da peça estreou justamente no Rio, em 17 de janeiro de 1968, no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana, tendo no elenco original nomes como Marieta Severo, Antônio Pedro, Heleno Prestes, Rodrigo Santiago, Pedro Paulo Rangel e Zezé Motta.
“Roda Viva em 68 foi massacrada, uma horrível repressão. Isso me fez decidir voltar, agora, com a peça. A polícia invadiu a apresentação em São Paulo, em Porto Alegre também. As atrizes e o elenco foram agredidos”, recorda Zé Celso.
“Roda Viva não representa nada. Ela presenta. Não é teatro de representação. A gente chama de “tragicomédiaorgia”, define o encenador.
Zé Celso e os artistas do Oficina pedem ajuda do público em uma vaquinha na internet para custear a temporada carioca, que vai até 1º de dezembro, já que o grupo está atualmente sem patrocínio. O Teat(r)o Oficina foi eleito o mais belo teatro do mundo pelo importante jornal inglês The Guardian, um dos mais importantes diários do mundo.
As sessões de “Roda Viva” no Rio são às sextas, 20h; e aos sábados e domingos, 19h, com quatro horas de duração (intervalo de 15 minutos). A entrada custa entre R$ 45 e R$ 120. A Cidade das Artes fica na av. das Américas, 5300, Barra da Tijuca, Rio de Janeiro. Compre seu ingresso!
RODA VIVA 2019 | FICHA TÉCNICA
Texto: Chico Buarque
Versão 2018: Zé Celso
e Coro Teatro Oficina 2018
Diretor: Zé Celso
Conselheira Poeta: Catherine Hirsch
Diretor musical: Felipe Botelho
Direção de produção: Camila Mota, Marcelo Drummond e Zé Celso
Produção executiva: Anderso Puchetti
Assistente de direção: Beto Eiras
ELENCO
Benedito Silva: Roderick Himeros
Juliana: Camila Mota
Anjo: Guilherme Calzavara
Capeta: Zé Ed
Mané: Marcelo Drummond
O Coro: Cafira Zoé
Clarisse Johansson
Cyro Morais
Danielle Rosa
Fernanda Taddei
Gabriela Campos
Isabela Mariotto
Kael Studart
Kelly Campello
Marcelo Dalourzi
Mayara Baptista
Nolram Rocha
Sylvia Prado
Tony Reis
Tulio Starling
Wallie Ruy
A Banda: Violoncelo: Amanda Ferraresi
Bateria: André Santana
Percussão: Carina Iglecias
Baixo: Felipe Botelho
Piano: Giuliano Ferrari
Percussão: Ito Alves
Guitarra: Moita Mattos
Preparação vocal: Beth Amin
Preparação rítmica: Ito Alves
Sonoplasta: Gustavo Lemos e Clevinho Ferreira
Coreógrafo: Ibrahima Sarr
Preparação dos corpos Seneafrica e Höröyá: Ibrahima Sarr, André Ricardo, Birima Mbaye, Moustapha Dieng e Aziz Mbaye
Desenho de Luz: Guilherme Bonfanti
Diretor de Cena: Otto Barros
Arquitetura Cênica e Direção de Arte: Carila Matzenbacher, Marília Gallmeister e Marcelo X
Coordenador de Cenotecnia: Alício Silva
Equipe De Cenotecnia: Cleiton Willy, Reginaldo Nascimento, Francolino Gomes,
Renato Silva, Igor Gomes, Leandro Bruno, Claudemi Bruno, Gilberto Feli, Sabino Orosco
e Cássio Omae
Pirâmide: Fina Serralheria
Objetos Cênicos TVs, Nets, Mulher Veneno, Boneco Ben Silver: Ricardo Costa.
Assistentes: Abmael Henrique e Rafael Lopes
Máscaras do coro das macacas: Osvaldo Gabrieli e Mateus Rosa
Cata-Vento Fachada: Fernando Brettas – Ono-Zone Estúdio
Pintura Artística: Vincent Guilnoto
Maquiagem e Figurino: Sonia Ushiyama
Assistente de Maquiagem: Lenin Cattai
Assistentes de Figurino: Selma Paiva e Marcio Tassinari
Camareira: Cida Melo
Assistentes de Iluminação: Luana Della Crist, Pedro Felizes e Padu Palmério
Operadora da Luz: Cyntia Monteiro
Operadores de Canhão Seguidor: Ana Gabriela Rossetto, Angélica Taize e Filipe Sampaio
Estagiários da Luz: Ananda Giuliani e Guilherme Soares
Movings Lights: Camilo Bonfanti
Criação em 3D: Daniele Meirelles
Conselheiro Poeta da Luz: Chico Turbiani
Montadores de luz: Gabriele Souza, Diego F F Soares, Alexandre Souza e Vinícius Hideki Ramos
Agradecimento a Grissel Piguillem
Operadora de Som: Camila Fonseca
Assistente de Som e Microfonista: Clevinho Ferreira
Cinema ao vivo: Cecília Lucchesi e Igor Marotti
Direção de Produção e Estratégia: Camila Mota, Marcelo Drummond e Zé Celso
Produtor Executivo e Administrador: Anderson Puchetti
Produtores: Ana Sette e Tati Romel
Comunicação, Editoração do Programa e Textos: Brenda Amaral,
Cafira Zoé e Camila Mota
Design Gráfico e Publicidade: Igor Marotti
Projeto Gráfico do Programa: Igor Marotti, Cecília Lucchesi e Marcelo X
Transcrição da entrevista com Zezé Motta: Danielle Rosa
Pesquisa de Imagiário e Makumbas Gráphicas: Cafira Zoé e Camila Mota
Assessoria de Imprensa: Brenda Amaral
Fotografias e produção: Jennifer Glass
Tradução para inglês e revisões de texto: Maria Bitarello
Operação de legendas ao vivo: Maria Bitarello
Arquivista: Thais Sandrin