Wander B. faz clipe com pegada sex tape para celebrar 18 anos de desbunde
A maioridade no desbunde. Assim define o artista Wander B. seus 18 anos de carreira, completados no último dia 20 com direito ao lançamento do clipe Sexo, Música e Religião (18 Anos de Desbunde!). Afinal, ele adora misturar música, teatro, performance e o que mais couber em seu liquidificador artístico e sonoro.
“Foi no dia 20 de dezembro de 2001 que fiz meu primeiro show no centro da cidade que me viu crescer, Barra Bonita, no interior de São Paulo”, recorda, durante o papo com a coluna.
“Foi quando avistei em uma loja de departamentos uns tecidos bem cafonas, coloridos… Enquanto os músicos passavam o som, eu corri até a loja, comprei os tecidos, fiz um parangolé todo assim-assim e pronto: me reinaugurei como gente e como artista – pra mim, pra minha família, pra minha cidade”, lembra, nostálgico.
Sobre a faixa-clipe composta por ele, conta que foi produzida e mixada em Londres por Brupamu: “pianista e arranjador que vem trabalhando comigo nos últimos anos”.
Já o lascivo vídeo é obra da cineasta Jezz Chimera, que em 2019 vem se destacando com seus curtas em festivais Brasil afora. “O clipe foi feito numa pegada sex tape, por conta da temática. Mas guarda uma referência ao Caravaggio (aos atentos), também por conta da temática – estamos falando de sexo, música e religião [risos]”.
Apesar do ano massacrante para a cultura, o artista olha para trás com carinho. “Esse ano parei pra contabilizar minhas músicas disponíveis no Spotify e vi que entre álbuns, EPs e singles cheguei na marca de 65 músicas lançadas ao longo dos anos: é bastante coisa! E isso é a carreira na música, tem muita coisa de teatro fora e dentro do palco”, avisa.
Aos 37 anos, Wander B. se diz “mais afeito” à geração do desbunde, cintando referências da década de 1970: Secos e Molhados, Ney Matogrosso, Divinas Divas, Dzi Croquettes, David Bowie. “Esse é meu universo”, encerra o papo.
O Blog do Miguel Arcanjo mostra, a seguir, o clipe Sexo, Música e Religião, de Wander B.: